Clima j? afeta feij?o e pre?os do produto disparam
1 de setembro de 2020
Pre?o do feij?o subiu 33,49% no ano at? maio e 41,62% em 12 meses.
J? o arroz ficou 5% mais caro at? maio.
Pressionados por problemas clim?ticos, os pre?os do prato t?pico do brasileiro, o feij?o com arroz, dispararam neste ano. Isso dificulta a vida do consumidor, especialmente o de baixa renda, que, acuado pela recess?o e pelo desemprego, cortou a compra de itens sup?rfluos no supermercado.
S? o feij?o subiu 28%, em m?dia, at? maio, segundo pesquisa de auditoria de varejo da GfK, que coleta pre?os em pequenos e m?dios supermercados instalados em 21 regi?es do pa?s, entre capitais e cidades do interior. O mesmo levantamento aponta que o arroz ficou 5% mais caro no per?odo.
De acordo com o IBGE, que mede a varia??o nas capitais, o pre?o do feij?o subiu 33,49% no ano at? maio e 41,62% em 12 meses.
Mas j? existe uma alta de pre?o do arroz no varejo encomendada. ? que a cota??o do saco de 50 kg do arroz tipo 1, em casca, atingiu R$ 44,52 na sexta-feira, o maior valor registrado no Rio Grande do Sul em quase 20 anos, segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). E parte do repasse acaba sendo inevit?vel, principalmente, porque ser um alimento b?sico.
"O freio no pre?o do arroz poderia vir da importa??o de pa?ses vizinhos", diz Athos Dias de Castro Gadea, gerente do Irga. De toda forma, ele pondera que os problemas clim?ticos, por causa do fen?meno El Ni?o, que afetaram a safra do Rio Grande do Sul, o maior produtor do Pa?s, tamb?m prejudicaram a as lavouras de Uruguai e da Argentina. Neste ano, o Rio Grande do Sul colheu 7,4 milh?es de toneladas, com uma quebra de 16% em rela??o ? safra passada.
Importa??o
J? a importa??o n?o ? a sa?da para aliviar a alta de pre?os do feij?o. Os estoques oficiais do produto encontram-se em n?veis muito baixos, 108 mil toneladas, e a importa??o do feij?o preto, da China, n?o chegaria ao Pa?s em tempo h?bil para completar a oferta, observa Carlos Alberto Salvador, engenheiro agr?nomo do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura do Paran?. O Paran? responde por 24% da colheita nas tr?s safras de feij?o e o Estado ? o principal produtor.
Salvador explica que, por causa do clima, o Estado teve quebra de 14% na primeira safra encerrada em mar?o e de 21% na segunda safra que acaba de ser colhida e que somou 318,2 mil toneladas. J? a terceira safra est? sendo plantada. Mas ela ? insuficiente para reverter a alta de pre?o. "Vamos ter pre?os elevados do feij?o at? agosto", prev?. Em maio, o pre?o m?dio recebido pelo produtor do Paran? pela saca de 60k do feij?o em cores foi de R$ 228,21, mais que o dobro do que mesmo m?s do ano passado (R$ 106,82).
Marco Aur?lia Lima, diretor de auditoria de varejo da GfK, observa que em maio o feij?o foi o alimento que registrou maior alta entre os alimentos b?sicos, subiu 6,94%, superado apenas pela batata (8,68%). No entanto, a dificuldade ? que esse alimento ? de largo consumo, sobretudo entre os mais pobres. De acordo com a consultoria, cada fam?lia consome cerca de 3 kg de feij?o por m?s. No varejo, o quilo chega hoje a R$ 12, conta o presidente do Conselho Consultivo da Associa??o Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda.
Al?m do feij?o com arroz, a pesquisa da GFK aponta tamb?m altas expressivas no ano at? maio de outros produtos b?sicos, como farinha de mandioca (34,5%), leite longa vida (19,3%), a??car (18,2%), ovo (7,7%), ?leo soja (7,6%) e at? carne de segunda (3,12%).
"Est? ocorrendo uma migra??o da carne de primeira para carne de segunda", observa Honda, que atribui parte do aumento de pre?o da carne ao avan?o da exporta??o.
Infla??o
O impacto da alta dos itens b?sicos deve ter reflexos na infla??o deste m?s. Para junho, a LCA Consultores espera uma infla??o de 0,35%, em boa parte por causa da eleva??o dos pre?os do grupo alimentos e bebidas, que, ao lado do grupo habita??o, deve puxar o ?ndice de Pre?os ao Consumidor Amplo (IPCA) para cima. Em maio o IPCA ficou em 0,78%. As informa??es s?o do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: G1 Globo Rural - Agroneg?cios
J? o arroz ficou 5% mais caro at? maio.
Pressionados por problemas clim?ticos, os pre?os do prato t?pico do brasileiro, o feij?o com arroz, dispararam neste ano. Isso dificulta a vida do consumidor, especialmente o de baixa renda, que, acuado pela recess?o e pelo desemprego, cortou a compra de itens sup?rfluos no supermercado.
S? o feij?o subiu 28%, em m?dia, at? maio, segundo pesquisa de auditoria de varejo da GfK, que coleta pre?os em pequenos e m?dios supermercados instalados em 21 regi?es do pa?s, entre capitais e cidades do interior. O mesmo levantamento aponta que o arroz ficou 5% mais caro no per?odo.
De acordo com o IBGE, que mede a varia??o nas capitais, o pre?o do feij?o subiu 33,49% no ano at? maio e 41,62% em 12 meses.
Mas j? existe uma alta de pre?o do arroz no varejo encomendada. ? que a cota??o do saco de 50 kg do arroz tipo 1, em casca, atingiu R$ 44,52 na sexta-feira, o maior valor registrado no Rio Grande do Sul em quase 20 anos, segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). E parte do repasse acaba sendo inevit?vel, principalmente, porque ser um alimento b?sico.
"O freio no pre?o do arroz poderia vir da importa??o de pa?ses vizinhos", diz Athos Dias de Castro Gadea, gerente do Irga. De toda forma, ele pondera que os problemas clim?ticos, por causa do fen?meno El Ni?o, que afetaram a safra do Rio Grande do Sul, o maior produtor do Pa?s, tamb?m prejudicaram a as lavouras de Uruguai e da Argentina. Neste ano, o Rio Grande do Sul colheu 7,4 milh?es de toneladas, com uma quebra de 16% em rela??o ? safra passada.
Importa??o
J? a importa??o n?o ? a sa?da para aliviar a alta de pre?os do feij?o. Os estoques oficiais do produto encontram-se em n?veis muito baixos, 108 mil toneladas, e a importa??o do feij?o preto, da China, n?o chegaria ao Pa?s em tempo h?bil para completar a oferta, observa Carlos Alberto Salvador, engenheiro agr?nomo do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura do Paran?. O Paran? responde por 24% da colheita nas tr?s safras de feij?o e o Estado ? o principal produtor.
Salvador explica que, por causa do clima, o Estado teve quebra de 14% na primeira safra encerrada em mar?o e de 21% na segunda safra que acaba de ser colhida e que somou 318,2 mil toneladas. J? a terceira safra est? sendo plantada. Mas ela ? insuficiente para reverter a alta de pre?o. "Vamos ter pre?os elevados do feij?o at? agosto", prev?. Em maio, o pre?o m?dio recebido pelo produtor do Paran? pela saca de 60k do feij?o em cores foi de R$ 228,21, mais que o dobro do que mesmo m?s do ano passado (R$ 106,82).
Marco Aur?lia Lima, diretor de auditoria de varejo da GfK, observa que em maio o feij?o foi o alimento que registrou maior alta entre os alimentos b?sicos, subiu 6,94%, superado apenas pela batata (8,68%). No entanto, a dificuldade ? que esse alimento ? de largo consumo, sobretudo entre os mais pobres. De acordo com a consultoria, cada fam?lia consome cerca de 3 kg de feij?o por m?s. No varejo, o quilo chega hoje a R$ 12, conta o presidente do Conselho Consultivo da Associa??o Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda.
Al?m do feij?o com arroz, a pesquisa da GFK aponta tamb?m altas expressivas no ano at? maio de outros produtos b?sicos, como farinha de mandioca (34,5%), leite longa vida (19,3%), a??car (18,2%), ovo (7,7%), ?leo soja (7,6%) e at? carne de segunda (3,12%).
"Est? ocorrendo uma migra??o da carne de primeira para carne de segunda", observa Honda, que atribui parte do aumento de pre?o da carne ao avan?o da exporta??o.
Infla??o
O impacto da alta dos itens b?sicos deve ter reflexos na infla??o deste m?s. Para junho, a LCA Consultores espera uma infla??o de 0,35%, em boa parte por causa da eleva??o dos pre?os do grupo alimentos e bebidas, que, ao lado do grupo habita??o, deve puxar o ?ndice de Pre?os ao Consumidor Amplo (IPCA) para cima. Em maio o IPCA ficou em 0,78%. As informa??es s?o do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: G1 Globo Rural - Agroneg?cios