Cookies: Utilizamos cookies para otimizar nosso site e coletar estatísticas de uso. Por favor, verifique nossa política de cookies.

Entendi e Fechar
Aquecimento global pode mudar mapa de produ??o agr?cola brasileira
A produ??o alimentos pode diminuir nos pr?ximos anos no Brasil dando lugar ?s culturas voltadas para a produ??o de agroenergia. Esta ? uma das conclus?es de um estudo feito por especialistas em zoneamento clim?tico da Embrapa e da Universidade de Campinas (Unicamp) sobre os efeitos do aquecimento global nas culturas agr?colas.



Segundo Eduardo Delgado Assad, pesquisador da Embrapa Inform?tica Agropecu?ria e um dos coordenadores da pesquisa, isto pode acontecer porque as culturas mais ligadas ? alimenta??o s?o mais vulner?veis aos efeitos do aquecimento global do que culturas usadas para a produ??o de energia, como a cana de a??car.



Segundo Assad, o caf?, junto com a soja e o milho, s?o as culturas mais vulner?veis aos efeitos do aquecimento global. Para o caf?, a principal causa da vulnerabilidade ? a possibilidade de abortamento da florada devido ao d?ficit h?drico e ao calor intenso. Por?m, ele afirma que este cen?rio pode ser modificado com trabalhos de biotecnologia e melhoramento gen?tico, tornando as plantas mais tolerantes a essas amea?as.



Resultados da pesquisa



A pesquisa estudou, a partir de dois poss?veis cen?rios, um prevendo o aumento de temperatura pessimista, variando entre 2?C a 5,4?C, e outro um pouco mais otimista, prevendo aumento de temperatura entre 1,4?C e 3,8?C, os impactos deste aumento em v?rias culturas agr?colas, como o algod?o, arroz, caf?, cana-de-a??car, feij?o, girassol, mandioca, milho e soja. Os cen?rios foram montados para os anos de 2010, 2020, 2050 e 2070 tomando-se como base o Zoneamento de Riscos Clim?ticos de 2007 e o mais recente relat?rio do Painel Intergovernamental de Mudan?as Clim?ticas (IPCC).



Para Assad, o aumento de temperatura ir? fatalmente ocorrer. N?o se sabe, apenas, em que n?vel. Isso provocar? uma altera??o profunda na geografia da produ??o agr?cola no Brasil, acarretando na migra??o de plantas para regi?es que hoje n?o s?o de sua ocorr?ncia em busca de condi??es clim?ticas melhores. No caso do caf?, que, historicamente, sempre encontrou condi??es ?timas de desenvolvimento na Regi?o Sudeste do Pa?s, ele ter? que se adaptar ?s novas caracter?sticas clim?ticas dessas regi?es ou dever? migrar para latitudes maiores, podendo inclusive, ser produzido na regi?o mais ao sul do Brasil.



Essa an?lise, segundo o pesquisador, refere-se apenas ao caf? ar?bica. Com o caf? conilon este problema n?o acontece, j? que esta esp?cie ? mais robusta, ou seja, mais resistente, e adaptada para produ??o em regi?es de clima mais quente.



Para Eduardo Assad, as solu??es para a adapta??o da planta ao clima mais quente j? est?o sendo buscadas pela pesquisa. Os estudos em melhoramento gen?tico do caf?, onde ? feito o cruzamento entre as esp?cies ar?bica e conilon, poder?o criar cultivares mais robustas e capazes de suportar temperaturas mais altas. Existem, ainda, pesquisas de campo para o uso do sombreamento do cafezal com frutas ou esp?cies madeireiras, o que ? muito bom, j? que, neste caso, os produtores podem tirar renda tanto do caf? quanto da outra esp?cie cultivada. Essas alternativas e a adapta??o do nosso sistema de produ??o para os cen?rios que se mostram no futuro ? que v?o possibilitar a perman?ncia do caf? em regi?es onde ele est? adaptado atualmente. ?Isso mostra que n?s temos dom?nio tecnol?gico capaz de superar esse aquecimento?, finaliza Assad.



Programa de pesquisa em caf?



O programa de pesquisa em caf? brasileiro, conduzido pelas institui??es consorciadas e coordenado pela Embrapa Caf?, tem priorizado o desenvolvimento de estudos voltados a minimizar os efeitos que o calor e a insola??o causam no caf?. Conforme Mirian Eira, gerente adjunta t?cnica da Embrapa Caf?, nos ?ltimos anos, materiais gen?ticos de grande potencial e matura??o diferenciada foram lan?ados e estudos foram realizados para a sele??o de cultivares adaptadas ? seca e aos extremos t?rmicos.



Al?m disso, estudos voltados ? irriga??o do cafeeiro reduzem o risco de vulnerabilidade clim?tica da planta. A tecnologia de irriga??o tem evolu?do tanto no desenvolvimento de novos equipamentos e sua aplica??o racional, como em novas pr?ticas culturais, com estresse h?drico controlado aliado ? aduba??o balanceada.



Por fim, pr?ticas de manejo, como o adensamento das plantas e a arboriza??o da planta??o, s?o permanentemente transferidas aos agricultores, de forma a atenuar os efeitos do aumento da temperatura nas regi?es produtoras de caf?. Al?m disso, segundo Eira, outros projetos nas ?reas de biotecnologia, agroclimatologia e fisiologia do cafeeiro estudam as caracter?sticas do clima e das plantas, buscando como resultado mitigar essas condi??es adversas e manter o Brasil na lideran?a da produ??o mundial de caf?.



Fonte: Revista Cafeicultura

Compartilhe nas Mídias Sociais

Fale Conosco
(27) 3185-9226
Av. Nossa Senhora da Penha, 1495, Torre A, 11° andar.
Santa Lúcia, Vitória-ES
CEP: 29056-243
CNPJ: 04.297.257/0001-08