Consumo e oferta de peixe aumentam no feriado religioso
1 de setembro de 2020
O dia come?a cedo para Cleiton Codebella. Ele administra uma piscicultura em Rio Verde, GO, e ? respons?vel por uma s?rie de atividades di?rias: alimenta??o dos peixes, an?lise da temperatura da ?gua, cuidados para evitar a contamina??o dos tanque-redes, entre outras. Com seus 250 tanques, a propriedade rural P?r do Sol, na qual ele trabalha, est? na transi??o de m?dia para grande. No entanto, come?ou pequena, com apenas 30. ?A meta ? chegar a mil no menor tempo poss?vel. O sucesso de todo esse crescimento ? uma boa gest?o, muito empenho, profissionalismo e acreditar na rentabilidade do setor?, observa Codebella.
A produ??o mensal de til?pia, carro chefe da propriedade, ? progressiva. Em 2014 foram produzidas 15 toneladas mensais; 50 toneladas mensais em 2015; com uma expectativa de 100 toneladas, por m?s, neste ano. ?Em dois anos quadruplicamos nosso neg?cio. Queremos aumentar cada vez mais nossa produ??o?, observa Cleiton Codebella. Apesar do crescimento anual, ele afirma que na ?poca da Semana Santa, principalmente na Sexta-feira Santa, quando muita gente deixa de comer carne, sua produ??o acaba mais r?pido. ?Desde o dia 10 de mar?o, n?o tenho mais peixe. O estoque est? zerado. Agora s? daqui a 15 dias?, comemora.
A Sexta-Feira da Paix?o, no pr?ximo dia 25 de mar?o, ? uma data religiosa, que relembra a crucifica??o de Jesus Cristo e sua morte no Calv?rio. O feriado antecede o Domingo de P?scoa, que celebra a ressurrei??o de Cristo. Para os fi?is, neste dia n?o se deve comer carne vermelha em sinal de purifica??o. O peixe, por outro lado, n?o tem restri??o. Em raz?o desse feriado, o consumo de peixe aumenta em 50%, no pa?s, movimentando ainda mais o setor, segundo dados da Associa??o Goiana de Piscicultura (AGP).
Economia - O crescimento da piscicultura pode ser visto em todo territ?rio brasileiro. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE) mostram que o setor saltou de 393 milh?es de quilos produzidos em 2013 para 474 milh?es em 2014.
Para o presidente da AGP, Paulo Roberto S. Filho, apesar do crescimento da piscicultura no Brasil, o pa?s deveria monopolizar a atividade. Temos as melhores condi??es de produ??o ?somos um pa?s com 12% da ?gua doce dispon?vel no planeta, al?m de receber luz solar durante todo o ano, em cerca de 70% de seu territ?rio?. Al?m disso, continua Paulo Roberto, ?contamos com uma alt?ssima produ??o de gr?os que bateu o recorde na safra 2014/15, atingindo 209,5 milh?es de toneladas, com destaque para a soja e o milho, principais componentes da ra??o da piscicultura. Contudo, a produ??o brasileira foi de 474 milh?es de quilos, em 2014, ficando atr?s das produ??es de pa?ses como Bangladesh e Filipinas?.
A oferta de pescados no pa?s tem aumentado com o consumo cada vez maior, com uma m?dia nacional em torno de 10 kg/habitante/ano, segundo a Secretaria de Monitoramento e Controle de Pesca e Aquicultura do Minist?rio da Agricultura, Pecu?ria e Abastecimento (Mapa). Por?m, a recomenda??o da Organiza??o Mundial de Sa?de (OMS) ? de 12 kg/habitante/ano. O presidente da Associa??o acrescenta que ?o Brasil tem hoje cerca de 204 milh?es de habitantes, consumindo em m?dia 10 kg/habitante/ano, conclu?mos que s?o necess?rios mais de 2 milh?es de toneladas de peixes para atender toda a popula??o?.
A Comiss?o Nacional de Aquicultura da Confedera??o da Agricultura e Pecu?ria do Brasil (CNA) vem trabalhando para aumentar a produ??o brasileira. Pol?ticas para aumentar a competitividade do produto nacional em rela??o ao pescado importado, simplifica??o do licenciamento ambiental e a estrutura das ind?strias s?o objetivos da Comiss?o. ?Com todo o potencial brasileiro para a produ??o de pescado, n?o podemos deixar que a burocracia prevale?a. Precisamos simplificar os processos, gerar seguran?a para que o piscicultor invista mais em sua atividade, aumentando a produ??o e a oferta de pescado no mercado interno,? afirma Lilian Figueiredo, assessora t?cnica das comiss?es nacionais de Pesca e Aquicultura da CNA.
Para Paulo Roberto, a expectativa de crescimento do setor est? na ordem de 10%, mesmo diante do atual contexto econ?mico. As importa??es ainda s?o maiores que as exporta??es. ?Em 2014 foram mais de R$ 6 bilh?es em importa??es, sendo que, R$ 400 milh?es somente dos pa?ses asi?ticos. Isso se deve principalmente ao fato de que os peixes que entram no Brasil n?o sofrem a mesma burocracia e nem tributos impostos aos que s?o produzidos por aqui. O resultado disso ? uma concorr?ncia desleal para os produtos nacionais?, lamenta.
Entraves ? Para que ocorra aumento da produ??o e a oferta seja pelo menos igual ? demanda, o setor precisa de algumas melhorias, entre elas: cadeia pisc?cola altamente estruturada e profissional, licenciamento ambiental, moderniza??o de equipamentos, acesso a cr?ditos financeiros e redu??o de carga tribut?ria. ?Somente com essas mudan?as conseguiremos avan?ar?, opina Paulo Roberto.
Dados mundiais - No mundo, a aquicultura movimenta US$ 700 bilh?es por ano e representa 16% da oferta de prote?na animal. ? um mercado duas vezes maior que o complexo soja, cinco vezes maior que o de carne bovina, 10 vezes maior que o de carne de frango e representa 8% do mercado do petr?leo, conforme dados da Organiza??o das Na??es Unidas para a Alimenta??o e a Agricultura (FAO).,
Fonte: Canal do Produtor
A produ??o mensal de til?pia, carro chefe da propriedade, ? progressiva. Em 2014 foram produzidas 15 toneladas mensais; 50 toneladas mensais em 2015; com uma expectativa de 100 toneladas, por m?s, neste ano. ?Em dois anos quadruplicamos nosso neg?cio. Queremos aumentar cada vez mais nossa produ??o?, observa Cleiton Codebella. Apesar do crescimento anual, ele afirma que na ?poca da Semana Santa, principalmente na Sexta-feira Santa, quando muita gente deixa de comer carne, sua produ??o acaba mais r?pido. ?Desde o dia 10 de mar?o, n?o tenho mais peixe. O estoque est? zerado. Agora s? daqui a 15 dias?, comemora.
A Sexta-Feira da Paix?o, no pr?ximo dia 25 de mar?o, ? uma data religiosa, que relembra a crucifica??o de Jesus Cristo e sua morte no Calv?rio. O feriado antecede o Domingo de P?scoa, que celebra a ressurrei??o de Cristo. Para os fi?is, neste dia n?o se deve comer carne vermelha em sinal de purifica??o. O peixe, por outro lado, n?o tem restri??o. Em raz?o desse feriado, o consumo de peixe aumenta em 50%, no pa?s, movimentando ainda mais o setor, segundo dados da Associa??o Goiana de Piscicultura (AGP).
Economia - O crescimento da piscicultura pode ser visto em todo territ?rio brasileiro. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE) mostram que o setor saltou de 393 milh?es de quilos produzidos em 2013 para 474 milh?es em 2014.
Para o presidente da AGP, Paulo Roberto S. Filho, apesar do crescimento da piscicultura no Brasil, o pa?s deveria monopolizar a atividade. Temos as melhores condi??es de produ??o ?somos um pa?s com 12% da ?gua doce dispon?vel no planeta, al?m de receber luz solar durante todo o ano, em cerca de 70% de seu territ?rio?. Al?m disso, continua Paulo Roberto, ?contamos com uma alt?ssima produ??o de gr?os que bateu o recorde na safra 2014/15, atingindo 209,5 milh?es de toneladas, com destaque para a soja e o milho, principais componentes da ra??o da piscicultura. Contudo, a produ??o brasileira foi de 474 milh?es de quilos, em 2014, ficando atr?s das produ??es de pa?ses como Bangladesh e Filipinas?.
A oferta de pescados no pa?s tem aumentado com o consumo cada vez maior, com uma m?dia nacional em torno de 10 kg/habitante/ano, segundo a Secretaria de Monitoramento e Controle de Pesca e Aquicultura do Minist?rio da Agricultura, Pecu?ria e Abastecimento (Mapa). Por?m, a recomenda??o da Organiza??o Mundial de Sa?de (OMS) ? de 12 kg/habitante/ano. O presidente da Associa??o acrescenta que ?o Brasil tem hoje cerca de 204 milh?es de habitantes, consumindo em m?dia 10 kg/habitante/ano, conclu?mos que s?o necess?rios mais de 2 milh?es de toneladas de peixes para atender toda a popula??o?.
A Comiss?o Nacional de Aquicultura da Confedera??o da Agricultura e Pecu?ria do Brasil (CNA) vem trabalhando para aumentar a produ??o brasileira. Pol?ticas para aumentar a competitividade do produto nacional em rela??o ao pescado importado, simplifica??o do licenciamento ambiental e a estrutura das ind?strias s?o objetivos da Comiss?o. ?Com todo o potencial brasileiro para a produ??o de pescado, n?o podemos deixar que a burocracia prevale?a. Precisamos simplificar os processos, gerar seguran?a para que o piscicultor invista mais em sua atividade, aumentando a produ??o e a oferta de pescado no mercado interno,? afirma Lilian Figueiredo, assessora t?cnica das comiss?es nacionais de Pesca e Aquicultura da CNA.
Para Paulo Roberto, a expectativa de crescimento do setor est? na ordem de 10%, mesmo diante do atual contexto econ?mico. As importa??es ainda s?o maiores que as exporta??es. ?Em 2014 foram mais de R$ 6 bilh?es em importa??es, sendo que, R$ 400 milh?es somente dos pa?ses asi?ticos. Isso se deve principalmente ao fato de que os peixes que entram no Brasil n?o sofrem a mesma burocracia e nem tributos impostos aos que s?o produzidos por aqui. O resultado disso ? uma concorr?ncia desleal para os produtos nacionais?, lamenta.
Entraves ? Para que ocorra aumento da produ??o e a oferta seja pelo menos igual ? demanda, o setor precisa de algumas melhorias, entre elas: cadeia pisc?cola altamente estruturada e profissional, licenciamento ambiental, moderniza??o de equipamentos, acesso a cr?ditos financeiros e redu??o de carga tribut?ria. ?Somente com essas mudan?as conseguiremos avan?ar?, opina Paulo Roberto.
Dados mundiais - No mundo, a aquicultura movimenta US$ 700 bilh?es por ano e representa 16% da oferta de prote?na animal. ? um mercado duas vezes maior que o complexo soja, cinco vezes maior que o de carne bovina, 10 vezes maior que o de carne de frango e representa 8% do mercado do petr?leo, conforme dados da Organiza??o das Na??es Unidas para a Alimenta??o e a Agricultura (FAO).,
Fonte: Canal do Produtor