Cookies: Utilizamos cookies para otimizar nosso site e coletar estatísticas de uso. Por favor, verifique nossa política de cookies.

Entendi e Fechar
CNA quer ampliar divulga??o do seguro rural
1 de setembro de 2020

O Brasil, atualmente, representa a quarta maior agropecu?ria do mundo, mas praticamente n?o utiliza o seguro rural. Por falta de informa??o ou pre?o, este benef?cio ? pouco usado entre os produtores. O atual modelo, por exemplo, cobre apenas 8% da ?rea de produ??o do Pa?s. Para reverter este quadro, um estudo sobre a import?ncia do seguro agr?cola para a economia brasileira, elaborado pela consultoria paulista MB Agro, foi apresentado na Confedera??o da Agricultura e Pecu?ria do Brasil (CNA), nesta ter?a-feira (dia 09/07), aos especialistas do setor e empresas ligadas ?s seguradoras. O estudo, apresentado pelo economista e consultor Alexandre Mendon?a, foi encomendado pela C?mara Tem?tica de Seguro Agr?cola do Minist?rio da Agricultura, Pecu?ria e Abastecimento (Mapa), da qual a CNA faz parte.

Segundo a superintendente t?cnica da CNA, Rosemeire Cristina dos Santos, a Confedera??o espera criar novas formas de divulga??o do seguro rural para orientar o produtor. ?? uma prioridade da CNA, inclusive promover esse trabalho nos Estados. Uma medida que pode estimular a evolu??o do setor, por exemplo, ? a disponibiliza??o de R$ 400 milh?es para a subven??o ao seguro rural, anunciados h? duas semanas no Plano Agr?cola e Pecu?rio (PAP) 2012/2013. Com essa medida, espera-se que a cobertura da ?rea plantada aumente para 20%?, disse.

?A ideia ? informar os benef?cios do seguro rural em todos os sindicatos do Pa?s e, consequentemente, aos produtores?, afirmou o consultor Alexandre Mendon?a. Pedro Loyola, do departamento econ?mico da Federa??o da Agricultura do Estado do Paran? (FAEP), concordou e disse que ? preciso ?quebrar o paradigma de que o produtor n?o quer o seguro?. Para o presidente da Comiss?o de Cr?dito Rural da Federa??o da Agricultura e Pecu?ria de Goi?s (FAEG), Alexandre C?mara Bernardes, falta ?massificar a informa??o ao produtor para que ele possa contratar o servi?o de forma consciente?.

Durante a apresenta??o do estudo, o consultor Alexandre Mendon?a afirmou que, diante desse quadro, ? preciso construir uma estrutura de renda que proporcione mais estabilidade ao agricultor. ?Qualquer varia??o na taxa de c?mbio, por exemplo, afeta a vida do produtor. E, no caso da atividade agr?cola, ? certo que os riscos de varia??o de pre?o s?o mais elevados do que na maior parte dos setores de uma economia?, revelou.

O especialista especificou tamb?m a natureza dos riscos agr?colas no mercado do seguro rural, como o problema da falta de estat?sticas hist?ricas, o ciclo vicioso de escalas e a complexidade do monitoramento do seguro. ?? preciso uma equipe grande, treinada e preparada para isso, pois ? necess?rio fazer um monitoramento e acompanhar cada ciclo de produ??o. Veja de novo a? o problema de escalas?, disse.

Segundo Mendon?a, o mercado de seguro ? menor do que ele deveria ser. ?A parceria p?blico-privada ? a que obt?m sucesso. O setor privado proporciona agilidade e capilaridade; e o setor p?blico, reduz a conta?. Para ele, como cada cultura tem uma especificidade, n?o ? trivial estabelecer o valor a ser cobrado pelo seguro at? porque ?n?o existe um cadastro consolidado que permite isso?.



Propostas


O estudo sugere oito propostas para a cria??o de um mercado de seguro agr?cola eficiente. A primeira ? dar previsibilidade ao Programa de Subven??o ao Pr?mio Seguro Agr?cola, por meio de um planejamento de longo prazo (m?nimo de 5 anos) e o estabelecimento de garantia dos recursos, considerado a ?poca de libera??o no calend?rio agr?cola. ?N?o daria para todos fazerem a pr?pria programa??o. Isso criaria uma descontinuidade?, disse o consultor Alexandre Mendon?a. A proposta seguinte ? criar um banco de dados com a finalidade de reunir as informa??es dos produtores e da Matriz de Risco, que est? sendo desenvolvido pelo MAPA/Embrapa, para fornecer os dados aos interessados autorizados. ?A avalia??o de riscos deve ser muito bem feita?, completou Mendon?a.

O terceiro ponto ? criar uma Comiss?o de Acompanhamento de Subven??o composta por integrantes do Governo e representantes dos produtores rurais, seguradoras e resseguradoras, a fim de acompanhar o desenvolvimento do Programa de Subven??o e propor altera??es. ?E que isso seja transparente e equilibrado?, afirmou Alexandre Mendon?a. O quarto ? tornar gradativamente obrigat?rio o seguro agr?cola nas opera??es de cr?dito, estabelecendo menores taxas de juros nas opera??es contempladas com seguro.

A quinta proposta ? criar benef?cios rurais no Programa de Subven??o ao Pr?mio do Seguro Rural (PSR) como est?mulo para desenvolver boas pr?ticas agr?colas, cumprir a legisla??o ambiental e contratar linhas de financiamento ou outros mecanismos de prote??o dos riscos agropecu?rios e diversifica??o da atividade visando a sustentabilidade econ?mica, social e ambiental. A proposta seguinte ? negociar a participa??o de Estados e Munic?pios num amplo programa de subven??o, fazendo com que verbas estaduais e municipais venham a complementar os recursos federais alocados para subven??o, beneficiando os agricultores com a redu??o no valor pago pelo seguro.

Outra proposta ? levar em considera??o as diferentes necessidades regionais (culturas e riscos), al?m dos aspectos socioecon?micos e pol?ticos das diferentes regi?es do Pa?s, por meio da matriz de risco agr?cola, elaborada em conjunto pela Embrapa e pelo MAPA. O estudo tamb?m prop?e a cria??o do Fundo de Repara??o das Seguradoras, com o objetivo de proporcionar estabilidade e reduzir os riscos sist?micos do programa.



Fonte: CNA

Compartilhe nas Mídias Sociais

Fale Conosco
(27) 3185-9226
Av. Nossa Senhora da Penha, 1495, Torre A, 11° andar.
Santa Lúcia, Vitória-ES
CEP: 29056-243
CNPJ: 04.297.257/0001-08