Crise na fruticultura: produ??o do mam?o cai 30%
1 de setembro de 2020
O Esp?rito Santo ? o maior exportador e segundo maior produtor de mam?o papaya do pa?s. Mas o mercado est? em crise e empresas j? fecharam as portas.
O maior mercado exportador e segundo maior produtor do mam?o papaya no Brasil, o Esp?rito Santo, est? em crise. A produ??o declinou cerca de 30% em rela??o ao ano passado e fez o volume de exporta??o cair 7%.
A situa??o levou empresas capixabas produtoras e exportadoras do produto a fecharem suas portas. Isoladamente, nos meses de junho e julho desse ano, houve uma redu??o de at? 80% nos volumes de produ??o na regi?o norte do Estado.
Para o vice presidente da Brapex - Associa??o Brasileira dos Exportadores de Papaya e tamb?m produtor de mam?o, Francisco Faleiro, os principais motivos desencadeadores dessa conjuntura s?o as condi??es clim?ticas adversas, a defasagem cambial, a amplia??o dos custos de produ??o (atrav?s do aumento dos custos tribut?rios dos ?ltimos anos) e o aumento dos valores de insumos e de m?o de obra.
?N?o bastasse isso, ainda temos um custo financeiro extremamente alto para a realidade mundial. Com esses fatores, todo o setor sai prejudicado?, afirma.
Exporta??o
O Brasil j? chegou a exportar volume correspondente a 35 mil toneladas de mam?o papaya em um ano. Somente o Esp?rito Santo j? respondeu por aproximadamente 75% desse total.
A realidade agora ? outra e os mercados de destino do mam?o, como pa?ses da Europa e os Estados Unidos, est?o buscando outras alternativas de fornecimento fora do Brasil, devido ao alto custo dos produtos, o que est? levando o pa?s a perder competitividade.
?A produ??o caiu muito. Chegamos a enfrentar per?odos em que t?nhamos demanda, mas n?o t?nhamos o produto. Isso provocou aumento de custos e nos levou a aumentar o pre?o do mam?o. Houve queda na exporta??o e, por enfrentarmos uma fase de defasagem cambial, todo o setor exportador foi prejudicado?, declara o diretor da Brapex.
Entendendo a crise
A taxa de c?mbio vem declinando desde 2005. Com a crise mundial, em 2008, houve uma recupera??o parcial, mas ap?s seis meses, as taxas voltaram a cair e a prejudicar o mercado.
Paralelamente, nos ?ltimos dois anos, o Esp?rito Santo vem enfrentando um clima caracterizado por altas temperaturas no ver?o e m? distribui??o de chuva. Isso afeta a produtividade e implica em aumento no pre?o do produto, prejudicando a exporta??o e, at? mesmo, o mercado interno, j? que n?o h? um produto com pre?os est?veis para o consumidor final.
?O que ocorre hoje ? que os produtores e os consumidores s?o os que saem mais prejudicados. O primeiro por ser comprimido pelas grandes cadeias que chegam a cobrar at? 28% de descontos revertidos em perdas ao produtor. O segundo porque acaba pagando por tudo isso?, declara Faleiro.
Para mudar essa realidade, os produtores t?m buscado apoio junto a agentes financeiros e pleiteado cr?dito com o governo. ?Precisamos de apoio, pois muitas empresas exportadoras de mam?o ainda encontram-se na imin?ncia de fechar, caso o quadro permane?a o mesmo. Associado a tudo isso, precisar?amos ter uma intera??o maior nas bases de produ??o para trabalhar melhor o mercado?, desabafa Francisco Faleiro.
Falta de log?stica piora situa??o
O presidente da Federa??o da Agricultura e Pecu?ria do Esp?rito Santo - Faes, J?lio da Silva Rocha J?nior, acredita que a solu??o vi?vel para contornar a situa??o seria o investimento em transporte a?reo e mar?timo para escoamento da produ??o, que serviria para aumentar a competitividade dos produtores.
?Precisamos construir uma situa??o de independ?ncia que permita o fluxo regular de embarque de nossa produ??o aqui no Estado, por via a?rea ou mar?tima, que s?o as modalidades de transporte mais competitivas?, afirma J?lio da Silva Rocha J?nior.
Fonte: I?! Comunica??o
O maior mercado exportador e segundo maior produtor do mam?o papaya no Brasil, o Esp?rito Santo, est? em crise. A produ??o declinou cerca de 30% em rela??o ao ano passado e fez o volume de exporta??o cair 7%.
A situa??o levou empresas capixabas produtoras e exportadoras do produto a fecharem suas portas. Isoladamente, nos meses de junho e julho desse ano, houve uma redu??o de at? 80% nos volumes de produ??o na regi?o norte do Estado.
Para o vice presidente da Brapex - Associa??o Brasileira dos Exportadores de Papaya e tamb?m produtor de mam?o, Francisco Faleiro, os principais motivos desencadeadores dessa conjuntura s?o as condi??es clim?ticas adversas, a defasagem cambial, a amplia??o dos custos de produ??o (atrav?s do aumento dos custos tribut?rios dos ?ltimos anos) e o aumento dos valores de insumos e de m?o de obra.
?N?o bastasse isso, ainda temos um custo financeiro extremamente alto para a realidade mundial. Com esses fatores, todo o setor sai prejudicado?, afirma.
Exporta??o
O Brasil j? chegou a exportar volume correspondente a 35 mil toneladas de mam?o papaya em um ano. Somente o Esp?rito Santo j? respondeu por aproximadamente 75% desse total.
A realidade agora ? outra e os mercados de destino do mam?o, como pa?ses da Europa e os Estados Unidos, est?o buscando outras alternativas de fornecimento fora do Brasil, devido ao alto custo dos produtos, o que est? levando o pa?s a perder competitividade.
?A produ??o caiu muito. Chegamos a enfrentar per?odos em que t?nhamos demanda, mas n?o t?nhamos o produto. Isso provocou aumento de custos e nos levou a aumentar o pre?o do mam?o. Houve queda na exporta??o e, por enfrentarmos uma fase de defasagem cambial, todo o setor exportador foi prejudicado?, declara o diretor da Brapex.
Entendendo a crise
A taxa de c?mbio vem declinando desde 2005. Com a crise mundial, em 2008, houve uma recupera??o parcial, mas ap?s seis meses, as taxas voltaram a cair e a prejudicar o mercado.
Paralelamente, nos ?ltimos dois anos, o Esp?rito Santo vem enfrentando um clima caracterizado por altas temperaturas no ver?o e m? distribui??o de chuva. Isso afeta a produtividade e implica em aumento no pre?o do produto, prejudicando a exporta??o e, at? mesmo, o mercado interno, j? que n?o h? um produto com pre?os est?veis para o consumidor final.
?O que ocorre hoje ? que os produtores e os consumidores s?o os que saem mais prejudicados. O primeiro por ser comprimido pelas grandes cadeias que chegam a cobrar at? 28% de descontos revertidos em perdas ao produtor. O segundo porque acaba pagando por tudo isso?, declara Faleiro.
Para mudar essa realidade, os produtores t?m buscado apoio junto a agentes financeiros e pleiteado cr?dito com o governo. ?Precisamos de apoio, pois muitas empresas exportadoras de mam?o ainda encontram-se na imin?ncia de fechar, caso o quadro permane?a o mesmo. Associado a tudo isso, precisar?amos ter uma intera??o maior nas bases de produ??o para trabalhar melhor o mercado?, desabafa Francisco Faleiro.
Falta de log?stica piora situa??o
O presidente da Federa??o da Agricultura e Pecu?ria do Esp?rito Santo - Faes, J?lio da Silva Rocha J?nior, acredita que a solu??o vi?vel para contornar a situa??o seria o investimento em transporte a?reo e mar?timo para escoamento da produ??o, que serviria para aumentar a competitividade dos produtores.
?Precisamos construir uma situa??o de independ?ncia que permita o fluxo regular de embarque de nossa produ??o aqui no Estado, por via a?rea ou mar?tima, que s?o as modalidades de transporte mais competitivas?, afirma J?lio da Silva Rocha J?nior.
Fonte: I?! Comunica??o