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Caf?: com salto nos pre?os do robusta, ind?stria migra para o ar?bica; variedades registram menor diferen?a em mais de dois anos
1 de setembro de 2020

A diferen?a m?dia nos pre?os do caf? ar?bica e robusta no mercado f?sico brasileiro, ambos tipo 6, foi a menor em abril deste ano desde janeiro de 2014, com R$ 87,37 a saca de 60 kg, segundo o Indicador CEPEA/ESALQ do Centro de Estudos Avan?ados em Economia Aplicada (Cepea), da USP. Essa valoriza??o nos pre?os do robusta brasileiro, ou conillon, motivou a ind?stria a buscar alternativas para substituir o gr?o.

"A ind?stria de caf? torrado e mo?do encontrou na substitui??o do conillon pelo ar?bica uma alternativa para n?o precisar repassar esse aumento de pre?o ao consumidor final. Antes, cerca de 50% da composi??o dos blends era de conillon, agora, esse volume representa 40% e podem reduzir at? para 30%", explica o diretor da Pharos Consultoria de risco em commodities, Haroldo Bonf?.

Com a proximidade da colheita e a expectativa de melhor produ??o nesta safra, os pre?os do caf? ar?bica registram consecutivas quedas nos ?ltimos meses. No in?cio do ano, o Indicador CEPEA/ESALQ para a variedade estava em cerca de R$ 500,00 a saca. Na ?ltima sexta-feira (20), fechou cotado em pouco mais de R$ 450,00. J? o mercado do robusta repercute mais uma safra de quebra no Esp?rito Santo e maior percentual de peneiras mi?das na colheita desta temporada. No in?cio deste ano, o Indicador estava em cerca de R$ 380,00 a saca, mas chegou pr?ximo de R$ 400,00 na semana passada

Apesar do Indicador CEPEA/ESALQ levar em conta pre?os do tipo 6, para ambas as variedades, que n?o ? o mais utilizado pela ind?stria, essa an?lise consegue sim dar um panorama da realidade atual do mercado, segundo o diretor executivo da Abic (Associa??o Brasileira da Ind?stria de Caf?), Nathan Herszkowicz.

As principais estimativas da safra 2016/17 de caf? do Esp?rito Santo apontam para mais uma queda na produ??o. Em 2015, as planta??es capixabas enfrentaram uma das maiores secas dos ?ltimos 50 anos, que impactou a produ??o agr?cola de diversos setores. Em uma medida preventiva, em meio ao risco de desabastecimento, e com suas reservas de ?gua extremamente baixas, o Governo do estado priorizou o consumo humano e proibiu a irriga??o das lavouras em algumas cidades. Cerca de 80% das planta??es de caf? robusta do Esp?rito Santo utilizam sistemas de irriga??o.

No in?cio do m?s, a Justi?a do estado proibiu o uso de ?gua por irriga??o nas lavouras da cidade de Rio Bananal. A pol?cia chegou a lacrar bombas em algumas fazendas. Al?m da decis?o judicial, uma resolu??o da AGERH (Ag?ncia Estadual de Recursos H?dricos) do estado pro?be a irriga??o, em qualquer hor?rio, no munic?pio do Norte do estado.

Segundo Bonf?, essa situa??o no Esp?rito Santo n?o ? passageira e pode ter reflexos na pr?xima safra. "Alguns produtores capixabas j? tem migrado para outras culturas, como a pimenta do reino e o cacau", pondera o especialista em mercado. Para ele, a safra de robusta do Brasil neste ano deve ficar entre 9 e 13 milh?es de sacas, j? que outros estados produtores como a Bahia e Rond?nia n?o tiveram problemas com a safra.

De acordo com o diretor da Abic, Nathan Herszkowicz, apesar da adequa??o na composi??o de blends pela ind?stria seguir crit?rios econ?micos, tamb?m s?o levados em conta aspectos t?cnicos para que o caf? n?o apresente mudan?as ao consumidor. "Quando o conillon [ou robusta] sobe muito, causa um desequil?brio na ind?stria, que por sua vez, tem dificuldade de fazer esse repasse para o consumidor final e acaba mudando a composi??o de seus produtos", afirma.

J? na ind?stria de caf? sol?vel, em que o robusta representa cerca de 80% da composi??o final do produto, a migra??o para o ar?bica ainda n?o ocorre de forma representativa e a valoriza??o nos pre?os do robusta tem sido passada para o consumidor. "O caf? conillon tem melhor rendimento para se fazer caf? sol?vel. Al?m disso, a ind?stria tem que manter o padr?o de bebida dos seus produtos, ent?o essa migra??o para o ar?bica ocorre de forma muito pontual", diz o diretor de Rela??es Institucionais da ABICS (Associa??o Brasileira da Ind?stria de Caf? Sol?vel, Aguinaldo Jos? de Lima.

N?o ? s? no Brasil que os pre?os do caf? robusta t?m apresentado alta. Em outros pa?ses produtores, o gr?o tamb?m teve problemas na produ??o por conta do clima. Em reportagem publicada pela ag?ncia de not?cias financeiras, Dow Jones Newswires, a consultoria BMI Research projeta para o mercado cota??es sustentadas no mercado internacional. "Nos ?ltimos meses, as cota??es tiveram suporte de condi??es clim?ticas excepcionalmente secas na ?sia, por causa do El Ni?o, e esperamos que a escalada dos pre?os continue diante da deteriora??o dos fundamentos", aponta a BMI.

A consultoria estima que a produ??o de caf? robusta na ?ndia tenha queda de 10% nesta temporada e de 8% no Vietn?, apontando que os sistemas de irriga??o, adotados como alternativa para reverter as perdas na safra, n?o foram suficientes para proteger as lavouras.

Fonte: Not?cias Agr?colas

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