Caf?: Safra 2016/17 do Brasil amea?ada pelo tempo seco das pr?ximas semanas
1 de setembro de 2020
As mais recentes previs?es da Somar Meteorologia apontam para um tempo ainda quente e seco na maior parte das ?reas produtoras de caf? do Sudeste, incluindo Minas Gerais, Esp?rito Santo, Bahia e Mogiana, nos pr?ximos dias. Informa??es reportadas pela Reuters na manh? desta quarta-feira (13) d?o conta que precipita??es mais generalizadas devem ser registradas no cintur?o apenas na pr?xima semana, na melhor das hip?teses. Sob essas condi??es clim?ticas, algumas flores e bot?es florais j? est?o queimando devido ?s altas temperaturas, principalmente no Sul de Minas, maior estado produtor do pa?s.
O clima, fator determinante para o bom desenvolvimento da safra 2016/17, passa a ser, portanto, a principal preocupa??o dos cafeicultores brasileiros, que temem uma nova quebra na pr?xima temporada. Na segunda quinzena de setembro, as chuvas induziram boas floradas nos cafezais das principais regi?es produtoras do pa?s, animando os cafeicultores ap?s consecutivos anos de queda na produ??o. Entretanto, para que os chumbinhos se desenvolvam de forma saud?vel seriam necess?rias chuvas regulares, o que n?o acontece at? o momento.
Segundo o cafeicultor de Tr?s Pontas, no Sul mineiro, Francisco Miranda, as lavouras mais afetadas s?o as que ficam mais expostas ao sol. "Em algumas plantas as flores de setembro secaram, em outras, nem abriram. As chuvas est?o irregulares e as temperaturas sempre muito altas. Desta forma, alguns cafezais est?o com pegamento visivelmente comprometido. Se dentro de 15 dias n?o chover vamos ver mais uma cat?strofe na produ??o de caf? do Brasil", pondera Miranda.
Na fazenda do cafeicultor Fernado Barbosa, em S?o Pedro da Uni?o (MG), regi?o de abrang?ncia da Cooxup?, a situa??o ? parecida. "Estamos aqui na regi?o de Guaxup? h? mais de 20 dias sem chuva. As plantas que tiveram florada em setembro e estavam mais nutridas est?o conseguindo desenvolver o chumbinho, j? outras, sem chuvas consistentes e com as altas temperaturas, n?o tiveram pegamento", afirma Barbosa. "O que nos preocupa tamb?m, caso n?o venha chuvas na semana que vem, ? que os dias ficar?o mais longos, com mais tempo de exposi??o da planta ao sol. Isso pode prejudicar ainda mais a situa??o", diz.
Em entrevista a Reuters, o engenheiro agron?mo da Funda??o Procaf?, Jos? Braz Matiello disse que apesar da situa??o em algumas lavouras, ainda n?o h? um cen?rio de perdas significativas at? agora. Mas adicionou que nas plantas mais avan?adas, os pequenos frutos podem come?ar a cair das ?rvores entre 80 e 100 dias ap?s a florada, se as chuvas continuarem irregulares.
O boletim semanal da Climatempo mostra que esta semana segue marcada por temperaturas bastante elevadas e com pouca ou nenhuma chuva, como mostra a primeira imagem a seguir. De 18 a 22 de outubro, a situa??o se repete.
Em 2014, a produ??o de caf? do Brasil totalizou 45,34 milh?es de sacas de 60 kg. J? neste ano a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estima que sejam colhidas 42,15 milh?es de sacas. A variedade ar?bica representa 74,2% da produ??o total do pa?s ou 31,3 milh?es de sacas e a de conilon 10,9 milh?es de sacas. Para a pr?xima temporada, que est? sendo afetada pelas altas temperaturas e pela falta de chuva, ainda n?o existem estimativas concretas.
Repercuss?o na Bolsa de Nova York
Diante das incertezas em rela??o ao potencial produtivo para a safra 2016/17 de caf? do Brasil, os futuros do ar?bica negociados na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), refer?ncia para os neg?cios no Brasil, t?m avan?ado forte nos ?ltimos dias com os operadores esperando estoques reduzidos. Em uma semana, de 6 de outubro at? esta ter?a-feira (13), o vencimento dezembro/15 avan?ou 4,88% ou 625 pontos. No per?odo, o d?lar em queda tamb?m contribuiu para o avan?o.
O gr?fico abaixo, elaborado pelo economista do Not?cias Agr?colas Andr? Bitencourt Lopes, mostra o comportamento das cota??es do caf? ar?bica na ICE diante do clima no cintur?o produtivo de caf? do Brasil.
Fonte: Not?cias Agr?colas
O clima, fator determinante para o bom desenvolvimento da safra 2016/17, passa a ser, portanto, a principal preocupa??o dos cafeicultores brasileiros, que temem uma nova quebra na pr?xima temporada. Na segunda quinzena de setembro, as chuvas induziram boas floradas nos cafezais das principais regi?es produtoras do pa?s, animando os cafeicultores ap?s consecutivos anos de queda na produ??o. Entretanto, para que os chumbinhos se desenvolvam de forma saud?vel seriam necess?rias chuvas regulares, o que n?o acontece at? o momento.
Segundo o cafeicultor de Tr?s Pontas, no Sul mineiro, Francisco Miranda, as lavouras mais afetadas s?o as que ficam mais expostas ao sol. "Em algumas plantas as flores de setembro secaram, em outras, nem abriram. As chuvas est?o irregulares e as temperaturas sempre muito altas. Desta forma, alguns cafezais est?o com pegamento visivelmente comprometido. Se dentro de 15 dias n?o chover vamos ver mais uma cat?strofe na produ??o de caf? do Brasil", pondera Miranda.
Na fazenda do cafeicultor Fernado Barbosa, em S?o Pedro da Uni?o (MG), regi?o de abrang?ncia da Cooxup?, a situa??o ? parecida. "Estamos aqui na regi?o de Guaxup? h? mais de 20 dias sem chuva. As plantas que tiveram florada em setembro e estavam mais nutridas est?o conseguindo desenvolver o chumbinho, j? outras, sem chuvas consistentes e com as altas temperaturas, n?o tiveram pegamento", afirma Barbosa. "O que nos preocupa tamb?m, caso n?o venha chuvas na semana que vem, ? que os dias ficar?o mais longos, com mais tempo de exposi??o da planta ao sol. Isso pode prejudicar ainda mais a situa??o", diz.
Em entrevista a Reuters, o engenheiro agron?mo da Funda??o Procaf?, Jos? Braz Matiello disse que apesar da situa??o em algumas lavouras, ainda n?o h? um cen?rio de perdas significativas at? agora. Mas adicionou que nas plantas mais avan?adas, os pequenos frutos podem come?ar a cair das ?rvores entre 80 e 100 dias ap?s a florada, se as chuvas continuarem irregulares.
O boletim semanal da Climatempo mostra que esta semana segue marcada por temperaturas bastante elevadas e com pouca ou nenhuma chuva, como mostra a primeira imagem a seguir. De 18 a 22 de outubro, a situa??o se repete.
Em 2014, a produ??o de caf? do Brasil totalizou 45,34 milh?es de sacas de 60 kg. J? neste ano a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estima que sejam colhidas 42,15 milh?es de sacas. A variedade ar?bica representa 74,2% da produ??o total do pa?s ou 31,3 milh?es de sacas e a de conilon 10,9 milh?es de sacas. Para a pr?xima temporada, que est? sendo afetada pelas altas temperaturas e pela falta de chuva, ainda n?o existem estimativas concretas.
Repercuss?o na Bolsa de Nova York
Diante das incertezas em rela??o ao potencial produtivo para a safra 2016/17 de caf? do Brasil, os futuros do ar?bica negociados na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), refer?ncia para os neg?cios no Brasil, t?m avan?ado forte nos ?ltimos dias com os operadores esperando estoques reduzidos. Em uma semana, de 6 de outubro at? esta ter?a-feira (13), o vencimento dezembro/15 avan?ou 4,88% ou 625 pontos. No per?odo, o d?lar em queda tamb?m contribuiu para o avan?o.
O gr?fico abaixo, elaborado pelo economista do Not?cias Agr?colas Andr? Bitencourt Lopes, mostra o comportamento das cota??es do caf? ar?bica na ICE diante do clima no cintur?o produtivo de caf? do Brasil.
Fonte: Not?cias Agr?colas