CNA quer mais di?logo com EUA, novo modelo de seguro agr?cola no Brasil e pol?tica plurianual para o setor agropecu?rio
1 de setembro de 2020
O presidente da Confedera??o da Agricultura e Pecu?ria do Brasil (CNA), Jo?o Martins, defendeu um novo modelo de seguro agr?cola no pa?s, mais eficiente e consistente e que assegure a cobertura de pelo menos 50% da produ??o brasileira, dentro de uma pol?tica plurianual, com dura??o de quatro a cinco anos, permitindo ao produtor rural maior planejamento da sua atividade. A afirma??o foi feita durante o semin?rio ?Di?logo Agr?cola Brasil-Estados Unidos?, nesta quinta-feira, (15/10), na sede da CNA, em Bras?lia.
Com a presen?a da embaixadora dos EUA no Brasil, Liliana Ayalde, e da ministra da Agricultura, Pecu?ria e Abastecimento, K?tia Abreu, o evento reuniu especialistas brasileiros e americanos que trocaram informa??es e experi?ncias sobre o modelo agr?cola dos dois pa?ses.
?N?o podemos mais ficar a merc? de um seguro insignificante, que n?o est? cobrindo nem 5% da nossa ?rea plantada e menos de 20% da nossa produ??o. Os Estados Unidos cobrem 90% da produ??o. Se conseguirmos cobrir pelo menos 50% da nossa produ??o, vamos ter mais facilidade para buscar recursos?, ressaltou Martins. O modelo de seguro agr?cola norte-americano foi um dos temas do encontro, realizado pela CNA e pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os EUA adotam um sistema de seguro considerado refer?ncia para os produtores brasileiros, com a cobertura de 130 culturas e garantindo a prote??o de renda da grande maioria dos agricultores americanos.
?Do tamanho que est? a nossa agropecu?ria hoje, n?o ? mais poss?vel, n?o termos uma pol?tica de m?dio e de longo prazo, para que o produtor rural possa ter seguran?a para produzir. E com a comitiva do USDA, estamos buscando saber como o seguro agr?cola deles funciona t?o bem e os procedimentos que fizeram da agricultura americana a mais organizada e estruturada do mundo?, afirmou. Ele tamb?m aproveitou o evento para refor?ar a defesa por acordos comerciais bilaterais para o Brasil, para estimular o fluxo de com?rcio e eliminar barreiras tarif?rias e n?o tarif?rias. ?? uma pena que n?o estamos aproveitando acordos com pa?ses como Estados Unidos, R?ssia, China e Uni?o Europeia?.
Para a ministra da Agricultura, Pecu?ria e Abastecimento, K?tia Abreu, Brasil e Estados Unidos n?o devem discutir quest?es referentes ? agricultura como concorrentes ou advers?rios, mas harmonizar o di?logo. ?Quanto mais harmonizado, menos problemas n?s teremos no com?rcio?, disse. No entanto, ela demonstrou preocupa??o com os subs?dios previstos na lei agr?cola americana, a Farm Bill. Estudo divulgado no ano passado pela CNA mostra que, no caso da soja, um poss?vel acionamento dos subs?dios americanos causaria queda de 2,7% nos pre?os e preju?zo de US$ 1,1 bilh?o aos produtores brasileiros. Por outro lado, ela destacou a abertura do mercado daquele pa?s ? carne bovina in natura, oficializado este ano, o que representa ?um marco hist?rico?.
A embaixadora dos EUA no Brasil, Liliana Ayalde, defendeu a colabora??o no setor entre os dois pa?ses, que s?o protagonistas na produ??o mundial de alimentos. ?Embora concorrente no mercado de commodities, temos uma forte rela??o sustentada na colabora??o em pesquisa agr?cola, elimina??o de barreiras que distorcem o com?rcio, mudan?as clim?ticas e seguran?a alimentar. Precisamos continuar o trabalho conjunto para fortalecer o di?logo e os la?os para superar desafios e alcan?ar nossos objetivos?, destacou.
Farm Bill e pol?tica agr?cola
O economista Jason Hafemeister, do USDA, apresentou um panorama da mais recente vers?o da lei agr?cola norte-americana, a Farm Bill, e falou de alguns desafios que a legisla??o ainda precisa enfrentar, entre os quais a redu??o dos custos de contrata??o de seguro e os custos para a produ??o. Ele informou que o governo americano est? elaborando um programa-piloto para ajustar as garantias de renda e do seguro rural, visando ? cobertura de todas as culturas em uma propriedade. Hoje, as ap?lices s?o feitas individualmente para cada cultura. Ele explicou, tamb?m, que a subven??o ao seguro ? feita levando em conta as peculiaridades dos condados, regi?es equivalentes aos munic?pios no Brasil.
J? o diretor da Ag?ncia de Risco do USDA, Brandon Willis, apresentou o modelo de seguro agr?cola dos Estados Unidos. A cobertura do seguro naquele pa?s contempla hoje 130 culturas e tem v?rias modalidades. A mais contratada pelos agricultores americanos ? referente ? prote??o da renda e a indeniza??o ? feita a partir de pre?os de mercado de determinado produto. Al?m de pragas e doen?as, o seguro tamb?m abrange desastres naturais (enchentes, secas, geadas, etc.), vulc?es, terremotos e fauna. O seguro para a pecu?ria ainda ? pouco utilizado.
Na avalia??o do secret?rio de Pol?tica Agr?cola do Minist?rio da Agricultura, Pecu?ria e Abastecimento (MAPA), Andr? Nassar, a Pol?tica de Garantia de Pre?os M?nimos e o seguro rural s?o temas que ?devem caminhar juntos?. Ele defendeu que, na quest?o do seguro, haja abertura deste mercado no Brasil, seguro contra cat?strofes, e que sejam levados em conta crit?rios como a realidade microrregional. Na quest?o do financiamento, ele enfatizou a necessidade de mais fontes de recursos para a produ??o al?m do cr?dito oficial para reduzir os custos do financiamento.
Fonte: Canal do Produtor
Com a presen?a da embaixadora dos EUA no Brasil, Liliana Ayalde, e da ministra da Agricultura, Pecu?ria e Abastecimento, K?tia Abreu, o evento reuniu especialistas brasileiros e americanos que trocaram informa??es e experi?ncias sobre o modelo agr?cola dos dois pa?ses.
?N?o podemos mais ficar a merc? de um seguro insignificante, que n?o est? cobrindo nem 5% da nossa ?rea plantada e menos de 20% da nossa produ??o. Os Estados Unidos cobrem 90% da produ??o. Se conseguirmos cobrir pelo menos 50% da nossa produ??o, vamos ter mais facilidade para buscar recursos?, ressaltou Martins. O modelo de seguro agr?cola norte-americano foi um dos temas do encontro, realizado pela CNA e pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os EUA adotam um sistema de seguro considerado refer?ncia para os produtores brasileiros, com a cobertura de 130 culturas e garantindo a prote??o de renda da grande maioria dos agricultores americanos.
?Do tamanho que est? a nossa agropecu?ria hoje, n?o ? mais poss?vel, n?o termos uma pol?tica de m?dio e de longo prazo, para que o produtor rural possa ter seguran?a para produzir. E com a comitiva do USDA, estamos buscando saber como o seguro agr?cola deles funciona t?o bem e os procedimentos que fizeram da agricultura americana a mais organizada e estruturada do mundo?, afirmou. Ele tamb?m aproveitou o evento para refor?ar a defesa por acordos comerciais bilaterais para o Brasil, para estimular o fluxo de com?rcio e eliminar barreiras tarif?rias e n?o tarif?rias. ?? uma pena que n?o estamos aproveitando acordos com pa?ses como Estados Unidos, R?ssia, China e Uni?o Europeia?.
Para a ministra da Agricultura, Pecu?ria e Abastecimento, K?tia Abreu, Brasil e Estados Unidos n?o devem discutir quest?es referentes ? agricultura como concorrentes ou advers?rios, mas harmonizar o di?logo. ?Quanto mais harmonizado, menos problemas n?s teremos no com?rcio?, disse. No entanto, ela demonstrou preocupa??o com os subs?dios previstos na lei agr?cola americana, a Farm Bill. Estudo divulgado no ano passado pela CNA mostra que, no caso da soja, um poss?vel acionamento dos subs?dios americanos causaria queda de 2,7% nos pre?os e preju?zo de US$ 1,1 bilh?o aos produtores brasileiros. Por outro lado, ela destacou a abertura do mercado daquele pa?s ? carne bovina in natura, oficializado este ano, o que representa ?um marco hist?rico?.
A embaixadora dos EUA no Brasil, Liliana Ayalde, defendeu a colabora??o no setor entre os dois pa?ses, que s?o protagonistas na produ??o mundial de alimentos. ?Embora concorrente no mercado de commodities, temos uma forte rela??o sustentada na colabora??o em pesquisa agr?cola, elimina??o de barreiras que distorcem o com?rcio, mudan?as clim?ticas e seguran?a alimentar. Precisamos continuar o trabalho conjunto para fortalecer o di?logo e os la?os para superar desafios e alcan?ar nossos objetivos?, destacou.
Farm Bill e pol?tica agr?cola
O economista Jason Hafemeister, do USDA, apresentou um panorama da mais recente vers?o da lei agr?cola norte-americana, a Farm Bill, e falou de alguns desafios que a legisla??o ainda precisa enfrentar, entre os quais a redu??o dos custos de contrata??o de seguro e os custos para a produ??o. Ele informou que o governo americano est? elaborando um programa-piloto para ajustar as garantias de renda e do seguro rural, visando ? cobertura de todas as culturas em uma propriedade. Hoje, as ap?lices s?o feitas individualmente para cada cultura. Ele explicou, tamb?m, que a subven??o ao seguro ? feita levando em conta as peculiaridades dos condados, regi?es equivalentes aos munic?pios no Brasil.
J? o diretor da Ag?ncia de Risco do USDA, Brandon Willis, apresentou o modelo de seguro agr?cola dos Estados Unidos. A cobertura do seguro naquele pa?s contempla hoje 130 culturas e tem v?rias modalidades. A mais contratada pelos agricultores americanos ? referente ? prote??o da renda e a indeniza??o ? feita a partir de pre?os de mercado de determinado produto. Al?m de pragas e doen?as, o seguro tamb?m abrange desastres naturais (enchentes, secas, geadas, etc.), vulc?es, terremotos e fauna. O seguro para a pecu?ria ainda ? pouco utilizado.
Na avalia??o do secret?rio de Pol?tica Agr?cola do Minist?rio da Agricultura, Pecu?ria e Abastecimento (MAPA), Andr? Nassar, a Pol?tica de Garantia de Pre?os M?nimos e o seguro rural s?o temas que ?devem caminhar juntos?. Ele defendeu que, na quest?o do seguro, haja abertura deste mercado no Brasil, seguro contra cat?strofes, e que sejam levados em conta crit?rios como a realidade microrregional. Na quest?o do financiamento, ele enfatizou a necessidade de mais fontes de recursos para a produ??o al?m do cr?dito oficial para reduzir os custos do financiamento.
Fonte: Canal do Produtor