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Avan?o em colheita permite quantificar quebra do caf? com clima
1 de setembro de 2020

O in?cio da colheita do caf? est? permitindo ao produtor verificar o tamanho real da quebra de produ??o devido ao clima seco e ?s altas temperaturas em janeiro e fevereiro, diz o produtor de Minas Gerais, Jos? Carlos Cepera.

? O caf? est? mais leve e menor do que o normal. A falta d?gua impediu uma boa forma??o do gr?o. Alguns caf?s est?o com um em vez de dois gr?os ? relata.

Cepera cultiva 840 hectares com caf? ar?bica na Fazenda S?o Paulo, em Oliveira, no centro-oeste de Minas, na regi?o conhecida como Campos das Vertentes. O cafeicultor conta j? colheu cerca de 15% da ?rea total e a quebra na produ??o deve ficar entre 15% a 20%. Ele disse que nunca viu algo semelhante em 32 anos na lida com a cultura. A queda no rendimento ? percebido no momento de "transformar" a saca de caf? em litros da bebida. Em anos de produ??o normal a fazenda tem o equivalente a 500 litros de caf? para uma saca de 60 kg.

? A expectativa era colher cerca de 30 mil sacas, mas devemos colher entre 24 mil e 25 mil sacas. Nesta safra, precisamos de mais litros: 600 a 650 para uma saca. Tivemos algumas chuvas que ajudaram as lavouras. No sul de Minas, h? relatos de perdas de 30% a 50% da produ??o ? afirma.

Esse quadro de menor produ??o no Brasil, maior produtor e exportador do mundo, provocou um rebuli?o no mercado de caf?. As cota??es futuras do ar?bica na Bolsa de Nova York dispararam e acumulam valoriza??o de cerca de 50% este ano. Mas al?m do problema com o clima, Cepera relata que as dificuldades com despesa com m?o de obra tamb?m atrapalham a vida do cafeicultor. Ele argumenta que, do custo total de uma saca de caf?, 40% a 45% ? com m?o de obra. Desse porcentual, 80% ? desembolso com trabalhador na atividade de colheita.

? Falta disponibilidade (de trabalhadores) e a parte trabalhista encarece ainda mais a atividade ? argumenta.

Segundo Cepera, a alternativa ? a mecaniza??o das lavouras. De acordo com ele,um dia de trabalho de uma m?quina automotriz colhedora de caf? equivale ao trabalho de cerca de 80 homens. Atualmente, cerca de 50% da colheita na fazenda j? ? realizada por meio de m?quina (automotriz e derri?adeira). A estrat?gia ? continuar a eliminar talh?es mais antigos, em ?reas de relevo acidentado, dif?ceis para a entrada de m?quinas.

? Sem isso a mecaniza??o, fica dif?cil garantir alguma margem ? explica Cepera.

A produtividade do caf? da Fazenda S?o Paulo ? de 35 sacas a 40 sacas por hectare, para uma m?dia nacional de 20 a 25 a saca por hectare. A colheita de caf? na Fazenda S?o Paulo deve se encerrar em setembro, dentro do prazo programado.

Compensa??o no p?s-colheita

Para compensar a perda de rendimento, o produtor investe na tecnologia p?s-colheita.

? ? uma s?rie de cuidados para aumentar o volume de gr?os de qualidade, destinados ? exporta??o ? afirma o produtor.

A fazenda tem cerca de 10 secadores de caf?, al?m de 32 mil metros quadrados de terreiro, para secagem ao natural. O correto manejo da propriedade ? endossado pelas certificadoras internacionais Rainforest Alliance e UTZ Certified.

? ? uma infraestrutura cara, mas somos recompensados com pre?os pelo menos 10% acima do mercado ? avalia Cepera.

Das cerca de 25 mil sacas colhidas este ano, 60% vai apresentar qualidade para exporta??o.

? A m?dia, nas fazendas brasileiras, ? um pouco mais baixa. Cerca de 30% a 40% da safra ? destinada ao mercado externo ? estima Cepera.

O produtor n?o se entusiasma muito com a alta das cota??es internacionais do caf?, justamente por causa da quebra a safra brasileira. Segundo ele, a alta de pre?os ajuda, mas n?o ? um exagero e apenas compensa a queda na produ??o. O custo m?dio de produ??o de lavoura mecanizada est? em cerca de R$ 300 a saca e, no mercado, o produto tipo exporta??o vale hoje cerca de R$ 400 a saca.

Fonte: Rural BR

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