Agr?nomos apontam riscos da importa??o de caf? Conilon
1 de setembro de 2020
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Esp?rito Santo (Crea-ES), da C?mara Especializada de Agronomia do Crea-ES e da Sociedade Espiritossantense de Engenheiros Agr?nomos (SEEA) enviaram um documento para o Governador do Estado, o Ministro da Agricultura e o Presidente da Rep?blica com parecer contra a importa??o de gr?os de caf? Conilon do Vietn?. O documento tem base no relat?rio do Grupo T?cnico de Especialistas em Cafeicultura Conilon (GTEC Conilon).
O relat?rio gerado pelo GTEC Conilon ? resultado da visita de profissionais do Esp?rito Santo e do Sul da Bahia, al?m de produtores rurais, de 02 a 09 de novembro do ano passado, ao Vietn?. A partir dele, as entidades agron?micas capixabas elaboraram o documento, que aponta os malef?cios da importa??o como riscos sanit?rios (fitossanit?ria) de contamina??o com fungos e bact?rias que podem amea?ar a seguran?a alimentar do consumidor e a produ??o de caf? no ES e no pa?s.
Para o coordenador da C?mara Especializada de Agronomia (Ceagro) do Crea-ES, Eng. Agr?nomo Jorge Luiz e Silva, inibir a importa??o ? a alternativa diante dos riscos ? produ??o de caf?. ?Em viagem ao Vietn? para conhecer a cafeicultura dos caf?s Conilon/Robusta, no ano passado, foi constatado que as lavouras tinham preju?zo com nemat?ides. Por isso, precisamos inibir a importa??o e garantir prote??o fitossanit?ria e seguran?a alimentar, para evitar que as pessoas se alimentem de pragas e fungos?, enfatiza.
O presidente da SEEA (Sociedade Espiritossantense de Engenheiros Agr?nomos), Eng. Agr?nomo Geraldo Fereguetti, pondera sobre as dificuldades para o setor. ?Antes de importar ? preciso fazer uma an?lise de risco das pragas que existem no Vietn? para sabermos qual impacto ser? no pa?s. As fronteiras n?o bloqueiam de maneira segura essas doen?as. Se importarmos o caf? estaremos abrindo as portas para aumentar o risco de contamina??o?, diz.
A Lei de Sanidade Vegetal, proposta pelo Minist?rio da Agricultura, que garante a prote??o ao territ?rio nacional contra a entrada e a dispers?o de pragas, ? citada no documento com parecer contra a importa??o. A cafeicultura capixaba representa 35% do Produto Interno Bruto (PIB) agr?cola do Estado, envolve hoje mais de 130 mil fam?lias e gera, aproximadamente, 400 mil postos de trabalho, diretos e indiretos.
O presidente do Crea-ES, Helder Carnielli, destaca a import?ncia do setor para a agricultura capixaba e brasileira. ?O Esp?rito Santo ? hoje o segundo maior produtor de caf? Conilon. A mobiliza??o das entidades ? para assegurar alternativas que possam agregar ? produ??o e promover o crescimento ao inv?s de incentivar o retrocesso?, pondera.
No final do ano passado, o Minist?rio da Agricultura autorizou a importa??o do Conilon considerando a falta do gr?o para a ind?stria, que agora est? suspensa.
Visita T?cnica ao Vietn?
Abaixo, alguns trechos do relat?rio do Grupo T?cnico de Especialistas em Cafeicultura Conilon ? GTEC Conilon, uma iniciativa da Syngenta Prote??o de Cultivos LTDA, que reuniu profissionais do Esp?rito Santo e do Sul da Bahia, al?m de alguns produtores rurais, que realizaram visita no per?odo de 02 a 09 de novembro de 2016, na cidade de Buon Ma Thuot, prov?ncia de Dak Lak, Vietn?.
Sendo o Vietn? o maior produtor de caf? robusta do mundo, o objetivo do grupo foi de prospectar informa??es relevantes desta cafeicultura e que ajudem a sustentar as diversas estrat?gias de progresso do Caf? Conilon Brasileiro.
Mais de 20% de toda a cafeicultura ? formada por lavouras com mais de 25 anos, evidenciando ser antiga e que necessita de renova??o. Um dos gargalos na renova??o ? o problema com nematoides (Pratylenchus coffeae e Meloidogyne inconita) que interferem diretamente no in?cio da forma??o da lavoura.
Devido ao grande desafio enfrentado pelo cafeicultor no momento da renova??o do cafeeiro em virtude do alto ?ndice populacional de nemat?ides (Pratylenchus coffee e Meloidogyne incognita), percebeu-se uma grande preocupa??o do instituto nacional de pesquisa local (Wasi), recebendo inclusive fomento de empresas privadas (Nestle) do setor, a fim de desenvolver novos materias gen?ticos que mostrem alguma toler?ncia ou, poss?vel resist?ncia, bem como diversos tipos de manejos (solo, sucess?o com outras culturas, alqueive, enxertia em materiais tolerantes ? ?escelssa?) a fim de proporcionar maior possibilidade de sucesso no momento da renova??o.
Fonte: Crea ES
O relat?rio gerado pelo GTEC Conilon ? resultado da visita de profissionais do Esp?rito Santo e do Sul da Bahia, al?m de produtores rurais, de 02 a 09 de novembro do ano passado, ao Vietn?. A partir dele, as entidades agron?micas capixabas elaboraram o documento, que aponta os malef?cios da importa??o como riscos sanit?rios (fitossanit?ria) de contamina??o com fungos e bact?rias que podem amea?ar a seguran?a alimentar do consumidor e a produ??o de caf? no ES e no pa?s.
Para o coordenador da C?mara Especializada de Agronomia (Ceagro) do Crea-ES, Eng. Agr?nomo Jorge Luiz e Silva, inibir a importa??o ? a alternativa diante dos riscos ? produ??o de caf?. ?Em viagem ao Vietn? para conhecer a cafeicultura dos caf?s Conilon/Robusta, no ano passado, foi constatado que as lavouras tinham preju?zo com nemat?ides. Por isso, precisamos inibir a importa??o e garantir prote??o fitossanit?ria e seguran?a alimentar, para evitar que as pessoas se alimentem de pragas e fungos?, enfatiza.
O presidente da SEEA (Sociedade Espiritossantense de Engenheiros Agr?nomos), Eng. Agr?nomo Geraldo Fereguetti, pondera sobre as dificuldades para o setor. ?Antes de importar ? preciso fazer uma an?lise de risco das pragas que existem no Vietn? para sabermos qual impacto ser? no pa?s. As fronteiras n?o bloqueiam de maneira segura essas doen?as. Se importarmos o caf? estaremos abrindo as portas para aumentar o risco de contamina??o?, diz.
A Lei de Sanidade Vegetal, proposta pelo Minist?rio da Agricultura, que garante a prote??o ao territ?rio nacional contra a entrada e a dispers?o de pragas, ? citada no documento com parecer contra a importa??o. A cafeicultura capixaba representa 35% do Produto Interno Bruto (PIB) agr?cola do Estado, envolve hoje mais de 130 mil fam?lias e gera, aproximadamente, 400 mil postos de trabalho, diretos e indiretos.
O presidente do Crea-ES, Helder Carnielli, destaca a import?ncia do setor para a agricultura capixaba e brasileira. ?O Esp?rito Santo ? hoje o segundo maior produtor de caf? Conilon. A mobiliza??o das entidades ? para assegurar alternativas que possam agregar ? produ??o e promover o crescimento ao inv?s de incentivar o retrocesso?, pondera.
No final do ano passado, o Minist?rio da Agricultura autorizou a importa??o do Conilon considerando a falta do gr?o para a ind?stria, que agora est? suspensa.
Visita T?cnica ao Vietn?
Abaixo, alguns trechos do relat?rio do Grupo T?cnico de Especialistas em Cafeicultura Conilon ? GTEC Conilon, uma iniciativa da Syngenta Prote??o de Cultivos LTDA, que reuniu profissionais do Esp?rito Santo e do Sul da Bahia, al?m de alguns produtores rurais, que realizaram visita no per?odo de 02 a 09 de novembro de 2016, na cidade de Buon Ma Thuot, prov?ncia de Dak Lak, Vietn?.
Sendo o Vietn? o maior produtor de caf? robusta do mundo, o objetivo do grupo foi de prospectar informa??es relevantes desta cafeicultura e que ajudem a sustentar as diversas estrat?gias de progresso do Caf? Conilon Brasileiro.
Mais de 20% de toda a cafeicultura ? formada por lavouras com mais de 25 anos, evidenciando ser antiga e que necessita de renova??o. Um dos gargalos na renova??o ? o problema com nematoides (Pratylenchus coffeae e Meloidogyne inconita) que interferem diretamente no in?cio da forma??o da lavoura.
Devido ao grande desafio enfrentado pelo cafeicultor no momento da renova??o do cafeeiro em virtude do alto ?ndice populacional de nemat?ides (Pratylenchus coffee e Meloidogyne incognita), percebeu-se uma grande preocupa??o do instituto nacional de pesquisa local (Wasi), recebendo inclusive fomento de empresas privadas (Nestle) do setor, a fim de desenvolver novos materias gen?ticos que mostrem alguma toler?ncia ou, poss?vel resist?ncia, bem como diversos tipos de manejos (solo, sucess?o com outras culturas, alqueive, enxertia em materiais tolerantes ? ?escelssa?) a fim de proporcionar maior possibilidade de sucesso no momento da renova??o.
Fonte: Crea ES