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Brasil pr?ximo de liberar exporta??o mundial de milho
1 de setembro de 2020

Mercado. Analistas estimam que uma boa parte da safra deste ano seja destinada ao exterior

Mesmo longe de competir com a enorme produ??o de milho dos Estados Unidos, o Brasil est? pr?ximo de desbancar a lideran?a hist?rica norte-americana nas exporta??es do gr?o. A combina??o de dois fatores ? quebra superior a 100 milh?es no volume de produ??o dos EUA e safra brasileira cheia ? deve colocar o pa?s na condi??o in?dita de maior vendedor externo.

O status, mesmo que seja tempor?rio e causado por um acidente de percurso, resgata a confian?a de produtores em abrir mercados. Os embarques nacionais de milho nunca estiveram t?o altos. Em 2012, foram quase 20 milh?es de toneladas vendidas para pa?ses como Jap?o, Ir?, Coreia do Sul e Marrocos ? mais do dobro do embarcado em 2011.

? As exporta??es ajudam a dar liquidez ? safra, com pre?os maiores ? aponta Cl?udio Luiz de Jesus, presidente da Associa??o dos Produtores de Milho do Estado (Apromilho).

Neste ano, com uma safra estimada em 76 milh?es de toneladas e consumo interno de 52 milh?es, a expectativa ? de que grande parte do excedente de 24 milh?es de toneladas seja destinado ao Exterior.

? Os estoques norte-americanos ainda est?o baixos em raz?o da estiagem que atingiu as regi?es produtoras no ano passado. Embora a safra dos EUA tenha sido quatro vezes maior do que brasileira, h? um mercado interno muito forte em raz?o da produ??o de etanol ? explica Farias Toigo, analista de mercado da Capital Corretora.

No ?ltimo relat?rio do Minist?rio da Agricultura dos Estados Unidos, a previs?o de exporta??o foi reduzida para 20,9 milh?es de toneladas no ano comercial 2012/2013, que termina em agosto.

Rentabilidade estimula o plantio
Na pr?xima temporada, se o clima for favor?vel, os Estados Unidos dever?o colher uma safra recorde de 370 milh?es de toneladas, voltando a dominar com folga as exporta??es de milho. At? l?, a produ??o brasileira tira proveito do espa?o internacional.

? O pa?s soube aproveitar as brechas deixadas pelos americanos para mostrar seu potencial ? avalia o economista Camilo Motter, analista de mercado da Granoeste.

A rentabilidade do gr?o nesta safra, puxada pelas exporta??es, fizeram com que produtores reavaliassem a decis?o de reduzir ?reas plantadas para investir em soja. Produtor rural e comerciante em Passo Fundo, Cristiano Pierdon?r plantou 120 hectares de milho. Com a colheita quase conclu?da, o agricultor alcan?ou m?dia de 150 sacas por hectare. Acostumado a vender a safra para consumidores internos, como ind?strias de aves e su?nos, o agricultor v? na exporta??o uma possibilidade de aumentar o retorno da produ??o.

? O mercado internacional baliza as decis?es. Dependendo do comportamento nos pr?ximos meses, aumentarei a ?rea plantada ? planeja Pierdon?r.

Cota??o alta mesmo com boa oferta de gr?o
Mesmo com uma safra cheia neste ano, o que poderia fazer o pre?o cair, os agricultores est?o comercializando o produto com pre?os valorizados ? em torno de R$ 28 a saca no Rio Grande do Sul. H? dois anos, por exemplo, nesta mesma ?poca, o pre?o m?dio era de R$ 24. No ano passado a cota??o s? disparou em raz?o da seca, quando alcan?ou R$ 30 devido a escassez do produto.

O Estado s? n?o est? ganhando mais porque houve redu??o de 7,2% da ?rea em rela??o a ?ltima safra, de acordo com estimativa da Companhia Nacional do Abastecimento. Foram 1,03 milh?o de hectares cultivados com o gr?o.

A redu??o afetou as compras do cerealista Jossemir Rossato, de Coxilha, porexemplo. Ele adquiriu, neste ano, volume de milho 40% menor do que na safrapassada.

? Muitos produtores n?o conseguiram replantar as lavouras por causa da geada na ?poca de plantio. Quem conseguiu teve produtividade alta e est? sendo beneficiado ? disse Rossato, que compra e revende o gr?o para ind?strias de ra??o animal.

O cen?rio positivo para o Brasil, por?m, esbarra especialmente no custo do transporte da safra, dependente ainda do meio rodovi?rio.

? Aumentamos a exporta??o em uma situa??o de caos internacional. Mas, em condi??es normais, o Brasil n?o ? competitivo ? alerta Paulo Molinari, da Safras & Mercado.

Produtores de aves e su?nos se ressentem
Principais clientes de milho no pa?s, a avicultura e a suinocultura lutam para enfrentar seu maior concorrente: as exporta??es do gr?o. Com safra cheia, o Rio Grande do Sul conseguiria ser autossuficiente caso o gr?o fosse mantido 100% aqui.

Mas tradicionalmente o Estado manda para fora pelo menos 30% da produ??o. Nesta safra, da colheita de mais de 5 milh?es de toneladas, cerca de 2 milh?es ser?o vendidas para outros mercados. Enquanto isso, os ga?chos demandam 5,6 milh?es de toneladas anuais para abastecimento animal. Para cobrir essa diferen?a, ? necess?rio buscar milho de outros Estados, arcando com o custo do transporte. Ao comprar o gr?o no Mato Grosso, por exemplo, as ind?strias t?m custo m?dio de R$ 18 por saca.

O argumento da ind?stria de aves e su?nos ? de que a prioridade deve ser o mercado interno, para que o Brasil amplie os embarques de maior valor agregado, como carnes de frango e su?na.

? N?o somos contra a exporta??o do gr?o. Queremos pol?ticas que garantam o abastecimento da cadeia, com remo??o de milho para os Estados que t?m car?ncia do gr?o ? explica Nestor Freiberger, presidente da Associa??o Ga?cha de Avicultura.

O chamado "passeio do milho" pelo pa?s e o aumento das exporta??es fizeram com que os produtores de aves arcassem com um aumento de 35% no pre?o da ra??o ? principal insumo do segmento.

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