CNA mostra depend?ncia externa do pa?s com o trigo e prop?e medidas para melhorar produtividade e competitividade do produto
1 de setembro de 2020
No bi?nio 2012/2013, o Brasil dever? importar mais de 7,2 milh?es de toneladas de trigo, um dos volumes mais expressivos de toda sua hist?ria. Isto demonstra a cr?nica depend?ncia do pa?s no setor, especialmente da Argentina, de onde o Brasil comprou 93% da farinha de trigo e 77% do trigo no ano passado.
A an?lise consta em Nota T?cnica elaborada pela Comiss?o Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas, da Confedera??o da Agricultura e Pecu?ria do Brasil (CNA), sobre o perfil do mercado interno do trigo e a depend?ncia externa dessa cultura. O Brasil ? d?cimo primeiro maior consumidor de trigo do mundo e n?o aparece no ranking dos 15 maiores produtores.
De acordo com o estudo, na safra 2013/2014, iniciada neste segundo semestre, o Brasil dever? produzir 5,1 milh?es de toneladas de trigo, especialmente nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, total insuficiente para atender a demanda interna.
Como se v?, avalia o trabalho, o pa?s est? longe de atingir a autossufici?ncia na produ??o de trigo. O estudo da CNA, a prop?sito, destaca que embora o maior volume de produ??o do trigo esteja na regi?o sul, os melhores ?ndices de produtividade por hectare s?o obtidos no cerrado brasileiro, em Goi?s e Minas Gerais, al?m do Distrito Federal.
Incentivo ao produtor - Diante dessa vulnerabilidade, especialmente em rela??o a um produto considerado fundamental para a seguran?a alimentar da popula??o, o estudo da CNA defende que o governo adote pol?ticas de incentivo capazes de permitir o aumento da produ??o interna.
S?o dois os pontos b?sicos propostos: o incentivo ? pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias capazes de atender tanto os produtores do sul do pa?s quanto ?reas produtivas do cerrado.
Mesmo a produ??o sendo insuficiente para atender o consumo interno, o Minist?rio da Agricultura, Pecu?ria e Abastecimento (MAPA) indica que o valor bruto da produ??o de trigo no pa?s superou a R$ 2 bilh?es no ano passado.
Ocorre que as constantes oscila??es dos pre?os do trigo no mercado internacional, especialmente as interven??es feitas pela Argentina, acabam provocando impacto importante no pre?o ao final pago pelo consumidor brasileiro, avalia a CNA.
Depend?ncia externa ? O cen?rio econ?mico da produ??o de trigo no Brasil mostra que o pa?s encontra-se numa ?situa??o de depend?ncia em rela??o ? produ??o de pa?ses exportadores, casos da Argentina, Uni?o Europeia e Estados Unidos?.
E o mais grave, segundo demonstra o levantamento da CNA: ?o pa?s acaba sendo afetado constantemente por medidas protecionistas dos pa?ses exportadores, especialmente da Argentina, onde s?o recorrentes as proibi??es de vendas ao exterior de trigo e farinha de trigo?.
O melhor momento do trigo no pa?s aconteceu entre 1962 e 1986, quando houve incremento de 2.125% na produ??o interna ? atingindo 5,7 milh?es de toneladas ? quase alcan?ando a autossufici?ncia, segundo o levantamento da CNA. De 1985 a 1989 foi alcan?ado o maior volume de produ??o, com a oferta interna representando 93% do consumo brasileiro.
As proje??es do Departamento de Agricultura dos EUA indicam que a produ??o mundial de trigo para o bi?nio 2013/14 dever? atingir 701 milh?es de toneladas, um crescimento de 7% em rela??o ? safra anterior.
Interven??o estatal - No Brasil, conforme demonstra o estudo, a cadeia produtiva do trigo ?sempre esteve ?s voltas com interven??es governamentais, mas tais medidas nunca foram capazes de garantir ao pa?s a autossufici?ncia na produ??o de trigo?.
Dois problemas, especialmente, contribuem para essa realidade: baixa competitividade e m? qualidade do trigo produzido no pa?s, situa??o agravada pelas facilidades concedidas pelo poder p?blico ?s ind?strias para importa??o do gr?o, assinala o documento.
A primeira tentativa concreta de se obter a autossufici?ncia na produ??o brasileira de trigo aconteceu em meados da d?cada de 50, no s?culo passado, quando o ent?o presidente Juscelino Kubitschek, dentro do seu Plano de Metas, fixou em 1,5 milh?o de toneladas a produ??o interna. O objetivo n?o foi alcan?ado e, em 1960, o pa?s produziu apenas 370 mil toneladas de trigo.
Diante dessa tentativa frustrada, o Governo criou, em 1962, a Comiss?o de Compra do Trigo Nacional (CTRIN), que passou a comercializar toda a produ??o nacional, revendendo-a para os moinhos. O objetivo era proteger a produ??o nacional.
Monop?lio - O marco na quest?o do trigo, contudo, conforme mostra o estudo, aconteceu durante o regime militar instaurado no pa?s em 1964. Foi o decreto-lei 210, de 1967, que consolidou o monop?lio estatal do trigo em gr?o ? estabelecendo normas para comercializa??o, subs?dios, industrializa??o e abastecimento - .Tal modelo prevaleceu at? a d?cada de 90, quando o referido decreto-lei foi revogado, provocando abertura do mercado, modelo consolidado a partir da ado??o do Plano Real, em 1994.
Fonte: Canal do Produtor
A an?lise consta em Nota T?cnica elaborada pela Comiss?o Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas, da Confedera??o da Agricultura e Pecu?ria do Brasil (CNA), sobre o perfil do mercado interno do trigo e a depend?ncia externa dessa cultura. O Brasil ? d?cimo primeiro maior consumidor de trigo do mundo e n?o aparece no ranking dos 15 maiores produtores.
De acordo com o estudo, na safra 2013/2014, iniciada neste segundo semestre, o Brasil dever? produzir 5,1 milh?es de toneladas de trigo, especialmente nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, total insuficiente para atender a demanda interna.
Como se v?, avalia o trabalho, o pa?s est? longe de atingir a autossufici?ncia na produ??o de trigo. O estudo da CNA, a prop?sito, destaca que embora o maior volume de produ??o do trigo esteja na regi?o sul, os melhores ?ndices de produtividade por hectare s?o obtidos no cerrado brasileiro, em Goi?s e Minas Gerais, al?m do Distrito Federal.
Incentivo ao produtor - Diante dessa vulnerabilidade, especialmente em rela??o a um produto considerado fundamental para a seguran?a alimentar da popula??o, o estudo da CNA defende que o governo adote pol?ticas de incentivo capazes de permitir o aumento da produ??o interna.
S?o dois os pontos b?sicos propostos: o incentivo ? pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias capazes de atender tanto os produtores do sul do pa?s quanto ?reas produtivas do cerrado.
Mesmo a produ??o sendo insuficiente para atender o consumo interno, o Minist?rio da Agricultura, Pecu?ria e Abastecimento (MAPA) indica que o valor bruto da produ??o de trigo no pa?s superou a R$ 2 bilh?es no ano passado.
Ocorre que as constantes oscila??es dos pre?os do trigo no mercado internacional, especialmente as interven??es feitas pela Argentina, acabam provocando impacto importante no pre?o ao final pago pelo consumidor brasileiro, avalia a CNA.
Depend?ncia externa ? O cen?rio econ?mico da produ??o de trigo no Brasil mostra que o pa?s encontra-se numa ?situa??o de depend?ncia em rela??o ? produ??o de pa?ses exportadores, casos da Argentina, Uni?o Europeia e Estados Unidos?.
E o mais grave, segundo demonstra o levantamento da CNA: ?o pa?s acaba sendo afetado constantemente por medidas protecionistas dos pa?ses exportadores, especialmente da Argentina, onde s?o recorrentes as proibi??es de vendas ao exterior de trigo e farinha de trigo?.
O melhor momento do trigo no pa?s aconteceu entre 1962 e 1986, quando houve incremento de 2.125% na produ??o interna ? atingindo 5,7 milh?es de toneladas ? quase alcan?ando a autossufici?ncia, segundo o levantamento da CNA. De 1985 a 1989 foi alcan?ado o maior volume de produ??o, com a oferta interna representando 93% do consumo brasileiro.
As proje??es do Departamento de Agricultura dos EUA indicam que a produ??o mundial de trigo para o bi?nio 2013/14 dever? atingir 701 milh?es de toneladas, um crescimento de 7% em rela??o ? safra anterior.
Interven??o estatal - No Brasil, conforme demonstra o estudo, a cadeia produtiva do trigo ?sempre esteve ?s voltas com interven??es governamentais, mas tais medidas nunca foram capazes de garantir ao pa?s a autossufici?ncia na produ??o de trigo?.
Dois problemas, especialmente, contribuem para essa realidade: baixa competitividade e m? qualidade do trigo produzido no pa?s, situa??o agravada pelas facilidades concedidas pelo poder p?blico ?s ind?strias para importa??o do gr?o, assinala o documento.
A primeira tentativa concreta de se obter a autossufici?ncia na produ??o brasileira de trigo aconteceu em meados da d?cada de 50, no s?culo passado, quando o ent?o presidente Juscelino Kubitschek, dentro do seu Plano de Metas, fixou em 1,5 milh?o de toneladas a produ??o interna. O objetivo n?o foi alcan?ado e, em 1960, o pa?s produziu apenas 370 mil toneladas de trigo.
Diante dessa tentativa frustrada, o Governo criou, em 1962, a Comiss?o de Compra do Trigo Nacional (CTRIN), que passou a comercializar toda a produ??o nacional, revendendo-a para os moinhos. O objetivo era proteger a produ??o nacional.
Monop?lio - O marco na quest?o do trigo, contudo, conforme mostra o estudo, aconteceu durante o regime militar instaurado no pa?s em 1964. Foi o decreto-lei 210, de 1967, que consolidou o monop?lio estatal do trigo em gr?o ? estabelecendo normas para comercializa??o, subs?dios, industrializa??o e abastecimento - .Tal modelo prevaleceu at? a d?cada de 90, quando o referido decreto-lei foi revogado, provocando abertura do mercado, modelo consolidado a partir da ado??o do Plano Real, em 1994.
Fonte: Canal do Produtor