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Caf? brasileiro ganha mais espa?o
1 de setembro de 2020

A menor disponibilidade do caf? colombiano no mercado internacional est? fazendo com que os importadores venham ao Brasil buscar os caf?s finos nacionais. Esse aumento da demanda fez com que o produto brasileiro passasse a receber um b?nus sobre as cota??es praticadas na bolsa de Nova York, al?m de ter ajudado a elevar a fatia das vendas totais do pa?s nas exporta??es mundiais de caf? para 32%.

Enquanto o caf? tradicional tipo exporta??o ainda tem um des?gio sobre o pre?o da bolsa, o caf? fino (cereja descascado) brasileiro tem recebido de 8 a 10 centavos de d?lar a mais sobre o valor de refer?ncia da bolsa americana. Tradicionalmente, mesmo o caf? fino exportado pelo Brasil tem um des?gio de at? 10 centavos em rela??o aos pre?os da bolsa.

"A ind?stria est? procurando caf? de qualidade e existe demanda pelo produto brasileiro em substitui??o ao colombiano", afirma Rodrigo Costa, analista da Newedge.

E quando a demanda n?o ? atendida com um aumento r?pido na oferta, o resultado s?o pre?os mais altos. Com um projeto idealizado para produ??o de caf?s finos, a Ipanema Coffees produziu junto com seus parceiros 145 mil sacas desse tipo de produto no ano passado. Para 2010, a expectativa ? de que essa produ??o tenha um aumento marginal de apenas 5 mil sacas, o que elevaria a oferta de uma das principais fazendas produtoras de caf?s especiais do pa?s para 150 mil sacas.

"Sentimos que nosso caf? est? sendo melhor remunerado pelos importadores. Essa ? a primeira vez na hist?ria que um importante fornecedor tem problemas no abastecimento e o Brasil pode se beneficiar por n?o ter nenhum tipo de controle por parte do governo", afirma o diretor presidente da Ipanema, Washington Rodrigues. "N?o podemos perder essa oportunidade", diz ele.

Durante a vig?ncia do antigo Instituto Brasileiro do Caf? (IBC), entre 1952 e 1989, os investimentos em qualidade deixaram de existir, j? que n?o havia nenhum tipo de bonifica??o para os caf?s especiais. "Os primeiros caf?s cereja surgiram em 1990, que ganharam promo??o com as compras que a Illy passou a fazer do produto brasileiro para produzir seus expressos mais encorpados", explicada Eduardo Carvalhaes, diretor do Escrit?rio Carvalhaes, em Santos.

Com o aumento do consumo de expresso nas ?ltimas duas d?cadas, a procura pelo caf? fino brasileiro cresceu em um ritmo superior ao do caf? fino colombiano (lavados suaves). Aliado a esse fator, a capacidade de abastecimento do Brasil ? superior ? colombiana devido ao tamanho de sua produ??o. "Essa revers?o ficou mais evidente em 2009 quando houve o primeiro problema de fornecimento da Col?mbia e se confirmou com uma repeti??o neste ano", diz Rodrigues, da Ipanema.

Em 2007, os colombianos colheram 12,5 milh?es de sacas, se mantendo na m?dia dos quatro anos anteriores. A partir de 2008, no entanto, uma s?rie de fatores como clima, renova??o do parque cafeeiro e baixa remunera??o dos produtores derrubaram a produ??o para 8,66 milh?es de sacas. No ano passado, a oferta cresceu 9,5% para 9,5 milh?es de sacas, mas ainda assim muito abaixo da m?dia superior a 12 milh?es que vinham sendo produzidas de 2004 a 2007.

Sem oferta, as exporta??es colombianas foram bastante prejudicadas. No ano passado, foram embarcadas apenas 7,9 milh?es de sacas, uma queda de quase 30% em compara??o a 2008. Essa situa??o fez com que a participa??o colombiana no mercado internacional recuasse para apenas 8,3%, uma das baixas da sua hist?ria.

Com o aumento da demanda, as exporta??es brasileiras ocuparam o espa?o deixado pela Col?mbia. Dados da Organiza??o Internacional do Caf? (OIC), mostram que a participa??o de 32% do caf? brasileiro no mercado internacional ? a maior em pelo menos 30 anos, com embarque de 30,3 milh?es de sacas.



Fonte: Valor Econ?mico


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