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Bem-estar animal: sombra ? essencial em regi?es de clima quente
1 de setembro de 2020

Com a crescente preocupa??o do mercado consumidor ? principalmente o europeu ? em rela??o ao bem-estar animal, os produtores rurais devem ficar cada vez mais atentos ao modo como os animais s?o tratados dentro das propriedades. O conforto t?rmico ? um dos requisitos que garantem, al?m do bem-estar, a sustentabilidade e o sucesso da atividade pecu?ria em regi?es de clima quente.

A produ??o animal no Brasil concentra-se basicamente na regi?o intertropical, onde existe a maior incid?ncia de radia??o solar, o que pode causar efeitos prejudiciais, tanto na produ??o e na sanidade, quanto na reprodu??o.

? Quando falamos em produ??o animal a pasto nos tr?picos, considerando-se as mudan?as clim?ticas e a perspectiva de aumentar ainda mais a temperatura do ambiente, ? preciso tomar alguns cuidados para evitar esses efeitos prejudiciais aos animais ? destaca a pesquisadora da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande, MS), Fabiana Villa Alves.

H? ra?as bovinas mais ou menos adaptadas ao calor. As taurinas, em geral, s?o pouco adaptadas a climas quentes e, por isso, as que mais sofrem os efeitos prejudiciais de altas temperaturas no ambiente.

? Por outro lado, o nelore, pertencente ?s ra?as zebu?nas, ? um animal considerado adaptado a esse tipo de clima. Algumas caracter?sticas, como a cor da pele e do pelo, e a grande quantidade de gl?ndulas sudor?paras muito eficientes, auxiliam-no a tolerar bem o calor ? diz a pesquisadora.

Entretanto, ela explica que mesmo sendo adaptados, sofrem em per?odos prolongados com altas temperaturas por se tratarem de animais homeot?rmicos, que devem manter a temperatura "?tima" para realizar as fun??es fisiol?gicas normalmente. Quando essa temperatura come?a a aumentar ou diminuir, eles precisam usar alguns mecanismos para retorn?-la ?quela considerada normal.

Os animais t?m diferentes faixas de temperaturas consideradas de conforto t?rmico. Para os taurinos, essa faixa ? de at? 27 graus. O zebu?no suporta um pouco mais, mas a temperatura m?xima de conforto ? de 35 graus.

? No inverno, no Centro-Oeste, s?o facilmente registradas temperaturas, ao sol, pr?ximas a essa. Ent?o, dependendo da ra?a e da adaptabilidade, o animal fica ofegante, aumenta a temperatura retal e os batimentos card?acos para tentar dissipar esse calor e voltar ? temperatura ?tima. Mas todo mecanismo que ele usa para isso demanda gasto de energia, o que pode refletir em queda de produtividade ? lembra Fabiana.

Para deixar os animais na zona de conforto t?rmico, ela lembra que s?o necess?rias modifica??es ambientais, conforme o sistema de produ??o. Para os confinados ? poss?vel colocar aspersores de ?gua, cortinas e sistemas de ventila??o. Para animais a pasto, a medida mais eficiente ? oferecer sombra, que pode ser tanto artificial (sombrite 70%), quanto natural. Esta ?ltima, dada pela introdu??o de ?rvores, ? a mais barata e eficiente, al?m de trazer outros benef?cios agregados como aumento de biodiversidade, diversifica??o da renda e alimento para os animais.

? A sombra natural ? mais eficiente porque a ?rvore, al?m de bloquear a radia??o solar, cria um microclima embaixo daquele ambiente com sensa??o t?rmica mais agrad?vel. Assim, ? oferecida uma condi??o de melhor conforto t?rmico, por se tratar de um ambiente com menor temperatura e, com isso, ? poss?vel promover o bem-estar do animal ? acrescenta a pesquisadora.

Segunda ela, a esp?cie da ?rvore a ser usada depende de alguns fatores. Por exemplo, em sistemas de integra??o Lavoura-Pecu?ria-Floresta (iLPF) na regi?o Centro-Oeste, o eucalipto ? muito utilizado devido ?s condi??es de solo (?cido e com baixo teor de argila) e ao mercado consumidor existente para celulose, madeira e carv?o.

Na Embrapa Gado de Corte, s?o realizados estudos para caracterizar quantitativa e qualitativamente tipos de sombra de diferentes esp?cies de ?rvores, e quantificar o benef?cio proveniente dela para os animais. A expectativa ? que os resultados sejam divulgados dentro de tr?s anos.

Fonte: Rural Br

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