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35 novas pragas foram detectadas no Brasil nos ?ltimos 10 anos
1 de setembro de 2020

?Pelo menos 35 novas pragas foram detectadas nas nossas lavouras nos ?ltimos 10 anos e recentemente tr?s novas pragas agr?colas foram detectadas no Pa?s?. A informa??o ? de Claudio Spadotto, membro do Conselho Cient?fico para Agricultura Sustent?vel (CCAS) e gerente-geral da Embrapa Gest?o Territorial.

?Uma dela ? a Helicoverpa punctigera, t?o agressiva quanto a H. armigera. Identificada no Cear? em 2015, a H. punctigera pode levar a perdas enormes nas culturas de algod?o, milho e soja. Outra ? a mosca-da-haste da soja (Melanagromyza sp.), identificada no Rio Grande do Sul em julho do ano passado. ? uma praga importante na Austr?lia, onde causa perdas de at? 30% na produ??o de gr?os, e j? est? amplamente disseminada pela ?sia. Essa mosca tamb?m est? presente no Paraguai e Argentina. Outra praga identificada em 2015, no Mato Grosso, ? a planta invasora Amaranthus palmeri, bem conhecida nas lavouras de algod?o e soja nos Estados Unidos. Sabe-se que a falta de controle pode levar a perdas de 80-90% nas culturas infestadas?, alista.

Segundo ele, ?novas pragas com potencial de causar grandes danos ? agricultura brasileira est?o na imin?ncia de chegar ao Pa?s e o Minist?rio da Agricultura tem adotado medidas para refor?ar o controle para prevenir a entrada e o estabelecimento de pragas quarenten?rias. A??es de fiscaliza??o e controle em portos, aeroportos e postos de fronteira na inspe??o de produtos agr?colas que caracterizem risco comp?em os Planos de Conting?ncia, com procedimentos operacionais para aplicar medidas preventivas e emergenciais para erradica??o de focos e conten??o da praga?.

?O entendimento e a conscientiza??o sobre as amea?as que as pragas quarenten?rias representam s?o primordiais. Precisamos saber quais pragas est?o por vir e por onde podem ingressar e se estabelecer nos nossos campos. A caracteriza??o e o detalhamento das poss?veis vias de acesso de pragas, concomitantemente com a localiza??o das lavouras amea?adas, s?o subs?dios aos programas governamentais de defesa vegetal, ainda mais num pa?s com territ?rio amplo e diversificado, com extensas fronteiras e com intensas rela??es comerciais, como o Brasil.

?Temos que racionalizar e otimizar as a??es de vigil?ncia fitossanit?ria, considerando a distribui??o e a din?mica da agricultura no territ?rio e ao longo do tempo. A gest?o dos riscos fitossanit?rios em base territorial ? imprescind?vel, pois aprimora a nossa capacidade de antever e agir pr?-ativamente. A incorpora??o da intelig?ncia territorial para fornecer dados e informa??es consistentes, que auxiliem o controle do ingresso, do estabelecimento e da dissemina??o de pragas, doen?as e plantas daninhas, traz a possibilidade de vis?es inusitadas e abordagens inovadoras na defesa sanit?ria vegetal?, explica Spadotto.

O especialista cita o exemplo do trabalho realizado pela Embrapa na regi?o dos Cerrados, que definiu 141 munic?pios que devem ser priorizados para o monitoramento de Helicoverpa armigera. ?Outro exemplo ? um estudo, tamb?m da Embrapa, com Chilo partellus, que ? praga quarenten?ria ausente no Brasil. Essa mariposa apresenta potencial para atacar v?rios cultivos, entre eles milho, arroz e cana-de-a??car. Os resultados mostraram que ?reas em Roraima (arroz), S?o Paulo (cana), Paran? e Mato Grosso do Sul (milho e cana) devem ser priorizadas nas a??es de vigil?ncia fitossanit?ria?, completa.

?Outra praga quarenten?ria ausente no Brasil, mas que j? est? presente em pa?ses vizinhos (Col?mbia, Equador e Peru) ? a Prodiplosis longifila. Essa mosca tem causado s?rios danos em ?reas com produ??o de abacate, alcachofra, algod?o, batata, feij?o, laranja, lim?o, tangerina e tomate em outros pa?ses. O estudo da Embrapa permitiu a identifica??o de oito munic?pios priorit?rios para a??es de vigil?ncia fitossanit?rias para essa praga?, exemplifica.

?Assim, as an?lises geoespaciais podem apoiar a preven??o da entrada e do estabelecimento de pragas quarenten?rias no Brasil, assim como subsidiar o planejamento das medidas de conten??o e controle, utilizando dados georreferenciados e ferramentas de Sistemas de Informa??es Geogr?ficas (SIG)?, conclui.

Fonte: Agrolink

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