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Brasil: celeiro agr?cola do mundo
Protagonista do recente salto das exporta??es mundiais do agroneg?cio, motivado sobretudo pela maior demanda de emergentes como a China, o Brasil ? o pa?s que re?ne melhores condi??es para manter as elevadas taxas de incremento verificadas desde meados dos anos 90 e agregar valor aos embarques do setor nas pr?ximas d?cadas.

Esta ? a principal conclus?o do estudo "Brasil Sustent?vel - Perspectivas do Brasil na agroind?stria", elaborado por Ernst & Young e FGV Projetos e apresentado a jornalistas ontem (29/09) em S?o Paulo. Ainda que o cen?rio tra?ado n?o seja novo para quem acompanha a escalada do agroneg?cio brasileiro nos ?ltimos anos, o estudo corrobora proje??es oficiais e refor?a o alerta quanto ? import?ncia da sustentabilidade das atividades.

Os autores do estudo atentam, ainda, para a tend?ncia de fortalecimento tamb?m dos biocombust?veis e da demanda dom?stica, outros bons sinais para agroind?strias e produtores rurais radicados no Pa?s, e para quest?es como pol?tica agr?cola e o papel da agricultura familiar em meio a um flagrante movimento de concentra??o ao longo de todos os elos das cadeias do setor, com destaque para as ?reas de carnes e a??car e etanol.

Os dados apresentados mostram que, em 1995, a participa??o do Pa?s nas exporta??es agr?colas mundiais foi de 2,8%. Em 2005, ap?s uma d?cada de crescimento m?dio de 10,2% ao ano dos embarques - maior taxa entre os 20 principais pa?ses do ranking -, a fatia chegou a 4,8%.

Apesar do crescimento, o Brasil manteve a quarta posi??o entre os maiores exportadores, atr?s de Estados Unidos (10,2%), Fran?a (7,4%) e Holanda (6,8%), mas a diferen?a caiu e continua diminuindo. Em 2008, a fatia brasileira chegou a 5,5%, bem pr?xima do desempenho da Holanda, que ? grande importadora agr?cola mas reexporta produtos processados para outros mercados da Europa.

Segundo Fernando Garcia, da FGV Projetos e coordenador t?cnico do projeto, a evolu??o decorreu, em grande medida, de ganhos de produtividade. Ainda que a guinada cambial de 1999 tenha sido vital para a competitividade dos produtos brasileiros no exterior naquele momento, o estudo aponta que, em m?dia, a produtividade agropecu?ria do pa?s cresceu, em m?dia, 2% ao ano entre 1960, aurora da "Revolu??o Verde", e 2005, superando outros emergentes como China (1,8%) e ?ndia (1,5%) e na??es desenvolvidas como os EUA (0,8%), o l?der das exporta??es. At? 2030, a taxa anual de incremento foi estimada em 1,3%

"Esse ganho de competitividade coincidiu com a maior abertura econ?mica do Pa?s", disse Garcia. Essa maior abertura tamb?m explica, segundo ele, o crescimento das importa??es agr?colas do Brasil, outra tend?ncia que deve perdurar, sem provocar estragos ao gordo super?vit comercial do setor como um todo. Dependente do trigo fornecido por pa?ses como Argentina e EUA, o Brasil importou US$ 42,3 milh?es em alimentos e US$ 14,2 milh?es em mat?rias-primas agr?colas para outros fins em 2007, segundo o estudo.

Com o resultado, o pa?s ficou em 13? lugar no ranking liderado por EUA (US$ 537,4 bilh?es em alimentos e US$ 169,1 em mat?rias-primas), Jap?o (US$ 475,1 milh?es e US$ 91,1 milh?es, respectivamente). Em 2030, a proje??o aponta que o Brasil deve subir para a 12? posi??o entre os importadores, com compras de US$ 67 milh?es em alimentos e US$ 22,6 milh?es em mat?rias-primas. EUA e Jap?o seguir?o na lideran?a das importa??es de alimentos no horizonte apresentado, e a China ser? ainda mais importante nas importa??es das duas frentes, consolidando-se como segundo principal destino das exporta??es brasileira, ainda atr?s dos EUA.

"O crescimento mundial ser? menor at? 2030 do que foi nas ?ltimas d?cadas; mas, como ter? um novo perfil [maior peso dos emergentes], a demanda por alimentos aumentar? mais", prev? Garcia. Isso sem contar o papel mais relevante das fontes renov?veis de energia em meio ? obriga??o de se ter uma produ??o agropecu?ria sustent?vel.

O especialista est? convencido que a sustentabilidade da produ??o brasileira estar? garantida se os ganhos de produtividade continuarem aumentando. Segundo ele, o Brasil ainda tem um grande espa?o mal aproveitado, e isso tende a melhorar com mecaniza??o e um uso mais intensivo da terra, especialmente na pecu?ria de corte. Al?m disso, h? universidades e empresas, a Embrapa entre elas, que movem essa evolu??o no campo.

"A entrada de novos players em determinados segmentos tamb?m traz uma nova cultura, inclusive em pesquisas. O Brasil ? muito novo nessa gest?o. E a melhora da infraestrutura tamb?m vai colaborar", afirma Renato Gennaro, diretor-executivo da Ernst & Young. Das ?reas relacionadas ao agroneg?cio, o que mais investe em pesquisa e desenvolvimento e inova??o ? o de celulose. Em 2005, 5,5% do faturamento do segmento foi destinada a esses trabalhos.

Fonte: Valor Econ?mico

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