Agroneg?cios t?m apenas 0,2% da publicidade do pa?s, diz associa??o
1 de setembro de 2020
Segundo executivo, marketing agrega valor ?s commodities agr?colas. INPI e SNA assinaram conv?nio para aumentar identidades geogr?ficas.
Dos R$ 57 bilh?es investidos em publicidade no pa?s no primeiro semestre de 2013, somente R$ 94 milh?es foram dedicados ao marketing da agropecu?ria, um percentual de 0,2%, segundo Maur?cio Mendes, Maur?cio Mendes, presidente da Associa??o Brasileira de Marketing Rural e Agroneg?cios (ABMR&A).
Nesta sexta-feira (8), segundo e ?ltimo dia do 14? Congresso de Agribusiness da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), ele citou dados do Ibope Media sobre a publicidade do agroneg?cio e disse que houve um ganho significativo em rela??o ao mesmo per?odo do ano passado: 27%. "Mas ? pouco para representar um setor que ? 23% do PIB nacional", disse.
Para ele, se o percentual da propaganda destinada ? agropecu?ria aumentasse para 1% ou 2%, o segmento j? come?aria a aparecer para o p?blico em geral. O marketing, segundo acredita, ? uma das mais importantes para o produtor deixar de produzir apenas uma commodity e passar a apresentar ao mercado um produto com valor agregado, com marca e identifica??o geogr?fica.
"Por suas carater?sticas geogr?ficas e tamb?m por parte do produtor, o Brasil sempre vai ter commodities em volume na sua produ??o. ? diferente de pa?ses como Portugal e Su??a, nos quais a agricultura ocupa ?rea pequena, que nos prim?rdios j? come?aram a trabalhar com produtos de valor agregado com marcas", explicou.
Mesmo o suco de laranja do Brasil n?o tem marca
Mendes ressalta que o Brasil t?m uma hist?ria diferente em que caf?, soja, milho ou algod?o n?o t?m marca.
"Mesmo o suco de laranja do Brasil n?o tem marca. Uma iniciativa nesse sentido n?o interfere na voca??o brasileira de ser grande produtor de commodities, ao contr?rio, pode trazer para o pequeno produtor melhor qualidade de recursos e de renda. O caf? da Col?mbia hoje tem renome internacional, e d? aos produtores uma remunera??o que eles n?o teriam se vendessem o caf? como uma commodity", disse.
Para o executivo, agregar valor ?s commodities brasileiras por meio de a??es de marketing teria que estar apoiado em pol?ticas p?blicas.
"Na Europa tem milhares de identifica??es geogr?ficas; no Brasil tem 24 ou 25 somente", disse ele, ressaltando, por?m, que j? existem protocolos assinados para incrementar a identifica??o geogr?fica.
Identifica??o Geogr?fica
O registro de Indica??o Geogr?fica (IG) ? conferido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) a produtos ou servi?os que s?o caracter?sticos do seu local de origem, o que atribui a eles reputa??o, valor intr?nseco e identidade pr?pria, fazendo com que se distinguam em rela??o a similares dispon?veis no mercado. S?o produtos que apresentam qualidade ?nica em fun??o de recursos naturais como solo, vegeta??o, clima e know-how.
Jorge ?vila, presidente do Intituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), assinou conv?nio com a Sociedade Nacional de Agricultura para promover a??es para incrementar a identifica??o geogr?fica e a denomina??o de origem.
"Queremos dobrar o n?mero de indica??es, queremos fazer um exerc?cio para que esses r?tulos sejam colocados nas prateleiras do mundo", disse ?vila.
Para Mendes, isso tem que ser estimulado, "mas n?o adianta criar uma identifica??o geogr?fica e isso ficar escondido, precisa ter um planejamento de marketing e comunica??o que englobe a produ??o do produto que o consumidor quer e a divulga??o desse produto para o consumidor final".
Ele citou como poucos exemplos de commodities com valor agregado os caf?s gourmets: Caf? do Cerrado ou Caf? da Serra da Mantiqueira. Mas outros ainda carecem de maior divulga??o como a carne do Pampa Ga?cho ou o vitelo do Pantanal.
O cen?rio pode estar mudando a partir da campanha da Friboi, com o ator Tony Ramos. "Foi uma grande sacada e est? dando muito certo. A JBS j? triplicou a verba de marketing e pelo que sei pelo menos cinco frigor?ficos j? est?o com campanhas prontas para a m?dia de massa", disse.
Fonte: Campo Vivo
Dos R$ 57 bilh?es investidos em publicidade no pa?s no primeiro semestre de 2013, somente R$ 94 milh?es foram dedicados ao marketing da agropecu?ria, um percentual de 0,2%, segundo Maur?cio Mendes, Maur?cio Mendes, presidente da Associa??o Brasileira de Marketing Rural e Agroneg?cios (ABMR&A).
Nesta sexta-feira (8), segundo e ?ltimo dia do 14? Congresso de Agribusiness da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), ele citou dados do Ibope Media sobre a publicidade do agroneg?cio e disse que houve um ganho significativo em rela??o ao mesmo per?odo do ano passado: 27%. "Mas ? pouco para representar um setor que ? 23% do PIB nacional", disse.
Para ele, se o percentual da propaganda destinada ? agropecu?ria aumentasse para 1% ou 2%, o segmento j? come?aria a aparecer para o p?blico em geral. O marketing, segundo acredita, ? uma das mais importantes para o produtor deixar de produzir apenas uma commodity e passar a apresentar ao mercado um produto com valor agregado, com marca e identifica??o geogr?fica.
"Por suas carater?sticas geogr?ficas e tamb?m por parte do produtor, o Brasil sempre vai ter commodities em volume na sua produ??o. ? diferente de pa?ses como Portugal e Su??a, nos quais a agricultura ocupa ?rea pequena, que nos prim?rdios j? come?aram a trabalhar com produtos de valor agregado com marcas", explicou.
Mesmo o suco de laranja do Brasil n?o tem marca
Mendes ressalta que o Brasil t?m uma hist?ria diferente em que caf?, soja, milho ou algod?o n?o t?m marca.
"Mesmo o suco de laranja do Brasil n?o tem marca. Uma iniciativa nesse sentido n?o interfere na voca??o brasileira de ser grande produtor de commodities, ao contr?rio, pode trazer para o pequeno produtor melhor qualidade de recursos e de renda. O caf? da Col?mbia hoje tem renome internacional, e d? aos produtores uma remunera??o que eles n?o teriam se vendessem o caf? como uma commodity", disse.
Para o executivo, agregar valor ?s commodities brasileiras por meio de a??es de marketing teria que estar apoiado em pol?ticas p?blicas.
"Na Europa tem milhares de identifica??es geogr?ficas; no Brasil tem 24 ou 25 somente", disse ele, ressaltando, por?m, que j? existem protocolos assinados para incrementar a identifica??o geogr?fica.
Identifica??o Geogr?fica
O registro de Indica??o Geogr?fica (IG) ? conferido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) a produtos ou servi?os que s?o caracter?sticos do seu local de origem, o que atribui a eles reputa??o, valor intr?nseco e identidade pr?pria, fazendo com que se distinguam em rela??o a similares dispon?veis no mercado. S?o produtos que apresentam qualidade ?nica em fun??o de recursos naturais como solo, vegeta??o, clima e know-how.
Jorge ?vila, presidente do Intituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), assinou conv?nio com a Sociedade Nacional de Agricultura para promover a??es para incrementar a identifica??o geogr?fica e a denomina??o de origem.
"Queremos dobrar o n?mero de indica??es, queremos fazer um exerc?cio para que esses r?tulos sejam colocados nas prateleiras do mundo", disse ?vila.
Para Mendes, isso tem que ser estimulado, "mas n?o adianta criar uma identifica??o geogr?fica e isso ficar escondido, precisa ter um planejamento de marketing e comunica??o que englobe a produ??o do produto que o consumidor quer e a divulga??o desse produto para o consumidor final".
Ele citou como poucos exemplos de commodities com valor agregado os caf?s gourmets: Caf? do Cerrado ou Caf? da Serra da Mantiqueira. Mas outros ainda carecem de maior divulga??o como a carne do Pampa Ga?cho ou o vitelo do Pantanal.
O cen?rio pode estar mudando a partir da campanha da Friboi, com o ator Tony Ramos. "Foi uma grande sacada e est? dando muito certo. A JBS j? triplicou a verba de marketing e pelo que sei pelo menos cinco frigor?ficos j? est?o com campanhas prontas para a m?dia de massa", disse.
Fonte: Campo Vivo