Caf? Conilon capixaba conquista o mundo
1 de setembro de 2020
Exporta??es do produto come?am a abrir novos mercados e oportunidades para os produtores
Exporta??es do produto come?am a abrir novos mercados e oportunidades para os produtores
Com estrutura de beneficiamento adequada e orienta??es profissionais (veja quadro com passo a passo), o produtor passou a buscar esse mercado diferenciado. Hoje, o cafeicultor consegue produzir 82% do seu caf? sendo ?cereja descascado?. Para o produtor, o mercado caminha para esse sentido. ?Tirando o investimento com a estrutura de m?quinas, n?o custa mais caro produzir esse tipo de caf?. O pre?o ? o mesmo. E voc? vai investir em um novo mercado?, destaca Isaac Venturim. O exemplo veio na ?ltima safra. Com a queda na produ??o estadual devido as condi??es de clima, o b?nus de 16%, na m?dia, que conseguiu com o caf? superior ajudou a reduzir os impactos da produ??o menor do que a esperada na colheita.
Al?m da exporta??o para Cuba, a Coopeavi tamb?m fechou acordo para exporta??o de 200 toneladas do gr?o para It?lia, mais precisamente para o Porto de G?nova. Essa venda beneficia cerca de 130 fam?lias da regi?o serrana do Esp?rito Santo. Antes do embarque, em ambas as negocia??es, o caf? foi processado com o objetivo de eliminar defeitos para alcan?ar os padr?es exigidos pelo importador, sendo separados e ensacados somente os gr?os de boa qualidade. Esses lotes de caf? s?o adquiridos com diferentes padr?es de qualidade. Na unidade de armazenamento, com o acompanhamento de profissionais qualificados, os gr?os s?o processados para chegar aos padr?es comercializados.
A iniciativa da Coopeavi de fomentar o mercado externo do caf? conilon, de acordo com Jo?o Elv?dio, gerente de mercado de caf? da cooperativa, ?, al?m de abrir novas oportunidades, tentar dar sustentabilidade aos pre?os internamente, j? que as ind?strias brasileiras ficam avaliando a quantidade de caf? produzido no pa?s. ?Em 2011, sabendo que Cuba estava fazendo uma grande importa??o do Conilon brasileiro, come?amos o contato com o Minist?rio do Desenvolvimento Agr?rio. Em 2012, os cubanos visitaram cinco cooperativas no pa?s e viram que a Coopeavi atendia nos quesitos de quantidade, infraestrutura, qualidade e experi?ncia na exporta??o do produto. Com isso, fomos credenciados para essa exporta??o e, em 2013, fechamos o primeiro neg?cio?, relata Elv?dio. Em seguida, o neg?cio com os italianos foi fechado. ?Isso s? foi fechado porque trabalhamos o aspecto da qualidade com o setor produtivo?, destaca o gerente de mercado de caf?. Em ambos os casos, os requisitos para exporta??o foram bem trabalhados, com o m?nimo poss?vel de interfer?ncia de cheiro ou sabor de fuma?a. Para isso, a secagem deve ser conduzida corretamente, de prefer?ncia com fogo indireto.
O cuidado com a exporta??o deve ser constante pelos negociadores para manter as margens de lucro mesmo com fatores vari?veis, como c?mbio e log?stica. ?Os processos devem ser bem definidos para n?o comprometer a margem?, diz Jo?o Elv?dio. Segundo ele, apesar das oscila??es, sempre h? um diferencial que ? repassado aos produtores. Nesses dois casos de exporta??es, variou entre 2% e 5% no valor do mercado convencional, podendo elevar de acordo com o momento.
Com os dois casos de aberturas de novos mercados e visualizando a tend?ncia da cafeicultura com a melhoria de qualidade, o setor cafeeiro acredita em novas oportunidades nos pr?ximos anos. A expectativa ? aumentar os embarques para o exterior, inclusive aumentando as exporta??es para Cuba que tem aprovado o produto capixaba. Para isso, ser? necess?rio continuar o trabalho de conscientiza??o das boas pr?ticas agr?colas nos tratos culturais dos cafezais. Esse tem sido um foco, nos ?ltimos anos, das institui??es p?blicas e privadas ligadas ao setor rural estadual. ?Nos ?ltimos cinco anos, estamos realizando um grande investimento para trabalhar o conceito de qualidade do caf? conilon. E, analisando o cen?rio atual, podemos observar que o conilon ? a grande novidade no momento do mercado consumidor de caf??, destaca Evair Vieira de Melo, especialista em degusta??o de caf? e presidente do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assist?ncia T?cnica e Extens?o Rural (Incaper).
Em S?o Domingos do Norte, o produtor Isaac Venturim segue o recado e est? no caminho certo. ?N?o tenho medo de n?o vender meu caf?. O mercado est? consolidado para o bom produto. Qualidade ? o futuro esperado para todos produtos, inclusive o caf??, diz o produtor que j? ficou entre os primeiros colocados em importantes concursos de qualidade realizados no Esp?rito Santo e recebeu mais de 200 produtores para conhecer seu m?todo de trabalho. Em Santa Teresa, mesmo ap?s os 60 anos, Luiz Carlos Batisti tamb?m continua sua rotina em busca de novos mercados. ?Se o produto tiver qualidade tem condi??es de continuar sendo exportado. Se eu tiver condi??o e algu?m para apoiar, queremos continuar exportando. Tem que investir em qualidade para poder ficar no mercado?, finaliza. N?o s? para poder ficar no mercado, mas para conquistar novas oportunidades e ampliar os horizontes da cafeicultura capixaba, levando o produto de volta as terras de alguns dos imigrantes que desbravaram o Esp?rito Santo, al?m de outros pa?ses. ?Aquela casa ali foi constru?da em 1905 pelos imigrantes italianos. E o caf? da nossa regi?o est? indo pra l??, despede-se Batisti, mostrando a casa em frente ao terreiro da sua propriedade.
Fonte: Campo Vivo
Exporta??es do produto come?am a abrir novos mercados e oportunidades para os produtores
Com estrutura de beneficiamento adequada e orienta??es profissionais (veja quadro com passo a passo), o produtor passou a buscar esse mercado diferenciado. Hoje, o cafeicultor consegue produzir 82% do seu caf? sendo ?cereja descascado?. Para o produtor, o mercado caminha para esse sentido. ?Tirando o investimento com a estrutura de m?quinas, n?o custa mais caro produzir esse tipo de caf?. O pre?o ? o mesmo. E voc? vai investir em um novo mercado?, destaca Isaac Venturim. O exemplo veio na ?ltima safra. Com a queda na produ??o estadual devido as condi??es de clima, o b?nus de 16%, na m?dia, que conseguiu com o caf? superior ajudou a reduzir os impactos da produ??o menor do que a esperada na colheita.
Al?m da exporta??o para Cuba, a Coopeavi tamb?m fechou acordo para exporta??o de 200 toneladas do gr?o para It?lia, mais precisamente para o Porto de G?nova. Essa venda beneficia cerca de 130 fam?lias da regi?o serrana do Esp?rito Santo. Antes do embarque, em ambas as negocia??es, o caf? foi processado com o objetivo de eliminar defeitos para alcan?ar os padr?es exigidos pelo importador, sendo separados e ensacados somente os gr?os de boa qualidade. Esses lotes de caf? s?o adquiridos com diferentes padr?es de qualidade. Na unidade de armazenamento, com o acompanhamento de profissionais qualificados, os gr?os s?o processados para chegar aos padr?es comercializados.
A iniciativa da Coopeavi de fomentar o mercado externo do caf? conilon, de acordo com Jo?o Elv?dio, gerente de mercado de caf? da cooperativa, ?, al?m de abrir novas oportunidades, tentar dar sustentabilidade aos pre?os internamente, j? que as ind?strias brasileiras ficam avaliando a quantidade de caf? produzido no pa?s. ?Em 2011, sabendo que Cuba estava fazendo uma grande importa??o do Conilon brasileiro, come?amos o contato com o Minist?rio do Desenvolvimento Agr?rio. Em 2012, os cubanos visitaram cinco cooperativas no pa?s e viram que a Coopeavi atendia nos quesitos de quantidade, infraestrutura, qualidade e experi?ncia na exporta??o do produto. Com isso, fomos credenciados para essa exporta??o e, em 2013, fechamos o primeiro neg?cio?, relata Elv?dio. Em seguida, o neg?cio com os italianos foi fechado. ?Isso s? foi fechado porque trabalhamos o aspecto da qualidade com o setor produtivo?, destaca o gerente de mercado de caf?. Em ambos os casos, os requisitos para exporta??o foram bem trabalhados, com o m?nimo poss?vel de interfer?ncia de cheiro ou sabor de fuma?a. Para isso, a secagem deve ser conduzida corretamente, de prefer?ncia com fogo indireto.
O cuidado com a exporta??o deve ser constante pelos negociadores para manter as margens de lucro mesmo com fatores vari?veis, como c?mbio e log?stica. ?Os processos devem ser bem definidos para n?o comprometer a margem?, diz Jo?o Elv?dio. Segundo ele, apesar das oscila??es, sempre h? um diferencial que ? repassado aos produtores. Nesses dois casos de exporta??es, variou entre 2% e 5% no valor do mercado convencional, podendo elevar de acordo com o momento.
Com os dois casos de aberturas de novos mercados e visualizando a tend?ncia da cafeicultura com a melhoria de qualidade, o setor cafeeiro acredita em novas oportunidades nos pr?ximos anos. A expectativa ? aumentar os embarques para o exterior, inclusive aumentando as exporta??es para Cuba que tem aprovado o produto capixaba. Para isso, ser? necess?rio continuar o trabalho de conscientiza??o das boas pr?ticas agr?colas nos tratos culturais dos cafezais. Esse tem sido um foco, nos ?ltimos anos, das institui??es p?blicas e privadas ligadas ao setor rural estadual. ?Nos ?ltimos cinco anos, estamos realizando um grande investimento para trabalhar o conceito de qualidade do caf? conilon. E, analisando o cen?rio atual, podemos observar que o conilon ? a grande novidade no momento do mercado consumidor de caf??, destaca Evair Vieira de Melo, especialista em degusta??o de caf? e presidente do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assist?ncia T?cnica e Extens?o Rural (Incaper).
Em S?o Domingos do Norte, o produtor Isaac Venturim segue o recado e est? no caminho certo. ?N?o tenho medo de n?o vender meu caf?. O mercado est? consolidado para o bom produto. Qualidade ? o futuro esperado para todos produtos, inclusive o caf??, diz o produtor que j? ficou entre os primeiros colocados em importantes concursos de qualidade realizados no Esp?rito Santo e recebeu mais de 200 produtores para conhecer seu m?todo de trabalho. Em Santa Teresa, mesmo ap?s os 60 anos, Luiz Carlos Batisti tamb?m continua sua rotina em busca de novos mercados. ?Se o produto tiver qualidade tem condi??es de continuar sendo exportado. Se eu tiver condi??o e algu?m para apoiar, queremos continuar exportando. Tem que investir em qualidade para poder ficar no mercado?, finaliza. N?o s? para poder ficar no mercado, mas para conquistar novas oportunidades e ampliar os horizontes da cafeicultura capixaba, levando o produto de volta as terras de alguns dos imigrantes que desbravaram o Esp?rito Santo, al?m de outros pa?ses. ?Aquela casa ali foi constru?da em 1905 pelos imigrantes italianos. E o caf? da nossa regi?o est? indo pra l??, despede-se Batisti, mostrando a casa em frente ao terreiro da sua propriedade.
Fonte: Campo Vivo