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Aumenta importa??o de frutas e legumes
1 de setembro de 2020

A combina??o de c?mbio favor?vel e aumento da renda do consumidor brasileiro est? provocando uma guinada significativa nas importa??es de frutas e legumes. Al?m das "commodities" trazidas tradicionalmente em per?odos de entressafra da produ??o nacional, grandes centros varejistas aproveitam a boa conjuntura econ?mica para apresentar ao mercado produtos diferenciados e com maior valor agregado.
Dados da Secretaria de Com?rcio Exterior (Secex) apontam para um incremento significativo de legumes importados entre 2007 e 2011, com tend?ncia altista nos oito primeiros meses deste ano. Nesse per?odo, 52 itens deram entrada no pa?s - de aspargos, berinjelas, ervilhas, alcachofras e aipos at? a "orelhas-de-judas", um cogumelo comest?vel de nome exc?ntrico cultivado na ?sia, sobretudo na China.
O volume de legumes oriundos do Mercosul, EUA e Europa cresceu ? medida em que a vida melhorou para muitos brasileiros, que passaram a comer mais e melhor: eram 167 mil toneladas em 2007; passaram a 285 mil toneladas em 2010, um salto de 70%. De janeiro a agosto deste ano foram importados 189 mil toneladas.
Tome-se como exemplo os aspargos. Nesse mesmo per?odo, de 2007 a 2010, as importa??es do produto subiram 145%, de 271 para 667 toneladas. Ou os cogumelos, frescos ou refrigerados, que representaram somente 626 quilos na pauta importadora em 2007, ca?ram para 46 quilos em 2010 e neste ano foram catapultados para 50 toneladas at? agosto. Um crescimento de 7.800%.
"Com mais renda, as pessoas est?o se permitindo mais", explica Leonardo Miyao, diretor comercial do Grupo P?o de A??car, conhecido pela ampla oferta de produtos e busca pelo diferenciado. Segundo ele, h? dez anos a rede varejista importa consistentemente "commodities" no segmento FLV (frutas, legumes e verduras) entre as janelas da produ??o nacional. Recentemente, aumentou o enfoque em variedades e embalagens novas, sempre tendo como "drive" o sabor.
Quem comparecer a lojas do grupo em S?o Paulo poder? se deparar, por exemplo, com batatas americanas importadas de Oregon. Cuidadosamente embaladas, elas v?m em diferentes tons de amarelo e rosa (algumas chegam perto do roxo), num diferencial claro em rela??o ?s batatas brasileiras. Aspargos chilenos - claro - tamb?m est?o l?.
A grande sensa??o, por?m, dever? ser o alho preto defumado produzido na Argentina que o supermercado promete trazer em breve ao pa?s. "Ser? um produto altamente gourmet. Se eu vender 10% com valor agregado, ? um ?timo neg?cio", diz Miyao. Atualmente, o P?o de A??car oferece em seu portf?lio 110 variedades de produtos importados s? nas g?ndolas FLV, incluindo os produtos mais triviais como ma??s, peras e cebolas. "Temos pedido aos nossos fornecedores que inovem. Mas quando eles n?o chegam no ponto de inova??o que desejamos, importamos", explica o executivo, referindo-se aos caso das batatas americanas. Gra?as ? inova??o, diz ele, ? poss?vel encontrar hoje no mercado quase dez variedades de peras.
Na Ceagesp paulistana, o maior entreposto de alimentos do pa?s, a importa??o de frutas tamb?m tem crescido. Elas representam 52,6% do volume total comercializado, que foi de tr?s milh?es de toneladas em 2010. Desse total, cerca de 15% s?o importadas. Ao contr?rio dos que buscam o produto de nicho, no entreposto predominam os cl?ssicos do paladar brasileiro: peras (88 mil toneladas importadas em 2010), ma??s (35 mil), ameixas (16 mil), uvas (15 mil), kiwis (12 mil), nectarinas e p?ssegos (ambos com 6 mil toneladas).
Um dos permission?rios da Ceagesp que elevaram as suas importa??es foi a Benassi. De acordo com a empresa, houve um aumento anual da ordem de 30% nas importa??es de frutas desde 2007. Foram de 29 mil toneladas para 33 mil. "Sempre importamos nas entressafras do Brasil, mas agora estamos precisando importar mais por causa da demanda maior", diz M?rio Benassi. Para ele, a combina??o de d?lar fraco e bolso cheio de reais est? favorecendo o consumo maior de frutas no pa?s - ainda que relativamente baixo se comparado ao de outros pa?ses.
Alexandre Santoro, da Frugal - que ? permission?ria da Ceagesp -, acrescenta que a crise na Europa tamb?m contribuiu para essa tend?ncia, j? que os exportadores de legumes e frutas precisaram encontrar outras rotas para escoar produtos perec?veis.
Outro fator que impulsiona as importa??es s?os as quebras de safras devido a problemas clim?ticos. Chuvas de granizo em Santa Catarina, principal polo produtor de ma??s no pa?s, elevou as importa??es da fruta em 47,7% de janeiro a agosto deste ano, alcan?ando 50,8 mil toneladas. Sorte da Argentina, principal pa?s de origem de ma??s.

Fonte: Canal do Produtor

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