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Bancos podem aumentar juro para compensar medida do BC
A lentid?o dos bancos na compra de carteiras de cr?dito das institui??es financeiras de pequeno e m?dio portes foi a principal raz?o para o Banco Central ter tomado ontem a decis?o de retirar a remunera??o de 70% sobre o recolhimento compuls?rio dos dep?sitos a prazo.
O objetivo do Banco Central ? acelerar esse processo para tentar injetar liquidez no mercado. No ?ltimo dia 2, o Banco Central decidiu estimular os grandes bancos a adquirirem carteiras de cr?dito de outras institui??es por meio de um desconto no valor do compuls?rio. O total disponibilizado pelo Banco Central do compuls?rio para esse fim chega a R$ 30 bilh?es, mas os bancos s? adquiriram, no m?ximo, R$ 5 bilh?es at? agora. Em sua maior parte, as carteiras s?o de financiamento de ve?culos e de consignado.

O Banco Central constatou que os bancos mais lentos nesse processo de aquisi??o de carteiras de cr?dito s?o, por incr?vel que pare?a, o Banco do Brasil e a Caixa Econ?mica Federal. O processo de compra sempre emperra em alguma etapa da burocracia.

Com essa medida de ontem, o Banco Central espera for?ar os bancos, tanto p?blicos como privados, a acelerar esse processo de compra das carteiras de cr?dito para desempo?ar a liquidez no sistema financeiro.

Ao injetar recursos nos bancos pequenos, o Banco Central espera, pouco a pouco, reativar o cr?dito na economia. O que se observa, hoje, ? que os bancos restringiram bastante as opera??es de cr?dito depois do agravamento da crise.

O Banco Central sabe, no entanto, que existe um forte risco de, para compensarem essa perda de remunera??o de parte do compuls?rio, os bancos aumentarem o "spread" (diferen?a entre a taxa que o banco paga para captar recursos e a que repassa ao cliente) cobrado sobre as opera??es. O BC aposta, no entanto, que o custo de oportunidade vai acabar levando os bancos a comprarem as carteiras de cr?dito.

Os bancos consideraram a medida de ontem do Banco Central bastante dura e com um car?ter punitivo. O argumento dos bancos para n?o comprarem as carteiras de cr?dito na velocidade pretendida pelo BC ? que muitas dessas opera??es s?o de alto risco e exigem uma avalia??o complexa para fechar o neg?cio.
Os bancos est?o fazendo as contas e j? cogitam a possibilidade de aumento do "spread" para compensar essa decis?o do Banco Central.

Juro elevado ? trunfo na crise, afirma Ibre

Os elevados juros brasileiros s?o uma carta na manga do pa?s para driblar a crise global. Com a Selic em 13,75%, o Brasil tem margem para estimular a demanda interna com pol?tica monet?ria -diferentemente de pa?ses como os Estados Unidos, que t?m juros a 1% ao ano. A an?lise ? de Luiz Schymura, diretor do Ibre/ FGV.
"A elevada taxa de juro real, nesse caso, ? um trunfo brasileiro e significa que o tanque est? cheio para administrar a demanda agregada no curto e no m?dio prazo", disse, em carta que ser? divulgada hoje.
Para Schymura, a decis?o do Copom desta semana de encerrar o ciclo de alta dos juros foi acertada em raz?o das incertezas da economia.

"A manuten??o da Selic em 13,75% significa que h? um grande espa?o para redu??es mais ? frente, caso os impactos da desacelera??o global no Brasil sejam muito severos." Schymura n?o quis arriscar uma proje??o de cortes nos juros. Segundo ele, a queda na Selic depender? da gravidade da crise internacional e da desacelera??o da economia brasileira. "E temos uma infla??o para controlar, tamb?m."

Fonte: Jornal Folha de S?o Paulo

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