Colheita de 2014 aponta para 200 milh?es de toneladas
1 de setembro de 2020
Setor acredita em expans?o da produ??o de gr?os, mas alerta sobre falta de infraestrutura para garantir acesso ao mercado internacional
A possibilidade de romper a barreira dos 200 milh?es de toneladas de gr?os na safra 2013/14 abre novos horizontes ao agroneg?cio brasileiro, mas tamb?m demanda mais investimentos, mostrou o evento de encerramento da Expedi??o Safra 2012/13 e lan?amento do ciclo 2013/14, realizado na ?ltima sexta-feira (28-06) em Paranagu?. Na avalia??o do setor produtivo ? preciso fortalecer a log?stica para garantir um crescimento sustentado do mercado.
Desde o ciclo 2008/09 a produ??o brasileira segue em expans?o. Saltou de 135 milh?es de toneladas para 184 milh?es at? 2012/13, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Na ?ltima safra, o crescimento foi de 11%, ou 18,1 milh?es de toneladas. Se o ritmo for mantido, ? poss?vel superar os 200 milh?es de toneladas, conforme levantamento preliminar da Expedi??o Safra 2013/14. Em setembro, o projeto vai mais uma vez a campo com t?cnicos e jornalistas para aferir as inten??es de plantio da pr?xima temporada.
Para o secret?rio da Agricultura e do Abaste??cimento do Paran?, Nor??berto Ortigara, existem condi??es de clima, solo e conhecimento que s?o favor?veis ? expans?o, mas ?? preciso investir na capacidade de transportar e exportar a produ??o?. Ele destaca que o aporte de R$136 bilh?es do Plano Safra para a agricultura empresarial cria uma demanda por investimentos e eleva o potencial de crescimento.
Risco
Apesar do potencial, as dificuldades log?sticas podem por em risco a expans?o da safra, avalia Paulo Fachin, CEO da Ceagro, holding brasileira produtora de gr?os. Ele cita o cen?rio atual, no qual a dificuldade em escoar o milho produzido na regi?o Centro-Oeste aumenta a concorr?ncia com o cereal dos Estados Unidos, diminuindo a competitividade em pre?os. ?Os problemas tendem a se agravar nos pr?ximos dois ou tr?s anos, pois s? podem ser resolvidos com obras de grande porte?, diz.
No Paran? perspectiva de aumento na safra ? administrada com planejamento, relata Jos? Ric??ha Filho, Secret?rio de Infraestrutura e Log?stica do estado. ?Estamos programando a pr?xima safra tentando adotar uma vis?o sist?mica. N?o adianta investir mais em um modal do que em outro?, aponta.
No porto de Paranagu? a aposta ? dar sequ?ncia ao processo de otimiza??o das atividades para suprir a demanda extra. Nos ?ltimos 20 anos o fluxo de gr?os praticamente triplicou, mas n?o foi lastreado por investimentos. ?Temos que enfrentar os gargalos com o que temos na m?o?, explica Luiz Henrique Dividino, superintendente da Administra??o dos Portos de Paranagu? e Antonina (Appa).
Paranagu? consegue ampliar embarques
A safra 2012/13 exigiu capacidade extra dos portos brasileiros para dar conta de um volume maior de exporta??es. Entre janeiro e maio deste ano houve acr?scimo de pelo menos 7,6 milh?es de toneladas de soja e milho nos embarques, comparado a 2012. O porto de Paranagu? acompanhou o ritmo de expans?o, mas perdeu participa??o para outros corredores. A concorr?ncia com terminais e o aumento no fluxo de produtos com embarque mais lento, como o farelo de soja, s?o apontados como fatores que explicam essa mudan?a.
Apesar da dificuldade de infraestrutura, Paranagu? embarcou 415 mil toneladas a mais nos cinco primeiros meses deste ano, apontam dados oficiais. De acordo com Luiz Antonio Fayet, consultor em log?stica da Confedera??o da Agricultura e Pecu?ria do Brasil (CNA) o ganho foi poss?vel gra?as a melhoria operacional. ?Paranagu? est? fazendo milagres no embarque. Hoje ? o porto com maior efici?ncia no uso das instala??es pr?prias?, aponta.
Apesar do crescimento nos embarques, o crescimento de outros terminais reduziu a participa??o do porto paranaense. At? maio foram carregados 16,4% dos 31,7 milh?es de toneladas de soja e milho embarcados no Brasil. Em 2012 o porcentual era de 19,9%. No mesmo per?odo portos como Santos, Rio Grande e S?o Francisco do Sul ampliaram a participa??o.
Para Luiz Henrique Dividino, superintendente da Administra??o dos Portos de Paranagu? e Antonina (Appa), um dos fatores que justificam essa mudan?a ? o aumento nas exporta??es de farelo de soja, que tem embarque mais lento. ?O ritmo de carregamento ? outro?, diz. Cada shiploader consegue carregar 1,5 mil toneladas de gr?os por hora, mas o volume cai para 700 toneladas/hora quando se trata do farelo. Dividino acredita em uma recupera??o no m?dio prazo, com o avan?o nos projetos de reestrutura??o previstos.
O clima ? outro fator que limita os embarques. Foram 40 dias de chuva entre janeiro e maio, reduzindo a atividade do terminal.
Fonte: Agrolink
A possibilidade de romper a barreira dos 200 milh?es de toneladas de gr?os na safra 2013/14 abre novos horizontes ao agroneg?cio brasileiro, mas tamb?m demanda mais investimentos, mostrou o evento de encerramento da Expedi??o Safra 2012/13 e lan?amento do ciclo 2013/14, realizado na ?ltima sexta-feira (28-06) em Paranagu?. Na avalia??o do setor produtivo ? preciso fortalecer a log?stica para garantir um crescimento sustentado do mercado.
Desde o ciclo 2008/09 a produ??o brasileira segue em expans?o. Saltou de 135 milh?es de toneladas para 184 milh?es at? 2012/13, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Na ?ltima safra, o crescimento foi de 11%, ou 18,1 milh?es de toneladas. Se o ritmo for mantido, ? poss?vel superar os 200 milh?es de toneladas, conforme levantamento preliminar da Expedi??o Safra 2013/14. Em setembro, o projeto vai mais uma vez a campo com t?cnicos e jornalistas para aferir as inten??es de plantio da pr?xima temporada.
Para o secret?rio da Agricultura e do Abaste??cimento do Paran?, Nor??berto Ortigara, existem condi??es de clima, solo e conhecimento que s?o favor?veis ? expans?o, mas ?? preciso investir na capacidade de transportar e exportar a produ??o?. Ele destaca que o aporte de R$136 bilh?es do Plano Safra para a agricultura empresarial cria uma demanda por investimentos e eleva o potencial de crescimento.
Risco
Apesar do potencial, as dificuldades log?sticas podem por em risco a expans?o da safra, avalia Paulo Fachin, CEO da Ceagro, holding brasileira produtora de gr?os. Ele cita o cen?rio atual, no qual a dificuldade em escoar o milho produzido na regi?o Centro-Oeste aumenta a concorr?ncia com o cereal dos Estados Unidos, diminuindo a competitividade em pre?os. ?Os problemas tendem a se agravar nos pr?ximos dois ou tr?s anos, pois s? podem ser resolvidos com obras de grande porte?, diz.
No Paran? perspectiva de aumento na safra ? administrada com planejamento, relata Jos? Ric??ha Filho, Secret?rio de Infraestrutura e Log?stica do estado. ?Estamos programando a pr?xima safra tentando adotar uma vis?o sist?mica. N?o adianta investir mais em um modal do que em outro?, aponta.
No porto de Paranagu? a aposta ? dar sequ?ncia ao processo de otimiza??o das atividades para suprir a demanda extra. Nos ?ltimos 20 anos o fluxo de gr?os praticamente triplicou, mas n?o foi lastreado por investimentos. ?Temos que enfrentar os gargalos com o que temos na m?o?, explica Luiz Henrique Dividino, superintendente da Administra??o dos Portos de Paranagu? e Antonina (Appa).
Paranagu? consegue ampliar embarques
A safra 2012/13 exigiu capacidade extra dos portos brasileiros para dar conta de um volume maior de exporta??es. Entre janeiro e maio deste ano houve acr?scimo de pelo menos 7,6 milh?es de toneladas de soja e milho nos embarques, comparado a 2012. O porto de Paranagu? acompanhou o ritmo de expans?o, mas perdeu participa??o para outros corredores. A concorr?ncia com terminais e o aumento no fluxo de produtos com embarque mais lento, como o farelo de soja, s?o apontados como fatores que explicam essa mudan?a.
Apesar da dificuldade de infraestrutura, Paranagu? embarcou 415 mil toneladas a mais nos cinco primeiros meses deste ano, apontam dados oficiais. De acordo com Luiz Antonio Fayet, consultor em log?stica da Confedera??o da Agricultura e Pecu?ria do Brasil (CNA) o ganho foi poss?vel gra?as a melhoria operacional. ?Paranagu? est? fazendo milagres no embarque. Hoje ? o porto com maior efici?ncia no uso das instala??es pr?prias?, aponta.
Apesar do crescimento nos embarques, o crescimento de outros terminais reduziu a participa??o do porto paranaense. At? maio foram carregados 16,4% dos 31,7 milh?es de toneladas de soja e milho embarcados no Brasil. Em 2012 o porcentual era de 19,9%. No mesmo per?odo portos como Santos, Rio Grande e S?o Francisco do Sul ampliaram a participa??o.
Para Luiz Henrique Dividino, superintendente da Administra??o dos Portos de Paranagu? e Antonina (Appa), um dos fatores que justificam essa mudan?a ? o aumento nas exporta??es de farelo de soja, que tem embarque mais lento. ?O ritmo de carregamento ? outro?, diz. Cada shiploader consegue carregar 1,5 mil toneladas de gr?os por hora, mas o volume cai para 700 toneladas/hora quando se trata do farelo. Dividino acredita em uma recupera??o no m?dio prazo, com o avan?o nos projetos de reestrutura??o previstos.
O clima ? outro fator que limita os embarques. Foram 40 dias de chuva entre janeiro e maio, reduzindo a atividade do terminal.
Fonte: Agrolink