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Alimenta??o e sa?de pesam mais no bolso
1 de setembro de 2020

Reajuste nos pre?os ficou, em m?dia, em 0,62% em maio, no ES

A infla??o no pa?s voltou a acelerar em maio. O ?ndice de Pre?os ao Consumidor Amplo (IPCA) nacional foi de 0,78%, enquanto o capixaba foi de 0,62%. Entre os segmentos que mais contribu?ram para a alta dos pre?os est?o alimenta??o, habita??o, sa?de e transportes.

Ainda que expressivo, o aumento dos itens que comp?em o grupo alimenta??o e bebidas n?o foi o mais alto da lista, com avan?o de 0,90%. Mas o peso que essa categoria tem, de 23,18%, sobre o ?ndice geral d? uma ideia do impacto de como qualquer eleva??o de custos ? capaz de pressionar a renda do capixaba.

Assim como os alimentos, a sa?de tem um peso importante no ?ndice geral do IPCA, com 11,68%. Esse segmento registrou, no Estado, somente em maio, alta de 1,60%. Comprar um anti-inflamat?rio, por exemplo, ficou 5,72% mais caro para o consumidor.

A coordenadora de ?ndice de pre?os do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, explica que a caracter?stica do m?s de maio ? a volta da press?o de itens administrados que pressionaram a taxa, como ?gua e esgoto, rem?dio, cigarro e energia el?trica. ?Ent?o, os (pre?os) administrados foram ?estrelas? em maio?, diz.

Eulina analisa os dados nacionais ao citar que os pre?os dos rem?dios, que haviam aumentado 6,26% em abril, subiram mais 3,1% em maio. Com isso, nestes dois meses, a alta foi de 9,55%, reflexo do reajuste de 12,5% em vigor desde o dia 1? de abril.

?Neste ano, os rem?dios j? aumentaram 10,52%. E isso est? muito ligado ao d?lar?, diz a coordenadora do IBGE.

O economista e professor da Fucape, Bruno Funchal, comenta que o IPCA surpreendeu. ?O ?ndice veio acima do esperado?. Mas ele afirma que a expectativa para os pr?ximos meses ? de queda da infla??o.

Enquanto esse al?vio n?o chega, o consumidor tem sentido os pre?os altos em v?rias situa??es do dia a dia. Fazer o supermercado ? uma delas. As frutas est?o entre as vil?s. A manga, por exemplo, ficou quase 40% mais cara de abril para maio e, no acumulado dos 12 meses, a fruta disparou 110%.

O mam?o e a tangerina tamb?m n?o deram tr?gua. Em 12 meses, ficaram 102% e 62,61% mais caros, respectivamente. De acordo com Funchal, o clima seco tem sido um fator decisivo na composi??o dos pre?os desses alimentos.

?Com certeza essas altas n?o s?o por conta da demanda. Elas s?o explicadas por choques de oferta como quebra de safra e a escassez de chuvas?, observa o economista.

O engenheiro agr?nomo Jair Furlan Junior ? quem faz as compras da fam?lia e diz que no ?ltimo ano seu consumo mensal no supermercado passou de aproximadamente R$ 450 para R$ 650. ?Tudo subiu muito. O pre?o do mam?o explodiu. O feij?o tamb?m est? um absurdo, e entre os motivos para esses aumentos est? a depend?ncia de fertilizantes e insumos que s?o importados no pa?s e acabam sendo muito impactados pelo pre?o alto do d?lar?.

A gastr?noma Luciani Saad acompanha de perto os pre?os dos alimentos. Pelo menos tr?s vezes por semana vai ao supermercado. ?Assim, compro itens com pre?os melhores e evito o desperd?cio?.

Feij?o j? custa R$ 10 e vai ficar ainda mais caro

Ainda que em maio o feij?o n?o tenha apresentado o maior impacto na infla??o, segundo a pesquisa do IBGE, o alimento j? ? considerado um vil?o da cesta b?sica por muitos especialistas. Nos ?ltimos 12 meses, no Esp?rito Santo, o feij?o carioca, por exemplo, apresentou alta de 39,27% no pre?o de acordo com o IPCA. No m?s passado, a varia??o foi de 3,91%.

Problemas com a seca t?m feito os pre?os dispararem. E a situa??o deve piorar. O custo do quilo nos supermercados poder? chegar a R$ 12, nos pr?ximos meses. Em rela??o ao valor j? cobrado hoje, o quilo chega a at? R$ 10.

Segundo o Instituto Brasileiro do Feij?o, a varia??o do valor da saca de 60 quilos do carioquinha chegou a 221%, de janeiro a maio deste ano.

O pre?o do feij?o preto, item mais presente no dia a dia das fam?lias, tamb?m sofrer? novo aumento, podendo chegar a R$ 8 o quilo, j? em julho. Hoje, ? encontrado, em m?dia, a R$ 6 no mercado.

A eleva??o daqui para frente, portanto, dever? ser de 60%, estimam os especialistas. De abril a maio, o custo da saca de 60 quilos variou 100%.

A gastr?noma Luciani Saad conta que quando um produto est? muito mais caro que o normal, ela risca o item da sua lista de compras. ?Acho que temos que buscar alternativas e at? o feij?o deixo de comprar quando o pre?o sobe demais?, conta;
J? a comerciante Maria L?cia Lima diz que n?o abre m?o do tradicional feij?o com arroz. ?O feij?o est? no card?pio di?rio da fam?lia. Mas, para n?o gastar muito, pesquiso em mais de um supermercado e tento comprar o alimento quando est? em promo??o?.

A eleva??o acelerada nos pre?os est? associada a quest?es clim?ticas que prejudicaram produtores do Paran?, do Centro-Oeste e do Norte de Minas Gerais, respons?veis por abastecer quase todo o pa?s.

Fonte: Gazeta Online

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