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Entendi e Fechar
Brasil conhece o seu primeiro censo aqu?cola
1 de setembro de 2020

O que os piscicultores brasileiros est?o cultivando? De que porte s?o os empreendimentos? Quais as tend?ncias de mercado? Estas e outras perguntas sobre a produ??o aqu?cola brasileira est?o sendo respondidas pelo Censo Aqu?cola de 2008. O censo - o primeiro desenvolvido no Brasil especialmente para este setor - acaba de ser disponibilizado para o p?blico pelo Minist?rio da Pesca e Aquicultura (MPA).

Como uma fotografia, o censo registra da forma mais completa poss?vel as atividades aqu?colas e as suas intera??es socioecon?micas, considerando o n?mero e o porte das unidades produtivas, o perfil dos produtores, bem como as esp?cies cultivadas e o detalhamento de toda a cadeia produtiva, incluindo os m?todos de produ??o, as estruturas de cultivo (a?ude, viveiro, tanque-rede e canal de igarap? no Amazonas) e escoamento da produ??o. Todas as unidades de produ??o foram, tamb?m pela primeira vez, identificadas por georrefereciamento, ou seja, tiveram a sua exata localiza??o conhecida.

?O Censo Aqu?cola Nacional ? resultado de um trabalho in?dito no pa?s?, recorda Am?rico Ribeiro Tunes, secret?rio de Monitoramento e Controle do MPA. ?Pela primeira vez temos informa??es sobre a aquicultura com uma riqueza de detalhes que nos permitem saber exatamente quem s?o e onde est?o os produtores aqu?colas no Brasil, al?m de informa??es estrat?gicas sobre a cadeia produtiva, n?o s? para o governo, mas para todo o setor?, afirma.

Instrumento de planejamento

Dedicado apenas a empreendimentos com finalidade comercial, o Censo Aqu?cola de 2008, mesmo com informa??es apuradas h? mais tempo, se apresenta como um instrumento fundamental para a administra??o p?blica brasileira tra?ar pol?ticas mais assertivas no fomento da aquicultura nacional. A publica??o tamb?m ? importante para o segmento empresarial conhecer melhor o mercado, assim como para pesquisadores e outros interessados. Aproximadamente 30 mil unidades de produ??o foram visitadas, das quais 19.494 consideradas, por terem objetivo comercial.

A coleta dos dados ? desenvolvida pela Coordena??o Geral de Monitoramento e Informa??es Pesqueiras do MPA - foi realizada em dois anos, entre outubro de 2009 a outubro de 2011. O trabalho mobilizou cinco coordenadores regionais, 28 coordenadores estaduais (no Amazonas foram 2 coordenadores) e 227 coletores de dados.

Foram identificados 15.469 produtores de pescado no continente, dos quais 13.495 de pequeno porte, 760 de m?dio porte e 33 de grande porte, al?m de mais de mil que n?o responderam a esse questionamento. Do universo de produtores, 8.855 criam til?pia, sendo 41% deles na regi?o Sul, 31% na regi?o Nordeste, 22% na regi?o Sudeste, 3% na regi?o Norte e 3% no Centro-Oeste.

Na ?rea da maricultura foram registrados 1.585 produtores, dos quais 1.274 de pequeno porte, 183 de m?dio porte e 63 de grande porte, al?m de outros 65 que n?o responderam ? pergunta.

Informa??es que surpreendem

Os dados para o Censo Aqu?cola de 2008 muitas vezes surpreenderam os coordenadores, como o achado de um tesouro. Assim, algumas informa??es, por serem inusitadas, levaram os respons?veis a novas checagens com a fonte para confirma??o. Foram encontradas 62 esp?cies de peixes sendo cultivadas em ?gua doce e 15 esp?cies de peixes na aquicultura marinha.

O trabalho registrou, por exemplo, uma grande quantidade de h?bridos sendo cultivados no pa?s, como tambacu (h?brido de tambaqui vs pacu), patinga (h?brido de pacu vs pirapitinga), tambatinga (h?brido de tambaqui vs pirapitinga) e jundiara (jundi? amaz?nico vs cachara). Tamb?m se verificou que na regi?o Sul o cultivo de esp?cies nativas j? estava bastante generalizado, apesar da tecnologia de cultivo ainda se encontrar em desenvolvimento. O levantamento mostrou que existem 537 criat?rios de jundi? ? peixe comum nos rios brasileiros ? no Rio Grande do Sul e outros 481 em Santa Catarina. Em Goi?s, a diversidade de esp?cies cultivadas foi maior que a imaginada. Os criat?rios se dedicavam a peixes ?redondos? ? pacu, patinga, pirapitinga, tambacu e tambaqui ? e a outras esp?cies, como cachara e matrinx?. O robalo, peixe de ?gua salgada e salobra, de carne branca e saborosa, tamb?m vem sendo criado no litoral de Santa Catarina, S?o Paulo, Rio de Janeiro, Paran?, Esp?rito Santo, Bahia e Rio Grande do Norte. Em alguns casos, o cultivo de robalo ocorreu, experimentalmente, em ?gua doce. O cultivo de tarp?o no Maranh?o tamb?m ? uma informa??o in?dita, pois n?o havia registro do cultivo desta esp?cie no pa?s. A apura??o tamb?m verificou que criat?rios de diversos estados abasteciam de pescado os pesque e pagues de S?o Paulo e Minas Gerais, tendo sido desenvolvido um servi?o especializado no transporte de peixes vivos que termina por agregar valor ao produtor, proporcionando tamb?m grande diversidade de esp?cies nestes estabelecimentos. Por sua vez, o estudo revelou que 68% do cultivo de peixes ornamentais estavam concentrados em tr?s estados (Minas Gerais, Rio de Janeiro e S?o Paulo).

Macroalgas

O Censo Aqu?cola de 2008 inovou ainda por identificar os produtores nacionais de macroalgas. O cultivo da alga marinha Gracilaria birdiae (Rhodophyta, Gracilariales) ocorreu no litoral do Cear? e do Rio Grande do Norte. No litoral do Rio de Janeiro os produtores se dedicavam ? esp?cie ex?tica Kappaphycus alvarezii (Rhodophyta, Soliariaceae). Estas algas vermelhas s?o importantes para as ind?strias de extra??o de coloides como Carragenana e Agar. As duas esp?cies de alga s?o vendidas geralmente secas e os seus derivados t?m diferentes aplica??es na ind?stria farmac?utica e aliment?cia. Estes coloides s?o comumente encontrados em diversos produtos industrializados, atuando como agente espessante, estabilizante, gelificante e emulsificante. S?o empregados, por exemplo, em gelatinas, geleias, carnes processadas, produtos derivados do leite, pasta de dente ou clarificante de cervejas.

Confira o censo
http://www.mpa.gov.br/images/Docs/Informacoes_e_Estatisticas/Censo_maio2013-2.pdf

Fonte: Campo Vivo

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