Boletim do Su?no
1 de setembro de 2020
O mercado em novembro
O mercado suin?cola esteve em franca valoriza??o em novembro, com os pre?os do animal vivo e da carca?a encerrando o m?s em patamares recordes para 2012 ? tal comportamento foi observado em praticamente todas as regi?es acompanhadas pelo Cepea.
Os aumentos estiveram atrelados ? baixa oferta de animais no mercado ? com os elevados custos de produ??o, muitos produtores venderam su?nos mais leves ou matrizes quando as cota??es estavam em baixa, o que restringiu a oferta de animais para abate no final do ano.
Do lado da demanda, o elevado ritmo de exporta??o nos ?ltimos meses ajudou a enxugar o mercado, favorecendo a valoriza??o da carne e do animal no mercado interno, mesmo que no m?s de novembro os embarques tenham enfraquecido.
Tamb?m a demanda no mercado dom?stico ? tipicamente aquecida em final de ano. Em 2012, houve compras para suprir essa demanda sazonal, mas, segundo colaboradores do Cepea, muitos frigor?ficos postergaram ao m?ximo a forma??o de estoques. As ind?strias alegavam que o valor de compra do animal ficou bastante elevado, tendo em vista que a demanda pelo consumidor final n?o estava t?o aquecida a ponto de absorver o forte aumento dos pre?os do su?no vivo, quando os mesmos eram repassados para a carne.
No dia 30 de novembro, o Indicador do Su?no Vivo CEPEA/ESALQ de Minas Gerais fechou a R$ 3,91/kg, o maior patamar, em termos nominais, de 2012. No m?s, o Indicador subiu expressivos 10,5%. No estado de S?o Paulo, o aumento tamb?m foi de 10,5%, com o animal vivo negociado a R$ 3,59/kg no dia 30.
Assim como no Sudeste, as cota??es do animal no encerramento de novembro foram as maiores do ano nos estados do Sul do Brasil. O quilo do su?no chegou a R$ 3,02 em Santa Catarina, aumento de 9% no m?s. No Paran?, o Indicador fechou novembro a R$ 3,02/kg e, no Rio Grande do Sul, a R$ 2,88/kg ? altas de 4,1%
e de 5,9%, respectivamente.
Exporta??es
Ap?s o forte ritmo de exporta??o de carne su?na nos ?ltimos meses, os embarques recuaram 18,1% de outubro para novembro, totalizando 44,4 mil toneladas de carne in natura. Essa quantidade, no entanto, ? 24,4% superior ? de novembro/11, segundo dados da Secex.
No acumulado de 2012, j? foram exportadas 466,7 mil toneladas da carne brasileira, aumento de 15% em rela??o ao mesmo per?odo do ano passado. Se as apostas no in?cio do ano eram de um mercado interno forte e de queda nas exporta??es, o que acontece, de fato, ? justamente o contr?rio.
Ainda segundo a Secex, o pre?o m?dio da carne exportada foi de US$ 2,80/kg em novembro/12, valor 0,9% inferior ao de outubro/12 e 13,3% abaixo do de novembro/11. Em moeda nacional, no entanto, o pre?o m?dio de R$ 5,80 em novembro/12 foi 1,1% superior ao de outubro/12 e semelhante ao de novembro/11. Tal comportamento deve ter estimulado tanto as ind?strias exportadoras nacionais a vender ao mercado internacional, quanto tornado a carne brasileira mais competitiva.
Outro ponto importante a destacar ? que os custos para a produ??o de su?nos est?o mais elevados tamb?m em outros pa?ses, devido ao aumento nos pre?os de milho e do farelo de soja. Tal cen?rio pode ter elevado a compra do produto j? pronto, ou seja, a carne.
Rela??o de Troca e Insumos
Em novembro, os pre?os da soja e derivados apresentaram movimentos distintos ao longo do m?s. Nas primeiras semanas, as cota??es do gr?o recuaram no f?sico brasileiro, decorrente do relat?rio do USDA (Departamento da Agricultura dos Estados Unidos) indicando crescimento nas estimativas de produ??o norte-americana em rela??o aos dados de outubro. Nos ?ltimos dias do m?s, no entanto, os pre?os da soja voltaram a subir no Brasil e no mercado externo. A preocupa??o com o ritmo de cultivo da soja na Am?rica do Sul, que estava em atraso em rela??o ao ano anterior, foi o principal motivo do impulso das cota??es. Al?m disso, a maior demanda norte-americana por soja em gr?o e derivados para exporta??o sustentou as valoriza??es observadas nos ?ltimos sete dias do m?s.
Quanto ao milho, as cota??es seguiram firmes no mercado nacional ao longo do m?s. Estimativas de que a safra argentina continuava atrasada atraiu compradores para o Brasil em novembro, o que contribuiu com o desempenho das exporta??es do cereal, resultando em novo recorde mensal ? cerca de 3,9 milh?es de toneladas de milho foram embarcadas em novembro. A alta demanda externa e os baixos estoques internacionais deram tom altista no mercado de milho, al?m da firme demanda do mercado interno.
Entre 31 de outubro e 30 de novembro, a tonelada de farelo de soja desvalorizou 0,4% em Campinas (SP), a R$ 1.139,98 no encerramento de novembro. Na regi?o de Chapec? (SC), o derivado chegou a R$ 1.191,42/t, recuo de fortes 7% no per?odo.
Em rela??o aos pre?os do milho, as valoriza??es de maior intensidade foram observadas nas regi?es paranaenses e paulistas. Na regi?o paulista, a saca de 60 kg de milho valorizou 9,6%, a R$ 34,90. Na regi?o catarinense, o pre?o m?dio do cereal foi para R$ 34,42/sc, eleva??o de 2,5% em novembro.
Carnes concorrentes
Se no mercado externo a carne brasileira parece ganhar competitividade, no Brasil, a situa??o ? bem diferente frente ?s concorrentes (bovina e de frango). Isso porque, em novembro, o pre?o da carca?a comum su?na se aproximou ainda mais do valor m?dio da carca?a casada bovina? ambas negociadas no atacado da Grande S?o Paulo. Tal cen?rio favorece o consumo de carne bovina, que ? preferida pelo brasileiro.
A diferen?a entre o pre?o da carca?a comum su?na e da carca?a casada bovina chegou a ser de apenas 66 centavos no ?ltimo dia 30 de novembro, quando a carca?a su?na esteve, em m?dia, a R$ 5,59/kg e a carca?a casada bovina foi negociada a R$ 6,25/kg. A ?ltima vez que os pre?os dessas carnes estiveram t?o pr?ximos foi em junho de 2009 ? naquela ?poca, o pre?o m?dio da carne su?na foi impulsionado pela not?cia de que a R?ssia voltaria a comprar o produto de Santa Catarina, que estava embargado desde os focos de aftosa em 2005.
Por outro lado, as cota??es de carne su?na v?m se distanciando das de frango ? o frango inteiro resfriado fechou novembro, em m?dia, a R$ 3,65/kg ? o que favorece a competitividade da concorrente.
Fonte: Campo Vivo
O mercado suin?cola esteve em franca valoriza??o em novembro, com os pre?os do animal vivo e da carca?a encerrando o m?s em patamares recordes para 2012 ? tal comportamento foi observado em praticamente todas as regi?es acompanhadas pelo Cepea.
Os aumentos estiveram atrelados ? baixa oferta de animais no mercado ? com os elevados custos de produ??o, muitos produtores venderam su?nos mais leves ou matrizes quando as cota??es estavam em baixa, o que restringiu a oferta de animais para abate no final do ano.
Do lado da demanda, o elevado ritmo de exporta??o nos ?ltimos meses ajudou a enxugar o mercado, favorecendo a valoriza??o da carne e do animal no mercado interno, mesmo que no m?s de novembro os embarques tenham enfraquecido.
Tamb?m a demanda no mercado dom?stico ? tipicamente aquecida em final de ano. Em 2012, houve compras para suprir essa demanda sazonal, mas, segundo colaboradores do Cepea, muitos frigor?ficos postergaram ao m?ximo a forma??o de estoques. As ind?strias alegavam que o valor de compra do animal ficou bastante elevado, tendo em vista que a demanda pelo consumidor final n?o estava t?o aquecida a ponto de absorver o forte aumento dos pre?os do su?no vivo, quando os mesmos eram repassados para a carne.
No dia 30 de novembro, o Indicador do Su?no Vivo CEPEA/ESALQ de Minas Gerais fechou a R$ 3,91/kg, o maior patamar, em termos nominais, de 2012. No m?s, o Indicador subiu expressivos 10,5%. No estado de S?o Paulo, o aumento tamb?m foi de 10,5%, com o animal vivo negociado a R$ 3,59/kg no dia 30.
Assim como no Sudeste, as cota??es do animal no encerramento de novembro foram as maiores do ano nos estados do Sul do Brasil. O quilo do su?no chegou a R$ 3,02 em Santa Catarina, aumento de 9% no m?s. No Paran?, o Indicador fechou novembro a R$ 3,02/kg e, no Rio Grande do Sul, a R$ 2,88/kg ? altas de 4,1%
e de 5,9%, respectivamente.
Exporta??es
Ap?s o forte ritmo de exporta??o de carne su?na nos ?ltimos meses, os embarques recuaram 18,1% de outubro para novembro, totalizando 44,4 mil toneladas de carne in natura. Essa quantidade, no entanto, ? 24,4% superior ? de novembro/11, segundo dados da Secex.
No acumulado de 2012, j? foram exportadas 466,7 mil toneladas da carne brasileira, aumento de 15% em rela??o ao mesmo per?odo do ano passado. Se as apostas no in?cio do ano eram de um mercado interno forte e de queda nas exporta??es, o que acontece, de fato, ? justamente o contr?rio.
Ainda segundo a Secex, o pre?o m?dio da carne exportada foi de US$ 2,80/kg em novembro/12, valor 0,9% inferior ao de outubro/12 e 13,3% abaixo do de novembro/11. Em moeda nacional, no entanto, o pre?o m?dio de R$ 5,80 em novembro/12 foi 1,1% superior ao de outubro/12 e semelhante ao de novembro/11. Tal comportamento deve ter estimulado tanto as ind?strias exportadoras nacionais a vender ao mercado internacional, quanto tornado a carne brasileira mais competitiva.
Outro ponto importante a destacar ? que os custos para a produ??o de su?nos est?o mais elevados tamb?m em outros pa?ses, devido ao aumento nos pre?os de milho e do farelo de soja. Tal cen?rio pode ter elevado a compra do produto j? pronto, ou seja, a carne.
Rela??o de Troca e Insumos
Em novembro, os pre?os da soja e derivados apresentaram movimentos distintos ao longo do m?s. Nas primeiras semanas, as cota??es do gr?o recuaram no f?sico brasileiro, decorrente do relat?rio do USDA (Departamento da Agricultura dos Estados Unidos) indicando crescimento nas estimativas de produ??o norte-americana em rela??o aos dados de outubro. Nos ?ltimos dias do m?s, no entanto, os pre?os da soja voltaram a subir no Brasil e no mercado externo. A preocupa??o com o ritmo de cultivo da soja na Am?rica do Sul, que estava em atraso em rela??o ao ano anterior, foi o principal motivo do impulso das cota??es. Al?m disso, a maior demanda norte-americana por soja em gr?o e derivados para exporta??o sustentou as valoriza??es observadas nos ?ltimos sete dias do m?s.
Quanto ao milho, as cota??es seguiram firmes no mercado nacional ao longo do m?s. Estimativas de que a safra argentina continuava atrasada atraiu compradores para o Brasil em novembro, o que contribuiu com o desempenho das exporta??es do cereal, resultando em novo recorde mensal ? cerca de 3,9 milh?es de toneladas de milho foram embarcadas em novembro. A alta demanda externa e os baixos estoques internacionais deram tom altista no mercado de milho, al?m da firme demanda do mercado interno.
Entre 31 de outubro e 30 de novembro, a tonelada de farelo de soja desvalorizou 0,4% em Campinas (SP), a R$ 1.139,98 no encerramento de novembro. Na regi?o de Chapec? (SC), o derivado chegou a R$ 1.191,42/t, recuo de fortes 7% no per?odo.
Em rela??o aos pre?os do milho, as valoriza??es de maior intensidade foram observadas nas regi?es paranaenses e paulistas. Na regi?o paulista, a saca de 60 kg de milho valorizou 9,6%, a R$ 34,90. Na regi?o catarinense, o pre?o m?dio do cereal foi para R$ 34,42/sc, eleva??o de 2,5% em novembro.
Carnes concorrentes
Se no mercado externo a carne brasileira parece ganhar competitividade, no Brasil, a situa??o ? bem diferente frente ?s concorrentes (bovina e de frango). Isso porque, em novembro, o pre?o da carca?a comum su?na se aproximou ainda mais do valor m?dio da carca?a casada bovina? ambas negociadas no atacado da Grande S?o Paulo. Tal cen?rio favorece o consumo de carne bovina, que ? preferida pelo brasileiro.
A diferen?a entre o pre?o da carca?a comum su?na e da carca?a casada bovina chegou a ser de apenas 66 centavos no ?ltimo dia 30 de novembro, quando a carca?a su?na esteve, em m?dia, a R$ 5,59/kg e a carca?a casada bovina foi negociada a R$ 6,25/kg. A ?ltima vez que os pre?os dessas carnes estiveram t?o pr?ximos foi em junho de 2009 ? naquela ?poca, o pre?o m?dio da carne su?na foi impulsionado pela not?cia de que a R?ssia voltaria a comprar o produto de Santa Catarina, que estava embargado desde os focos de aftosa em 2005.
Por outro lado, as cota??es de carne su?na v?m se distanciando das de frango ? o frango inteiro resfriado fechou novembro, em m?dia, a R$ 3,65/kg ? o que favorece a competitividade da concorrente.
Fonte: Campo Vivo