Colhedora desenvolvida na UFV pode revolucionar cafeicultura mundial
1 de setembro de 2020
Uma m?quina desenvolvida por pesquisadores da UFV pode revolucionar a cafeicultura mundial ? atividade que movimenta bilh?es de d?lares por ano e representa, historicamente, um dos principais itens da pauta de exporta??es do Brasil. O pa?s, que lidera a produ??o e o com?rcio do gr?o em todo o planeta, poder? agora assumir a vanguarda tecnol?gica na colheita do caf?, por meio de um equipamento - guiado por controle remoto - que permite a realiza??o desse procedimento em ?reas com inclina??o de at? 50%.
A expectativa ? de que a inven??o traga significativos avan?os na ?rea de cultivo, j? que as colhedoras convencionais n?o podem ser utilizadas em planta??es cuja declividade seja superior a 10%. Tal limita??o inviabiliza a colheita mecanizada em regi?es de montanha, a exemplo de Minas Gerais, onde o procedimento ? predominantemente manual. Al?m de ser menos eficiente e, por conseguinte, mais caro, colher o caf? ? m?o vem deixando de ser uma op??o devido ? indisponibilidade de m?o de obra ? que tem migrado para outros segmentos da economia, como a constru??o civil.
O prot?tipo da nova colhedora, j? em escala industrial, ? o resultado de um ano e dois meses de trabalho de uma equipe de pesquisadores do Laborat?rio de Mecaniza??o Agr?cola, vinculado ao Departamento de Engenharia Agr?cola da UFV. A concep??o tomou forma a partir das pesquisas orientadas pelo professor Mauri Martins Teixeira e elaboradas pelo ent?o estudante de doutorado em Engenharia Agr?cola, Marcos Vin?cius Morais de Oliveira, atualmente professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Outro participante da iniciativa ? o engenheiro agr?cola Gustavo Vieira Veloso, hoje cursando doutorado na UFV.
Com 12 motores el?tricos, o equipamento tem particularidades que possibilitam sua a??o inovadora. Uma delas ? um sistema de acionamento independente nas quatro rodas, que favorece sua locomo??o na lavoura e permite que a m?quina gire em torno de seu pr?prio eixo. Para efeito de ilustra??o, ? como se um carro fosse estacionar e, em vez de fazer as manobras mais conhecidas, parasse ao lado da vaga, girasse as rodas 90 graus em dire??o ao local onde pretende ficar e estacionasse. Como explica o professor Mauri, ?o espa?o demandado para fazer curvas, por exemplo, passa a ser bem menor, dispensando a ?rea de manobra e favorecendo a amplia??o do terreno para cultivo?.
Outra vantagem da colhedora de caf? ? ter um chassi que permite a articula??o da sua estrutura superior, j? que os equipamentos convencionais t?m um sistema hidr?ulico de compensa??o da inclina??o. Mas um dos maiores destaques est? no alto da m?quina, onde fica o mecanismo de articula??o, que, conforme o nome, permite sua articula??o, propiciando a colheita em terrenos com declividade em torno de 50%, mantendo os derri?adores sempre a uma mesma altura do solo. Com isso, a colheita ? feita em toda a planta, independentemente da inclina??o. ?Vamos fazer alguns testes, mas acreditamos que seja poss?vel a utiliza??o da m?quina em ?reas com at? 80% de inclina??o?, afirma o professor Mauri.
Outro diferencial que chama a aten??o na inven??o ? seu acionamento a dist?ncia, controlado remotamente, tornando sua opera??o mais segura. ?Uma possibilidade bem vi?vel ? a instala??o de c?meras, fazendo com que a m?quina seja operada de uma sala de controle?, observa o professor Mauri, que destaca, tamb?m, o papel da UFV no contexto das tecnologias voltadas ao campo. ?Com um volume de recursos modesto, mas com empenho e criatividade da equipe, foi poss?vel dar origem a esse equipamento. Mais uma vez, a Universidade demonstra sua capacidade de trazer benef?cios ? sociedade brasileira por meio da pesquisa?.
Fonte: Campo Vivo
A expectativa ? de que a inven??o traga significativos avan?os na ?rea de cultivo, j? que as colhedoras convencionais n?o podem ser utilizadas em planta??es cuja declividade seja superior a 10%. Tal limita??o inviabiliza a colheita mecanizada em regi?es de montanha, a exemplo de Minas Gerais, onde o procedimento ? predominantemente manual. Al?m de ser menos eficiente e, por conseguinte, mais caro, colher o caf? ? m?o vem deixando de ser uma op??o devido ? indisponibilidade de m?o de obra ? que tem migrado para outros segmentos da economia, como a constru??o civil.
O prot?tipo da nova colhedora, j? em escala industrial, ? o resultado de um ano e dois meses de trabalho de uma equipe de pesquisadores do Laborat?rio de Mecaniza??o Agr?cola, vinculado ao Departamento de Engenharia Agr?cola da UFV. A concep??o tomou forma a partir das pesquisas orientadas pelo professor Mauri Martins Teixeira e elaboradas pelo ent?o estudante de doutorado em Engenharia Agr?cola, Marcos Vin?cius Morais de Oliveira, atualmente professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Outro participante da iniciativa ? o engenheiro agr?cola Gustavo Vieira Veloso, hoje cursando doutorado na UFV.
Com 12 motores el?tricos, o equipamento tem particularidades que possibilitam sua a??o inovadora. Uma delas ? um sistema de acionamento independente nas quatro rodas, que favorece sua locomo??o na lavoura e permite que a m?quina gire em torno de seu pr?prio eixo. Para efeito de ilustra??o, ? como se um carro fosse estacionar e, em vez de fazer as manobras mais conhecidas, parasse ao lado da vaga, girasse as rodas 90 graus em dire??o ao local onde pretende ficar e estacionasse. Como explica o professor Mauri, ?o espa?o demandado para fazer curvas, por exemplo, passa a ser bem menor, dispensando a ?rea de manobra e favorecendo a amplia??o do terreno para cultivo?.
Outra vantagem da colhedora de caf? ? ter um chassi que permite a articula??o da sua estrutura superior, j? que os equipamentos convencionais t?m um sistema hidr?ulico de compensa??o da inclina??o. Mas um dos maiores destaques est? no alto da m?quina, onde fica o mecanismo de articula??o, que, conforme o nome, permite sua articula??o, propiciando a colheita em terrenos com declividade em torno de 50%, mantendo os derri?adores sempre a uma mesma altura do solo. Com isso, a colheita ? feita em toda a planta, independentemente da inclina??o. ?Vamos fazer alguns testes, mas acreditamos que seja poss?vel a utiliza??o da m?quina em ?reas com at? 80% de inclina??o?, afirma o professor Mauri.
Outro diferencial que chama a aten??o na inven??o ? seu acionamento a dist?ncia, controlado remotamente, tornando sua opera??o mais segura. ?Uma possibilidade bem vi?vel ? a instala??o de c?meras, fazendo com que a m?quina seja operada de uma sala de controle?, observa o professor Mauri, que destaca, tamb?m, o papel da UFV no contexto das tecnologias voltadas ao campo. ?Com um volume de recursos modesto, mas com empenho e criatividade da equipe, foi poss?vel dar origem a esse equipamento. Mais uma vez, a Universidade demonstra sua capacidade de trazer benef?cios ? sociedade brasileira por meio da pesquisa?.
Fonte: Campo Vivo