Brasileiro aceita pagar mais por qualidade e valor agregado de l?cteos
1 de setembro de 2020
O consumidor brasileiro est? disposto a pagar mais por l?cteos de maior valor
agregado ou de melhor qualidade. O Cepea (Centro de Estudos Avan?ados em
Economia Aplicada), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) calculou as elasticidades de renda-consumo e de renda-despesa de l?cteos (grupo agregado) a partir de dados da Pesquisa do Or?amento Familiar (POF), de 2008, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE). Foi observado que, na classe mais baixa de renda (classificada como classes D e E), o aumento de 1% da renda proporciona crescimento de 0,6% do consumo de l?cteos (em volume) e de 1% na despesa (valor gasto) com l?cteos. Significa que o consumidor desta faixa de renda acaba elevando mais o gasto monet?rio com produtos l?cteos do que com a quantidade, o que mostra a sua disposi??o em pagar mais por qualidade e/ou por produtos de maior valor agregado.
Isso ocorre tamb?m para as classes m?dia (classe C) e alta (classes A e B). Na faixa de renda mais alta, o aumento de 1% da renda proporciona incremento de 0,13% do consumo de l?cteos e de 0,66% da despesa com esses produtos. J? no caso da classe C, a disposi??o a pagar mais por qualidade ? maior: o aumento de 1% da renda provoca eleva??o de 0,4% do consumo de l?cteos, enquanto a despesa aumenta em 1,14%.
Observa-se que, nas regi?es Norte, Sul e Centro-Oeste do Brasil, as maiores elasticidades foram verificadas na classe C, tanto de consumo (volume)
quanto de despesa (valor gasto). No Nordeste, dado um aumento da renda,
o volume de l?cteos consumido aumenta mais nas classes D e E, enquanto a maior despesa ? observada nas classes m?dia e baixa. Na regi?o Sudeste, o consumo se eleva mais na classe mais baixa de renda (D e E), enquanto a maior varia??o (positiva) da despesa ocorre na classe C.
Vale destacar que esta ? a classe mais representativa no Brasil. Os dados da POF/2008 mostram que 46% da popula??o est?o alocados nesta categoria, o que torna fundamental para o setor ampliar os estudos sobre o comportamento desta faixa de renda para futuros investimentos.
Ressalta-se, ainda que, da mesma forma que um aumento da renda motiva a eleva??o do consumo e do disp?ndio, uma diminui??o da renda da popula??o deve
resultar em queda, na mesma propor??o, do consumo e disp?ndio com l?cteos. Esse comportamento ? observado em todas as macrorregi?es brasileiras.
Fonte: Canal do Produtor
agregado ou de melhor qualidade. O Cepea (Centro de Estudos Avan?ados em
Economia Aplicada), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) calculou as elasticidades de renda-consumo e de renda-despesa de l?cteos (grupo agregado) a partir de dados da Pesquisa do Or?amento Familiar (POF), de 2008, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE). Foi observado que, na classe mais baixa de renda (classificada como classes D e E), o aumento de 1% da renda proporciona crescimento de 0,6% do consumo de l?cteos (em volume) e de 1% na despesa (valor gasto) com l?cteos. Significa que o consumidor desta faixa de renda acaba elevando mais o gasto monet?rio com produtos l?cteos do que com a quantidade, o que mostra a sua disposi??o em pagar mais por qualidade e/ou por produtos de maior valor agregado.
Isso ocorre tamb?m para as classes m?dia (classe C) e alta (classes A e B). Na faixa de renda mais alta, o aumento de 1% da renda proporciona incremento de 0,13% do consumo de l?cteos e de 0,66% da despesa com esses produtos. J? no caso da classe C, a disposi??o a pagar mais por qualidade ? maior: o aumento de 1% da renda provoca eleva??o de 0,4% do consumo de l?cteos, enquanto a despesa aumenta em 1,14%.
Observa-se que, nas regi?es Norte, Sul e Centro-Oeste do Brasil, as maiores elasticidades foram verificadas na classe C, tanto de consumo (volume)
quanto de despesa (valor gasto). No Nordeste, dado um aumento da renda,
o volume de l?cteos consumido aumenta mais nas classes D e E, enquanto a maior despesa ? observada nas classes m?dia e baixa. Na regi?o Sudeste, o consumo se eleva mais na classe mais baixa de renda (D e E), enquanto a maior varia??o (positiva) da despesa ocorre na classe C.
Vale destacar que esta ? a classe mais representativa no Brasil. Os dados da POF/2008 mostram que 46% da popula??o est?o alocados nesta categoria, o que torna fundamental para o setor ampliar os estudos sobre o comportamento desta faixa de renda para futuros investimentos.
Ressalta-se, ainda que, da mesma forma que um aumento da renda motiva a eleva??o do consumo e do disp?ndio, uma diminui??o da renda da popula??o deve
resultar em queda, na mesma propor??o, do consumo e disp?ndio com l?cteos. Esse comportamento ? observado em todas as macrorregi?es brasileiras.
Fonte: Canal do Produtor