Brasil pode aumentar depend?ncia de importa??o de fertilizantes, diz Embrapa
1 de setembro de 2020
Com 75% dos fertilizantes usados no pa?s adquiridos no exterior, o Brasil enfrenta o risco de aumentar a cada ano a importa??o do produto se n?o forem feitos novos investimentos na produ??o nacional, disse nessa ter?a, dia 14, Jos? Carlos Polidoro, vice-l?der da Rede BrasilFert, criada em 2009 pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu?ria (Embrapa) para pesquisas na ?rea.
Para Polidoro, o Brasil precisa de uma pol?tica nacional sobre o assunto, como tem para outros setores do pa?s, porque, segundo ele, ? um setor que requer alt?ssimos investimentos no processo de minera??o e fabrica??o.
O vice-l?der lembrou que, em 2010, o governo elaborou um Plano Nacional de Fertilizantes que, entretanto, n?o chegou a ser implementado. O plano abrangia a??es para incentivar investimentos no setor, visando a ampliar a produ??o nacional. O Brasil consome atualmente em torno de 32 milh?es de toneladas de fertilizantes por ano, das quais 75% s?o importados, segundo a m?dia dos ?ltimos cinco anos. Os demais 25% s?o produzidos no pa?s, o que corresponde a cerca de 10 milh?es de toneladas.
Polidoro explicou que a tend?ncia ? aumentar o percentual de importa??o se n?o houver investimentos, porque enquanto o mundo aumenta, em m?dia, o consumo de fertilizantes, anualmente, em 2%, o Brasil aumenta 4%.
?N?s somos, hoje, o quarto maior consumidor mundial ? afirma.
Pesquisador da Embrapa Solos, Polidoro informou que a Rede FertBrasil objetiva estimular e promover a inova??o tecnol?gica em fertilizantes tanto no pa?s, como na Am?rica Latina. Ele esclareceu que o incentivo ao aumento da produ??o cabe ao governo, por meio dos minist?rios da Agricultura e de Minas e Energia, para buscar a realiza??o de um plano nacional de fertilizantes.
Para a Rede FertBrasil, ele acentuou que o mais importante ? evitar desperd?cios no uso dos fertilizantes na agricultura. O pesquisador diz que do total de fertilizantes aplicado hoje na agricultura, em torno de 40% s?o perdidos de v?rias formas no solo por falta de uma tecnologia adequada.
Nesse sentido, a luta da Rede FertBrasil, em parceria com outros ?rg?os de pesquisa, desenvolvimento e transfer?ncia de tecnologia do Brasil, ? aumentar a efici?ncia e o aproveitamento do fertilizante, seja ele importado ou n?o. Quanto maior for a efici?ncia, menor ser? o custo da produ??o agr?cola no pa?s. Outro desafio ? zerar o desperd?cio.
Polidoro destacou tamb?m que no Brasil existem v?rias fontes de nutrientes que n?o s?o utilizadas na ind?stria convencional de fertilizantes por limita??es tecnol?gicas. Ele citou, entre elas, fontes minerais e org?nicas, como a cama de frango (res?duos da produ??o de frango de corte), que a Pol?tica Nacional de Res?duos S?lidos determina, inclusive, que tenham uma destina??o correta e n?o sejam mais dispostas no ambiente.
A Rede FertBrasil busca superar esses entraves tecnol?gicos, com tencologias mordernas para viabilizar fontes alternativas para a produ??o de novos fertilizantes no pa?s. Ele ressaltou que se todos os res?duos org?nicos e minerais fossem aproveitados para a produ??o de fertilizantes, isso reduziria a importa??o.
? N?o diminuiria acentuadamente, mas em torno de 10% a 20% da demanda poderiam ser cobertos com esses novos fertilizantes ? explica.
Segundo Polidoro, entre 8 e 9 milh?es de toneladas de cama de frango s?o produzidos por ano no pa?s. Se elas forem misturadas com outra parte de fertilizante convencional mineral, se produz um fertilizante organomineral granulado, que ? um fertilizante ecologicamente correto, porque faz a reciclagem de res?duos.
A rede est? procurando ainda desenvolver novas formas de produ??o de fertilizante convencional a partir de fontes minerais que n?o s?o aproveitadas atualmente na ind?stria brasileira. Entre essas fontes est?o o pot?ssio e o f?sforo, minerais encontrados em v?rias regi?es brasileiras.
? ? preciso que sejam viabilizados processos qu?micos e biol?gicos para desenvolver rotas tecnol?gicas que possibilitem o aproveitamento dessas rochas que s?o encontradas no pa?s para a produ??o de fertilizantes ? diz.
Mapeamento feito pelo Minist?rio de Minas e Energia identificou que o Par? e Mato Grosso s?o estados que apresentam ocorr?ncia dessas fontes minerais, mas necessitam de inova??o tecnol?gica que viabilize a produ??o.
O Rio de Janeiro vai sediar a partir da pr?xima segunda, dia 20, o 16? Congresso Mundial de Fertilizantes. Ser? a primeira vez que esse evento ocorre no Brasil. Polidoro informou que 350 especialistas em fertilizantes do mundo, em v?rias ?reas do conhecimento, participar?o do congresso. Durante o evento, ser?o apresentados os trabalhos efetuados pela Rede FertBrasil e pela Embrapa Solos.
A Rede FertBrasil tem 300 pesquisadores, sendo metade da Embrapa e 50% de outros institutos de pesquisa, universidades e funda??es de apoio ao desenvolvimento agropecu?rio de todo o pa?s.
Segundo o Minist?rio da Agricultura, h? possibilidade de ser elaborado um novo Plano Nacional de Fertilizantes ou mesmo de se implantar o que foi feito em 2010.
Fonte: Rural Br
Para Polidoro, o Brasil precisa de uma pol?tica nacional sobre o assunto, como tem para outros setores do pa?s, porque, segundo ele, ? um setor que requer alt?ssimos investimentos no processo de minera??o e fabrica??o.
O vice-l?der lembrou que, em 2010, o governo elaborou um Plano Nacional de Fertilizantes que, entretanto, n?o chegou a ser implementado. O plano abrangia a??es para incentivar investimentos no setor, visando a ampliar a produ??o nacional. O Brasil consome atualmente em torno de 32 milh?es de toneladas de fertilizantes por ano, das quais 75% s?o importados, segundo a m?dia dos ?ltimos cinco anos. Os demais 25% s?o produzidos no pa?s, o que corresponde a cerca de 10 milh?es de toneladas.
Polidoro explicou que a tend?ncia ? aumentar o percentual de importa??o se n?o houver investimentos, porque enquanto o mundo aumenta, em m?dia, o consumo de fertilizantes, anualmente, em 2%, o Brasil aumenta 4%.
?N?s somos, hoje, o quarto maior consumidor mundial ? afirma.
Pesquisador da Embrapa Solos, Polidoro informou que a Rede FertBrasil objetiva estimular e promover a inova??o tecnol?gica em fertilizantes tanto no pa?s, como na Am?rica Latina. Ele esclareceu que o incentivo ao aumento da produ??o cabe ao governo, por meio dos minist?rios da Agricultura e de Minas e Energia, para buscar a realiza??o de um plano nacional de fertilizantes.
Para a Rede FertBrasil, ele acentuou que o mais importante ? evitar desperd?cios no uso dos fertilizantes na agricultura. O pesquisador diz que do total de fertilizantes aplicado hoje na agricultura, em torno de 40% s?o perdidos de v?rias formas no solo por falta de uma tecnologia adequada.
Nesse sentido, a luta da Rede FertBrasil, em parceria com outros ?rg?os de pesquisa, desenvolvimento e transfer?ncia de tecnologia do Brasil, ? aumentar a efici?ncia e o aproveitamento do fertilizante, seja ele importado ou n?o. Quanto maior for a efici?ncia, menor ser? o custo da produ??o agr?cola no pa?s. Outro desafio ? zerar o desperd?cio.
Polidoro destacou tamb?m que no Brasil existem v?rias fontes de nutrientes que n?o s?o utilizadas na ind?stria convencional de fertilizantes por limita??es tecnol?gicas. Ele citou, entre elas, fontes minerais e org?nicas, como a cama de frango (res?duos da produ??o de frango de corte), que a Pol?tica Nacional de Res?duos S?lidos determina, inclusive, que tenham uma destina??o correta e n?o sejam mais dispostas no ambiente.
A Rede FertBrasil busca superar esses entraves tecnol?gicos, com tencologias mordernas para viabilizar fontes alternativas para a produ??o de novos fertilizantes no pa?s. Ele ressaltou que se todos os res?duos org?nicos e minerais fossem aproveitados para a produ??o de fertilizantes, isso reduziria a importa??o.
? N?o diminuiria acentuadamente, mas em torno de 10% a 20% da demanda poderiam ser cobertos com esses novos fertilizantes ? explica.
Segundo Polidoro, entre 8 e 9 milh?es de toneladas de cama de frango s?o produzidos por ano no pa?s. Se elas forem misturadas com outra parte de fertilizante convencional mineral, se produz um fertilizante organomineral granulado, que ? um fertilizante ecologicamente correto, porque faz a reciclagem de res?duos.
A rede est? procurando ainda desenvolver novas formas de produ??o de fertilizante convencional a partir de fontes minerais que n?o s?o aproveitadas atualmente na ind?stria brasileira. Entre essas fontes est?o o pot?ssio e o f?sforo, minerais encontrados em v?rias regi?es brasileiras.
? ? preciso que sejam viabilizados processos qu?micos e biol?gicos para desenvolver rotas tecnol?gicas que possibilitem o aproveitamento dessas rochas que s?o encontradas no pa?s para a produ??o de fertilizantes ? diz.
Mapeamento feito pelo Minist?rio de Minas e Energia identificou que o Par? e Mato Grosso s?o estados que apresentam ocorr?ncia dessas fontes minerais, mas necessitam de inova??o tecnol?gica que viabilize a produ??o.
O Rio de Janeiro vai sediar a partir da pr?xima segunda, dia 20, o 16? Congresso Mundial de Fertilizantes. Ser? a primeira vez que esse evento ocorre no Brasil. Polidoro informou que 350 especialistas em fertilizantes do mundo, em v?rias ?reas do conhecimento, participar?o do congresso. Durante o evento, ser?o apresentados os trabalhos efetuados pela Rede FertBrasil e pela Embrapa Solos.
A Rede FertBrasil tem 300 pesquisadores, sendo metade da Embrapa e 50% de outros institutos de pesquisa, universidades e funda??es de apoio ao desenvolvimento agropecu?rio de todo o pa?s.
Segundo o Minist?rio da Agricultura, h? possibilidade de ser elaborado um novo Plano Nacional de Fertilizantes ou mesmo de se implantar o que foi feito em 2010.
Fonte: Rural Br