Cookies: Utilizamos cookies para otimizar nosso site e coletar estatísticas de uso. Por favor, verifique nossa política de cookies.

Entendi e Fechar
Com ferrovia, custo para os agricultores cairia at? 30%
1 de setembro de 2020

O apoio majorit?rio do transporte de cargas via rodovia vem encarecendo os custos do pequeno e m?dio agricultor. A perspectiva de empres?rios ? que a mudan?a para o modal ferrovi?rio poderia diminuir as despesas operacionais em at? 30%, ampliando a competitividade do setor.

"Al?m do alto pre?o dos combust?veis, o custo com seguran?a para carga e o tempo de deslocamentos s?o venenos para o industrial e o agricultor menor", diz o doutor em transporte ferrovi?rio da Universidade S?o Paulo, Luiz Henrique Brasson.

Segundo dados da Ag?ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) o novo modelo para uso das ferrovias no Pa?s, lan?ado com o Programa de Investimento em Log?stica, dever? proporcionar redu??o do pre?o do frete entre 25% e 30% para o usu?rio final, impulsionado pelo venda fragmentada de espa?os dentro dos vag?es ferrovi?rios.

A potencial queda no pre?o, de acordo com o gerente de Regula??o de Infraestrutura e de Servi?os de Transporte Ferrovi?rio de Cargas da ANTT, Alexandre Porto, acontece em fun??o do ganho de escala que a opera??o com a Valec pode proporcionar ao adquirir toda a capacidade da ferroviaconcedida.

Segundo Porto, o modelo "open access", que ser? aplicado nas pr?ximas concess?es, consiste em um formato horizontal de neg?cio, onde a Valec compra a capacidade do modal do concession?rio que ganhar o leil?o, de modo que o operador ser? respons?vel apenas pela constru??o e manuten??o da via.

Para Brasson, o modelo abrir? o mercado para que pequenos empres?rios se unam e comprem espa?o. "Hoje o pequeno e m?dio agricultor, ou industrial, n?o consegue transportar seus produtos via ferrovias. Primeiro, porque h? pouca malha - e muito custo -, segundo, porque para os operadores n?o ? interessante fechar neg?cio com empres?rios menores e perder contratos com gigantes", diz.

Para Porto, "a compra de 100% da capacidade pela Valec vai permitir ganho de escala e aumentar a competitividade das empresas brasileira. Assim, o usu?rio da ferrovia vai pagar ? Valec apenas pelo trecho que utilizar", explicou.

Centro-Oeste

Entre as ferrovias que precisam destravar com mais velocidade, Brasson destaca a Norte-Sul. "Esta malha ser? a espinha dorsal do Brasil. Com ela em pleno funcionamento, haver? uma grande impuls?o no agroneg?cio, que acompanhar? o crescimento da safra ano a ano", diz.

Segundo o gerente da ANTT, em 2013, a carga levada por esse meio de transporte chegou a 450 mil toneladas, em 28 quil?metros de extens?o. "As concession?rias investiram R$ 5 bilh?es em 2013", disse ele, lembrando que o grande desafio ? a amplia??o para atingir fronteiras agr?colas e minerais.

Porto destacou ainda dois projetos importantes: a Ferrovia Norte-Sul e a ferrovia que liga Campinorte (GO) e Lucas do Rio Verde (MT). "A primeira ? um eixo estruturante, que conecta portos da regi?o Norte com os do Sudeste, e a segunda atravessa grande regi?o agr?cola do Pa?s".

Pequenos e m?dios

A fabricante de ra??o para cavalos, bois e animais de pequeno porte, Ilustra, situada em Rondon?polis (MT) ? uma das empresas que aguardam ansiosamente a chegada da ferrovia que ligar? Campinorte a Lucas do Rio Verde.

Segundo o presidente da empresa, Emerson Silva, a ferrovia ser? fundamental para a sa?de financeira do grupo. "N?o conseguimos mais competir com as gigantes. Nossos custos de transportes s?o muito elevados", disse ele.

Na vis?o do executivo, a perspectiva de poder comprar, em conjunto com outros produtores, espa?o nos vag?es ? a solu??o para o mercado.

"Temos por aqui uma associa??o que trata desse assunto, organizados poder?amos comprar espa?os juntos, diminuindo em 30% nossos gastos atuais", finalizou.

Ferrovia parada

Em maio deste ano a presidente Dilma Rousseff inaugurou um trecho da Ferrovia Norte Sul. O espa?o, no entanto, n?o come?ou a operar efetivamente e, ap?s quatro meses parada, j? precisa de ajustes para iniciar opera??o de transporte.

O trecho entregue vai de Palmas (TO) a An?polis (GO) e a constru??o vem sendo feita desde 2005, mas se arrastou por quase dez anos. Nesse per?odo, a obra foi embargada e, por v?rias vezes, at? paralisadas em fun??o de restri??es de licen?as. "Por causa disso, parte do material instalado acabou deteriorando", explica Brasson.

De olho no certame

Enquanto as licita??es de ferrovias seguem travadas, empres?rios j? come?am apontar interesse na participa??o do certame. Este ano a Odebrecht Transport disse estar de olho nos processos e n?o descarta a entrada na corrida pelo controle de alguns trechos. Al?m da brasileira, a estatal alem? Deutsche Bahn (DB) e a chinesa Communication Construction Company (CCCC) j? demonstraram interesse. As empresas, por?m, est?o buscando parceiros nacionais para o certame.

Fonte: Campo Vivo

Compartilhe nas Mídias Sociais

Fale Conosco
(27) 3185-9226
Av. Nossa Senhora da Penha, 1495, Torre A, 11° andar.
Santa Lúcia, Vitória-ES
CEP: 29056-243
CNPJ: 04.297.257/0001-08