Aumento de biocombust?vel no diesel estimula pesquisas com oleaginosas
1 de setembro de 2020
"Uma vit?ria para o Brasil" ? como a Uni?o Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) est? considerando o aumento de 5% para 6% na mistura de biodiesel ao diesel. Aguardado h? quatro anos pelo setor, o novo porcentual foi anunciado no final de maio e entrou em vigor em 1? de julho. Est? previsto mais um aumento em novembro, quando o combust?vel de ve?culos pesados passar? a conter 7% de biodiesel.
A expectativa de chegar a 20% de adi??o de biodiesel ao ?leo diesel, somada a outros biocombust?veis surgindo no mercado, estimula a busca de novas fontes de ?leo. As pesquisas, por sua vez, geram resultados que beneficiam n?o s? a ind?stria de biodiesel e de ra??es animais, mas tamb?m outras ?reas, como a oleoqu?mica.
De acordo com o Minist?rio das Minas e Energia, cada ponto porcentual de biodiesel na mistura permite que o Brasil deixe de importar cerca de 600 milh?es de litros de ?leo diesel por ano. Outros benef?cios bastante divulgados pelo setor s?o a gera??o de empregos e renda para agricultores familiares, a redu??o de emiss?es de gases de efeito estufa e o processamento de maior volume de soja no pa?s. O biodiesel gerou tamb?m um novo salto de investimentos em pesquisa, uma vertente menos conhecida do produto. O pesquisador Bruno Galv?as Laviola, da Embrapa Agroenergia explica:
? Desde a implementa??o do programa de biodiesel, houve todo um incentivo ? pesquisa com oleaginosas tradicionais ? soja, girassol, algod?o ?, bem como ?s esp?cies potenciais ? pinh?o-manso, maca?ba, dend?.
O biodiesel despertou interesse comercial por esp?cies nativas como maca?ba, baba?u, inaj? e tucum?, que at? ent?o era inexistente ou muito baixo. S?o esp?cies pouco exploradas, na maioria dos casos de forma apenas extrativista. As pesquisas s?o necess?rias para desenvolver cultivares e estabelecer sistemas de produ??o eficientes em escala comercial. Al?m disso, abriu caminho para o processamento de ?leos n?o comest?veis, a exemplo do pinh?o-manso. Outra planta sobre a qual a expectativa de uso do ?leo na ind?stria de biodiesel impulsionou a pesquisa ? o dend?, cujo ?leo j? tem espa?o no mercado nacional ? atendido parcialmente por importa??es.
Tamb?m foram impulsionados os estudos com os coprodutos e res?duos gerados pela extra??o do ?leo de v?rias esp?cies. A torta do pinh?o-manso ? um desafio porque ? t?xica e precisa de um sistema muito eficiente de destoxifica??o para ser usada como ra??o ? principal mercado para farelos de oleaginosas. J? as diferentes partes do fruto da maca?ba podem ser usadas na alimenta??o humana ou animal, bem como na produ??o de cosm?ticos e carv?o ativado. Isso depende, contudo, do desenvolvimento de tecnologias eficientes de colheita e processamento dos frutos.
Esses aspectos est?o em estudo na Embrapa e em outros centros de pesquisa e universidades brasileiras, j? com alguns resultados promissores. A expectativa ? que, com mais oleaginosas no mercado, novas op??es de concentrados proteicos favore?am a produ??o animal. As tortas tamb?m podem ser aproveitadas no pr?prio campo, como fertilizantes org?nicos. H? ainda os estudos para identificar compostos de import?ncia comercial nos coprodutos e res?duos da cadeia do biodiesel.
? Quanto maior diversidade de oleaginosas, mais mol?culas e compostos de interesse podemos encontrar ? explica a pesquisadora Simone Mendon?a, da Embrapa Agroenergia, que trabalha com o aproveitamento de res?duos de algod?o, dend?, crambe, pinh?o-manso e microalgas.
Fonte: Rural BR
A expectativa de chegar a 20% de adi??o de biodiesel ao ?leo diesel, somada a outros biocombust?veis surgindo no mercado, estimula a busca de novas fontes de ?leo. As pesquisas, por sua vez, geram resultados que beneficiam n?o s? a ind?stria de biodiesel e de ra??es animais, mas tamb?m outras ?reas, como a oleoqu?mica.
De acordo com o Minist?rio das Minas e Energia, cada ponto porcentual de biodiesel na mistura permite que o Brasil deixe de importar cerca de 600 milh?es de litros de ?leo diesel por ano. Outros benef?cios bastante divulgados pelo setor s?o a gera??o de empregos e renda para agricultores familiares, a redu??o de emiss?es de gases de efeito estufa e o processamento de maior volume de soja no pa?s. O biodiesel gerou tamb?m um novo salto de investimentos em pesquisa, uma vertente menos conhecida do produto. O pesquisador Bruno Galv?as Laviola, da Embrapa Agroenergia explica:
? Desde a implementa??o do programa de biodiesel, houve todo um incentivo ? pesquisa com oleaginosas tradicionais ? soja, girassol, algod?o ?, bem como ?s esp?cies potenciais ? pinh?o-manso, maca?ba, dend?.
O biodiesel despertou interesse comercial por esp?cies nativas como maca?ba, baba?u, inaj? e tucum?, que at? ent?o era inexistente ou muito baixo. S?o esp?cies pouco exploradas, na maioria dos casos de forma apenas extrativista. As pesquisas s?o necess?rias para desenvolver cultivares e estabelecer sistemas de produ??o eficientes em escala comercial. Al?m disso, abriu caminho para o processamento de ?leos n?o comest?veis, a exemplo do pinh?o-manso. Outra planta sobre a qual a expectativa de uso do ?leo na ind?stria de biodiesel impulsionou a pesquisa ? o dend?, cujo ?leo j? tem espa?o no mercado nacional ? atendido parcialmente por importa??es.
Tamb?m foram impulsionados os estudos com os coprodutos e res?duos gerados pela extra??o do ?leo de v?rias esp?cies. A torta do pinh?o-manso ? um desafio porque ? t?xica e precisa de um sistema muito eficiente de destoxifica??o para ser usada como ra??o ? principal mercado para farelos de oleaginosas. J? as diferentes partes do fruto da maca?ba podem ser usadas na alimenta??o humana ou animal, bem como na produ??o de cosm?ticos e carv?o ativado. Isso depende, contudo, do desenvolvimento de tecnologias eficientes de colheita e processamento dos frutos.
Esses aspectos est?o em estudo na Embrapa e em outros centros de pesquisa e universidades brasileiras, j? com alguns resultados promissores. A expectativa ? que, com mais oleaginosas no mercado, novas op??es de concentrados proteicos favore?am a produ??o animal. As tortas tamb?m podem ser aproveitadas no pr?prio campo, como fertilizantes org?nicos. H? ainda os estudos para identificar compostos de import?ncia comercial nos coprodutos e res?duos da cadeia do biodiesel.
? Quanto maior diversidade de oleaginosas, mais mol?culas e compostos de interesse podemos encontrar ? explica a pesquisadora Simone Mendon?a, da Embrapa Agroenergia, que trabalha com o aproveitamento de res?duos de algod?o, dend?, crambe, pinh?o-manso e microalgas.
Fonte: Rural BR