Boi vivo enfrenta entraves para exporta??o
1 de setembro de 2020
Hoje 95% da carga de boi vivo exportado no Brasil sai do Par?. O volume chega a ultrapassar 500 mil animais por ano. Cerca de 90% dessa carga ? exportada para a Venezuela. Os outros 10% s?o divididos principalmente entre pa?ses do Oriente M?dio, para destinos como Egito, Jord?nia e L?bano. Num prazo de tr?s, quatro anos o Par? pode se tornar um dos grandes exportadores mundiais de boi vivo, mas para isso o Estado precisa melhorar a infraestrutura e eliminar os entraves.
A falta de estrutura no porto de Vila do Conde, em Barcarena, vem prejudicando as empresas exportadoras de gado vivo - o que, a m?dio prazo, pode atrapalhar o neg?cio. Os caminh?es que levam o gado ao porto est?o enfrentando um tempo de espera acima do razo?vel para o embarque, prejudicando a carga de animais. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) foi acionada e realizou na noite da ?ltima quarta reuni?o para encontrar alternativas para o problema.
O executivo Adriano Caruso, diretor da Wellard do Brasil, multinacional australiana que atua na exporta??o de gado desde de 2009 no Par?, representou o setor na reuni?o e explanou ao secret?rio Jos? Alberto Colares como se d? o processo de exporta??o de boi vivo e os problemas que o setor vem enfrentando. ?As empresas exportadoras, n?o s? de gado vivo, assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta para corrigir esse problema da espera. Algumas empresas como a nossa optaram pelo planejamento log?stico para agilizar o embarque. Outras optaram pelo estacionamento de espera antes de embarcar o gado?.
Caruso explica que esse tipo de estacionamento pode caracterizar desvio de rota, o que vai contra a normativa n? 13 do Minist?rio da Agricultura, de mar?o de 2010, que regulamenta a exporta??o de bovinos. Segundo o executivo, o decreto lei 265/2007 do Bem-Estar Animal tamb?m impede um tempo longo de espera antes do embarque e garante a prioridade de embarque a animais vivos, o que n?o vem sendo cumprido.
Adriano explicou ? Sema que exigir o garageamento de caminh?es como forma de evitar filas fere normas federais do Minist?rio da Agricultura e protocolos sanit?rios exigidos pelo pa?s importador.
?Se n?o cumprirmos todas essas normas o Minist?rio n?o autoriza a exporta??o. Antes do embarque o gado vai para estabelecimentos de pr?-embarque [EPE], que s?o fazendas de descanso para abrigar os animais. A carga n?o pode ter nenhum desvio nessa rota, o que caracteriza quebra de protocolo e infra??o ? normativa do bem-estar animal, que determina que da EPE os animais devem seguir direto ao porto e com prioridade?, detalha.
O problema ? que a Companhia das Docas do Par? (CDP) limitou a entrada no porto de Vila do Conde a quatro caminh?es por vez. ?Com isso os animais esperam tempos absurdos dentro dos caminh?es. Muitos se machucam e alguns chegam a morrer. Quando a balan?a de pesagem quebra, a espera ? ainda maior. O porto n?o oferece condi??es m?nimas para a exporta??o de animais vivos?, acusa o diretor da Wellard.
Jos? Colares reconheceu que falta estrutura ? CDP para garantir o embarque dos animais. ?O porto em Barcarena precisa dar suporte para atender ? demanda e reavaliar a quest?o da prioridade do embarque. O servi?o est? estrangulado?, admitiu o secret?rio, que marcou para o pr?ximo dia 8 de julho uma reuni?o na Sema com representantes do Minist?rio da Agricultura, prefeitura de Barcarena, CDP e exportadores para aprofundar a discuss?o do problema.
Fonte: Campo Vivo
A falta de estrutura no porto de Vila do Conde, em Barcarena, vem prejudicando as empresas exportadoras de gado vivo - o que, a m?dio prazo, pode atrapalhar o neg?cio. Os caminh?es que levam o gado ao porto est?o enfrentando um tempo de espera acima do razo?vel para o embarque, prejudicando a carga de animais. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) foi acionada e realizou na noite da ?ltima quarta reuni?o para encontrar alternativas para o problema.
O executivo Adriano Caruso, diretor da Wellard do Brasil, multinacional australiana que atua na exporta??o de gado desde de 2009 no Par?, representou o setor na reuni?o e explanou ao secret?rio Jos? Alberto Colares como se d? o processo de exporta??o de boi vivo e os problemas que o setor vem enfrentando. ?As empresas exportadoras, n?o s? de gado vivo, assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta para corrigir esse problema da espera. Algumas empresas como a nossa optaram pelo planejamento log?stico para agilizar o embarque. Outras optaram pelo estacionamento de espera antes de embarcar o gado?.
Caruso explica que esse tipo de estacionamento pode caracterizar desvio de rota, o que vai contra a normativa n? 13 do Minist?rio da Agricultura, de mar?o de 2010, que regulamenta a exporta??o de bovinos. Segundo o executivo, o decreto lei 265/2007 do Bem-Estar Animal tamb?m impede um tempo longo de espera antes do embarque e garante a prioridade de embarque a animais vivos, o que n?o vem sendo cumprido.
Adriano explicou ? Sema que exigir o garageamento de caminh?es como forma de evitar filas fere normas federais do Minist?rio da Agricultura e protocolos sanit?rios exigidos pelo pa?s importador.
?Se n?o cumprirmos todas essas normas o Minist?rio n?o autoriza a exporta??o. Antes do embarque o gado vai para estabelecimentos de pr?-embarque [EPE], que s?o fazendas de descanso para abrigar os animais. A carga n?o pode ter nenhum desvio nessa rota, o que caracteriza quebra de protocolo e infra??o ? normativa do bem-estar animal, que determina que da EPE os animais devem seguir direto ao porto e com prioridade?, detalha.
O problema ? que a Companhia das Docas do Par? (CDP) limitou a entrada no porto de Vila do Conde a quatro caminh?es por vez. ?Com isso os animais esperam tempos absurdos dentro dos caminh?es. Muitos se machucam e alguns chegam a morrer. Quando a balan?a de pesagem quebra, a espera ? ainda maior. O porto n?o oferece condi??es m?nimas para a exporta??o de animais vivos?, acusa o diretor da Wellard.
Jos? Colares reconheceu que falta estrutura ? CDP para garantir o embarque dos animais. ?O porto em Barcarena precisa dar suporte para atender ? demanda e reavaliar a quest?o da prioridade do embarque. O servi?o est? estrangulado?, admitiu o secret?rio, que marcou para o pr?ximo dia 8 de julho uma reuni?o na Sema com representantes do Minist?rio da Agricultura, prefeitura de Barcarena, CDP e exportadores para aprofundar a discuss?o do problema.
Fonte: Campo Vivo