Agro mostra sua for?a no I Encontro de Lideran?as com a Pol?tica Capixaba
1 de setembro de 2020
Mais de 1500 produtores de todo o Esp?rito Santo marcaram presen?a no evento realizado pela CNA e Federa??o de Agricultura
Um setor forte, representativo e que reivindica mudan?as para continuar sendo o alicerce econ?mico do pais. Assim, uma multid?o de produtores rurais capixabas tomou o Centro de Conven??es de Vit?ria, na tarde desta quinta-feira, 24 de outubro, para debater, sugerir e pleitear melhorias para o agro.
O ?I Encontro de Lideran?as do Agro com a Pol?tica Capixaba? reuniu mais de 1500 pessoas, foi realizado pela Federa??o da Agricultura e Pecu?ria do Esp?rito Santo ? FAES e Confedera??o Nacional da Agricultura ? CNA e teve como ponto chave a representatividade e aproxima??o do setor com pol?ticos do estado. O governador Renato Casagrande e o ministro interino da Agricultura, Marcos Montes, marcaram presen?a no evento, que contou tamb?m com deputados federais, estaduais, prefeitos, secret?rios de Agricultura e Desenvolvimento, al?m de diversos representantes de entidades.
O pano de fundo de todas as manifesta??es foi o clamor da multid?o de produtores rurais presentes, un?nimes em reivindicar melhores condi??es da pol?tica oficial de cr?dito para permitir que o setor equacione os problemas advindos da combina??o de fatores clim?ticos adversos com a retra??o do mercado internacional. Particularmente a situa??o da cafeicultura foi destacada em fun??o de representar o principal item da agricultura capixaba.
A grande massa de p?blico presente impressionou os oradores que se manifestaram para a atenta plateia. O presidente da FAES, J?lio Rocha, abriu a sequ?ncia de pronunciamentos falando da import?ncia da uni?o do setor para, de forma harm?nica e organizada, fazer reivindica??es. Ele entregou ao ministro da Agricultura em exerc?cio um documento contendo os principais pleitos da categoria e informou que este material ? de acesso p?blico no site da federa??o.
Com a t?nica das press?es das d?vidas da agricultura pautando todas as conversas, o deputado federal, Evair de Mello, lembrou em sua fala que o distanciamento do setor com a pol?tica deve ser rompido, porque a pol?tica ? a via ?nica de consecu??o dos objetivos dos produtores.
Ele destacou a natureza ?rdua de uma atividade que experimenta permanente risco. ?Vaca e p? de mam?o n?o tiram f?rias?, disse completando que a proximidade dos dois setores, o pol?tico com o rural, pode favorecer a rela??o com os legisladores entendendo melhor as circunst?ncias que influenciam a atividade do campo.
O vice-presidente do Banco do Brasil, Ivandr? Montiel da Silva, destacou a contribui??o que a institui??o ofereceu ao problema dos produtores endividados adotando medida emergencial para a cafeicultura com o reescalonamento das d?vidas por prazo de cinco anos, inclu?do um ano de car?ncia, com pagamento da primeira parcela em 2020 e a ?ltima em 2024.
Para os produtores que n?o se enquadrarem nos crit?rios da prorroga??o o banco instituiu outra possibilidade com programa de renegocia??o que contempla prazos de at? 12 anos, inclu?do tr?s anos de car?ncia, com encargos de 08,% a.m. mais IRP e garantias de 5% de entrada ou, no caso de n?o dar entrada, agrega??o da hipoteca.
O pronunciamento do dirigente do Banco criou manifesta??es isoladas de descontentamento de pessoas da plateia verbalizando que essas medidas n?o s?o suficientes porque os produtores est?o descapitalizados e precisam de condi??es mais condizentes com a descapitaliza??o em que se encontram.
Veem?ncia foi a t?nica da fala do presidente da Comiss?o de Caf? da CNA, Breno Mesquita. Falando tamb?m em sua condi??o de produtor que ? familiarizado com a atividade e suas restri??es, Mesquita prop?s que o Governo retire 10 milh?es de sacas de caf? do mercado, enxugando a oferta e permitindo uma recupera??o das cota??es.
Segundo ele, o Governo dispunha de R$ 700 milh?es para financiar todas as culturas, sendo que apenas o caf? demandava investimentos de R$ 4 bilh?es. Mesquita ressaltou que quando o Governo interfere no mercado ele consegue recuperar as cota??es, fazendo uma pol?tica de regula??o de estoques. Prop?s que quando o mercado alcan?asse o pre?o de refer?ncia, o Governo liberasse R$ 50,00 por saca como adiantamento ao produtor. E reiterou a fun??o do FUNCAF?, ao afirmar que ele constitu?do exatamente para apoiar a cultura, solicitando a libera??o de parte dos R$ 6 bilh?es que det?m para financiar o custeio da lavoura.
O superintendente t?cnico da CNA, Bruno Lucchi, referiu-se ?s iniciativas relacionadas por Breno Mesquita como medidas voltadas ao estancamento da sangria do setor, mas simultaneamente h? que se cogitar medidas de m?dio e longo prazo para destravar a agricultura, como maior facilidade de acesso ao cr?dito e menor burocracia.
Lucchi observou que o cr?dito rural alcan?ou em 2013 o montante de R$ 139 bilh?es, chegando a R$ 174,69 bi em 2018, mas ? necess?rio reduzir a burocracia, diminuir tamb?m as taxas adicionais que falseiam a taxa real para al?m da taxa nominal, que onera os contratos. Sobre isso alertou para um trabalho que a CNA empreende junto ? Febabran no sentido de coibir a pr?tica das opera??es casadas pelos bancos. Trata-se de uma a??o em que os gestores dos bancos imp?em outros servi?os e produtos como exig?ncias adicionais para a contrata??o do cr?dito.
J? o discurso do presidente da Confedera??o Nacional da Agricultura, Jo?o Martins, arrancou aplausos do p?blico quando fez reconhecimento ?s medidas paliativas que o Banco do Brasil adotou para o setor rural devido aos problemas clim?ticos e a depress?o dos pre?os, mas considerou-as insuficientes.
Marins exaltou tamb?m a magnitude do encontro por conseguir reunir expressiva parcela do universo da agricultura do Esp?rito Santo e disse que tais manifesta??es devem ser replicadas pelo Brasil. Ele afirmou que se elogia muito o papel do Agro na sustenta??o da economia brasileira, mas o setor n?o desfruta de um reconhecimento na pr?tica. E estimulou o p?blico a acreditar em um novo sindicalismo que realmente veicule as inquieta??es e ang?stias da base.
O governador Renato Casagrande exaltou o esp?rito de uni?o e mobiliza??o que levou a multid?o ?s depend?ncias do Centro de Conven??es e fez quest?o de oferecer um reconhecimento ?s medidas adotadas pelo Banco do Brasil no sentido de mitigar as dificuldades de adimpl?ncia dos agricultores. Reconheceu que n?o s?o suficientes, mas cabia o reconhecimento, por justi?a, de que ?algo foi feito. Antes n?o havia nada?, prometendo, inclusive, estudar melhores condi??es para os bancos estaduais, Banestes e Bandes.
As manifesta??es do Encontro encerraram-se com a fala do ministro interino da Agricultura, Marcos Montes. O ministro identificou-se como agricultor e m?dico da cidade de Uberaba e afirmou que desde a indica??o da ministra, Teresa Cristina, o atual Governo Federal demonstrou a import?ncia que o setor rural encontraria nesta administra??o.
A ministra foi escolhida por interlocutores e autoridades reconhecidas do meio agr?cola, sendo legitimada como uma pessoa realmente identificada com o setor. Ele tamb?m exaltou a express?o que o encontro das lideran?as do agro com a pol?tica adquiriu ao mobilizar multid?o t?o numerosa.
Na sequ?ncia das falas o p?blico foi convidado a endere?ar questionamentos ?s autoridades com a unanimidade das perguntas relacionando-se ao problema do endividamento dos produtores. A organiza??o do evento, devido ? limita??o de tempo para formula??o de respostas, registrou as indaga??es comprometendo-se a encaminh?-las aos respectivos destinat?rios.
Fonte: I? Comunica??o
Um setor forte, representativo e que reivindica mudan?as para continuar sendo o alicerce econ?mico do pais. Assim, uma multid?o de produtores rurais capixabas tomou o Centro de Conven??es de Vit?ria, na tarde desta quinta-feira, 24 de outubro, para debater, sugerir e pleitear melhorias para o agro.
O ?I Encontro de Lideran?as do Agro com a Pol?tica Capixaba? reuniu mais de 1500 pessoas, foi realizado pela Federa??o da Agricultura e Pecu?ria do Esp?rito Santo ? FAES e Confedera??o Nacional da Agricultura ? CNA e teve como ponto chave a representatividade e aproxima??o do setor com pol?ticos do estado. O governador Renato Casagrande e o ministro interino da Agricultura, Marcos Montes, marcaram presen?a no evento, que contou tamb?m com deputados federais, estaduais, prefeitos, secret?rios de Agricultura e Desenvolvimento, al?m de diversos representantes de entidades.
O pano de fundo de todas as manifesta??es foi o clamor da multid?o de produtores rurais presentes, un?nimes em reivindicar melhores condi??es da pol?tica oficial de cr?dito para permitir que o setor equacione os problemas advindos da combina??o de fatores clim?ticos adversos com a retra??o do mercado internacional. Particularmente a situa??o da cafeicultura foi destacada em fun??o de representar o principal item da agricultura capixaba.
A grande massa de p?blico presente impressionou os oradores que se manifestaram para a atenta plateia. O presidente da FAES, J?lio Rocha, abriu a sequ?ncia de pronunciamentos falando da import?ncia da uni?o do setor para, de forma harm?nica e organizada, fazer reivindica??es. Ele entregou ao ministro da Agricultura em exerc?cio um documento contendo os principais pleitos da categoria e informou que este material ? de acesso p?blico no site da federa??o.
Com a t?nica das press?es das d?vidas da agricultura pautando todas as conversas, o deputado federal, Evair de Mello, lembrou em sua fala que o distanciamento do setor com a pol?tica deve ser rompido, porque a pol?tica ? a via ?nica de consecu??o dos objetivos dos produtores.
Ele destacou a natureza ?rdua de uma atividade que experimenta permanente risco. ?Vaca e p? de mam?o n?o tiram f?rias?, disse completando que a proximidade dos dois setores, o pol?tico com o rural, pode favorecer a rela??o com os legisladores entendendo melhor as circunst?ncias que influenciam a atividade do campo.
O vice-presidente do Banco do Brasil, Ivandr? Montiel da Silva, destacou a contribui??o que a institui??o ofereceu ao problema dos produtores endividados adotando medida emergencial para a cafeicultura com o reescalonamento das d?vidas por prazo de cinco anos, inclu?do um ano de car?ncia, com pagamento da primeira parcela em 2020 e a ?ltima em 2024.
Para os produtores que n?o se enquadrarem nos crit?rios da prorroga??o o banco instituiu outra possibilidade com programa de renegocia??o que contempla prazos de at? 12 anos, inclu?do tr?s anos de car?ncia, com encargos de 08,% a.m. mais IRP e garantias de 5% de entrada ou, no caso de n?o dar entrada, agrega??o da hipoteca.
O pronunciamento do dirigente do Banco criou manifesta??es isoladas de descontentamento de pessoas da plateia verbalizando que essas medidas n?o s?o suficientes porque os produtores est?o descapitalizados e precisam de condi??es mais condizentes com a descapitaliza??o em que se encontram.
Veem?ncia foi a t?nica da fala do presidente da Comiss?o de Caf? da CNA, Breno Mesquita. Falando tamb?m em sua condi??o de produtor que ? familiarizado com a atividade e suas restri??es, Mesquita prop?s que o Governo retire 10 milh?es de sacas de caf? do mercado, enxugando a oferta e permitindo uma recupera??o das cota??es.
Segundo ele, o Governo dispunha de R$ 700 milh?es para financiar todas as culturas, sendo que apenas o caf? demandava investimentos de R$ 4 bilh?es. Mesquita ressaltou que quando o Governo interfere no mercado ele consegue recuperar as cota??es, fazendo uma pol?tica de regula??o de estoques. Prop?s que quando o mercado alcan?asse o pre?o de refer?ncia, o Governo liberasse R$ 50,00 por saca como adiantamento ao produtor. E reiterou a fun??o do FUNCAF?, ao afirmar que ele constitu?do exatamente para apoiar a cultura, solicitando a libera??o de parte dos R$ 6 bilh?es que det?m para financiar o custeio da lavoura.
O superintendente t?cnico da CNA, Bruno Lucchi, referiu-se ?s iniciativas relacionadas por Breno Mesquita como medidas voltadas ao estancamento da sangria do setor, mas simultaneamente h? que se cogitar medidas de m?dio e longo prazo para destravar a agricultura, como maior facilidade de acesso ao cr?dito e menor burocracia.
Lucchi observou que o cr?dito rural alcan?ou em 2013 o montante de R$ 139 bilh?es, chegando a R$ 174,69 bi em 2018, mas ? necess?rio reduzir a burocracia, diminuir tamb?m as taxas adicionais que falseiam a taxa real para al?m da taxa nominal, que onera os contratos. Sobre isso alertou para um trabalho que a CNA empreende junto ? Febabran no sentido de coibir a pr?tica das opera??es casadas pelos bancos. Trata-se de uma a??o em que os gestores dos bancos imp?em outros servi?os e produtos como exig?ncias adicionais para a contrata??o do cr?dito.
J? o discurso do presidente da Confedera??o Nacional da Agricultura, Jo?o Martins, arrancou aplausos do p?blico quando fez reconhecimento ?s medidas paliativas que o Banco do Brasil adotou para o setor rural devido aos problemas clim?ticos e a depress?o dos pre?os, mas considerou-as insuficientes.
Marins exaltou tamb?m a magnitude do encontro por conseguir reunir expressiva parcela do universo da agricultura do Esp?rito Santo e disse que tais manifesta??es devem ser replicadas pelo Brasil. Ele afirmou que se elogia muito o papel do Agro na sustenta??o da economia brasileira, mas o setor n?o desfruta de um reconhecimento na pr?tica. E estimulou o p?blico a acreditar em um novo sindicalismo que realmente veicule as inquieta??es e ang?stias da base.
O governador Renato Casagrande exaltou o esp?rito de uni?o e mobiliza??o que levou a multid?o ?s depend?ncias do Centro de Conven??es e fez quest?o de oferecer um reconhecimento ?s medidas adotadas pelo Banco do Brasil no sentido de mitigar as dificuldades de adimpl?ncia dos agricultores. Reconheceu que n?o s?o suficientes, mas cabia o reconhecimento, por justi?a, de que ?algo foi feito. Antes n?o havia nada?, prometendo, inclusive, estudar melhores condi??es para os bancos estaduais, Banestes e Bandes.
As manifesta??es do Encontro encerraram-se com a fala do ministro interino da Agricultura, Marcos Montes. O ministro identificou-se como agricultor e m?dico da cidade de Uberaba e afirmou que desde a indica??o da ministra, Teresa Cristina, o atual Governo Federal demonstrou a import?ncia que o setor rural encontraria nesta administra??o.
A ministra foi escolhida por interlocutores e autoridades reconhecidas do meio agr?cola, sendo legitimada como uma pessoa realmente identificada com o setor. Ele tamb?m exaltou a express?o que o encontro das lideran?as do agro com a pol?tica adquiriu ao mobilizar multid?o t?o numerosa.
Na sequ?ncia das falas o p?blico foi convidado a endere?ar questionamentos ?s autoridades com a unanimidade das perguntas relacionando-se ao problema do endividamento dos produtores. A organiza??o do evento, devido ? limita??o de tempo para formula??o de respostas, registrou as indaga??es comprometendo-se a encaminh?-las aos respectivos destinat?rios.
Fonte: I? Comunica??o