Brasil permite uso de 22 agroqu?micos banidos em outros pa?ses
1 de setembro de 2020
O Brasil permite, atualmente, a utiliza??o de 434 ingredientes ativos na formula??o de defensivos agr?colas. Entre os mais utilizados, 22 deles est?o proibidos em outros pa?ses ? alguns na Uni?o Europeia (UE) e outros nos Estados Unidos ?, de acordo com levantamento divulgado pela ag?ncia alem? Deutsche Welle.
A publica??o cita ?entraves pol?ticos e jur?dicos? como os principais fatores para que essas subst?ncias continuem a ser aplicadas nas lavouras brasileiras.
A Ag?ncia Nacional de Vigil?ncia Sanit?ria (Anvisa) iniciou em 2008 um processo de reavalia??o de 14 subst?ncias que s?o usadas na formula??o de mais de 200 agroqu?micos. Dentre essas, at? agora cinco foram banidas: cihexatina; endossulfam; forato; metamidof?s; e triclorfom. Ainda outras duas foram mantidas no mercado (com restri??es de uso): acefato e fosmete.
?Poucas foram proibidas porque a ind?stria do agrot?xico, o Minist?rio da Agricultura e os fazendeiros fazem press?o para o processo de revis?o n?o andar. Fabricantes de alguns produtos entraram na Justi?a e conseguiram liminares para parar a an?lise?, afirmou Wanderlei Pignati, pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso ? DW Brasil.
No Brasil, a responsabilidade pela libera??o e registro de agroqu?micos ? dividida entre tr?s ?rg?os federais: Minist?rio da Agricultura, Pecu?ria e Abastecimento, Anvisa (ligada ao Minist?rio da Sa?de) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov?veis (Ibama, vinculado ao Minist?rio do Meio Ambiente).
?Observa-se, por?m, uma grande defici?ncia do Estado em controlar o uso de agrot?xicos, al?m de uma grande dificuldade em retirar os produtos do mercado depois que eles ganham o registro. Isso acontece porque o registro de agrot?xicos n?o tem validade. Em outros pa?ses, ap?s um tempo de registro, as empresas devem apresentar reavalia??es toxicol?gicas e novos estudos para provar novamente que o produto ? seguro. Infelizmente, o mesmo n?o ocorre no nosso pa?s?, afirma Marcia Sarpa de Campos Mello, toxicologista do Instituto Nacional do C?ncer (Inca).
A ministra da Agricultura, Katia Abreu, defende o uso de defensivos agr?colas afirmando que o Brasil possui caracter?sticas clim?ticas muito diferentes em rela??o a outros locais do mundo, o que o torna um local prop?cio para o desenvolvimento de pragas. ?Usamos agroqu?micos n?o porque gostamos de gastar um pouco mais produzindo alimentos; usamos como os humanos usam medicamentos: para combater pragas e doen?as nos alimentos?, completou.
Fonte: Campo Vivo
A publica??o cita ?entraves pol?ticos e jur?dicos? como os principais fatores para que essas subst?ncias continuem a ser aplicadas nas lavouras brasileiras.
A Ag?ncia Nacional de Vigil?ncia Sanit?ria (Anvisa) iniciou em 2008 um processo de reavalia??o de 14 subst?ncias que s?o usadas na formula??o de mais de 200 agroqu?micos. Dentre essas, at? agora cinco foram banidas: cihexatina; endossulfam; forato; metamidof?s; e triclorfom. Ainda outras duas foram mantidas no mercado (com restri??es de uso): acefato e fosmete.
?Poucas foram proibidas porque a ind?stria do agrot?xico, o Minist?rio da Agricultura e os fazendeiros fazem press?o para o processo de revis?o n?o andar. Fabricantes de alguns produtos entraram na Justi?a e conseguiram liminares para parar a an?lise?, afirmou Wanderlei Pignati, pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso ? DW Brasil.
No Brasil, a responsabilidade pela libera??o e registro de agroqu?micos ? dividida entre tr?s ?rg?os federais: Minist?rio da Agricultura, Pecu?ria e Abastecimento, Anvisa (ligada ao Minist?rio da Sa?de) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov?veis (Ibama, vinculado ao Minist?rio do Meio Ambiente).
?Observa-se, por?m, uma grande defici?ncia do Estado em controlar o uso de agrot?xicos, al?m de uma grande dificuldade em retirar os produtos do mercado depois que eles ganham o registro. Isso acontece porque o registro de agrot?xicos n?o tem validade. Em outros pa?ses, ap?s um tempo de registro, as empresas devem apresentar reavalia??es toxicol?gicas e novos estudos para provar novamente que o produto ? seguro. Infelizmente, o mesmo n?o ocorre no nosso pa?s?, afirma Marcia Sarpa de Campos Mello, toxicologista do Instituto Nacional do C?ncer (Inca).
A ministra da Agricultura, Katia Abreu, defende o uso de defensivos agr?colas afirmando que o Brasil possui caracter?sticas clim?ticas muito diferentes em rela??o a outros locais do mundo, o que o torna um local prop?cio para o desenvolvimento de pragas. ?Usamos agroqu?micos n?o porque gostamos de gastar um pouco mais produzindo alimentos; usamos como os humanos usam medicamentos: para combater pragas e doen?as nos alimentos?, completou.
Fonte: Campo Vivo