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Entendi e Fechar
Defensivos Agr?colas ? mitos e verdades
1 de setembro de 2020

O tema agrot?xicos ou defensivos agr?colas ? geralmente abordado pela m?dia e opositores ao Agro de forma pejorativa, distorcendo os dados reais e deixando pesar o vi?s ideol?gico.

O presidente da Federa??o da Agricultura e Pecu?ria do ES (FAES), J?lio Rocha, destaca que dentre 14 pa?ses principais produtores de alimentos, o Brasil figura em 11? lugar como o que menos consome defensivos.

Abaixo, segue um conjunto de informa??es relevantes sobre o uso de defensivos na produ??o agr?cola e o posicionamento da Confedera??o da Agricultura e Pecu?ria do Brasil (CNA) e da Federa??o da Agricultura e Pecu?ria do Esp?rito Santo sobre quest?es relacionadas a esse tema.

?O objetivo ? esclarecer e desmitificar a abordagem que afeta negativamente o Agro brasileiro?, complementa J?lio Rocha.

1 - Quanto tempo um novo produto leva para ser aprovado e registrado no Brasil? E nos Estados Unidos? E na Europa?
RESPOSTA: No Brasil, a fila existente imp?e um prazo de 8 a 10 anos para um registro. Essa conta ? simples, verifica-se o n?mero de processos na fila e o n?mero de processos conclu?dos no ano anterior e faz a conta de quantos anos o ?ltimo processo da fila est? distante de sua an?lise. Por exemplo, uma fila com 1.200 processos e uma finaliza??o de 120 processos por ano, indica a previs?o de 10 anos para que o ?ltimo processo da fila seja analisado. E uma situa??o semelhante ? que ocorre no Brasil nos ?ltimos anos. Quem protocolizar um processo hoje ter? o resultado em 10 anos.

No Canad?, o registro de um produto baseado em mol?cula nova leva um tempo de 24 meses. O registro de um similar, desde que n?o envolva problemas com sigilo de dados, ? sempre um processo objetivo, com prazo de 12 a 15 meses. Nos EUA, o prazo de registro para produto com mol?cula nova n?o ? superior a 2 ou 3 anos, e para produto similar o tempo de registro ? de 12 a 18 meses. Na Europa n?o ? diferente.

2 - Qual a quantidade de agrot?xicos/defensivos agr?colas utilizados anualmente no Brasil, em volume?
RESPOSTA: Considerando dados da FAO, o Brasil utilizou em 2014 (ano que o cadastro da FAO est? com mais dados dispon?veis) 4,07 kg de ingrediente ativo por hectare. Cabe observar que no Brasil, onde se pratica uma agricultura tropical, n?o contamos com o per?odo de inverno para interromper o ciclo das pragas. Assim, o agricultor brasileiro utiliza os pesticidas de forma muito parcimoniosa, principalmente quando comparado a outros pa?ses.

3 - Segundo estat?sticas da Abrasco e Fiocruz relativas a 2013, dividindo-se a quantidade de agrot?xicos/defensivos agr?colas utilizada no Brasil pela popula??o ter?amos 7,3 litros de agrot?xicos/defensivos agr?colas por habitante. Esses dados s?o verdadeiros?
RESPOSTA: Esses dados n?o representam a realidade brasileira. Esses argumentos s?o utilizados geralmente por ativistas e s?o repetidos seguidamente sem um m?nimo de responsabilidade. Primeiro cabe observar que esses produtos n?o s?o feitos para o consumo humano, eles s?o utilizados nas lavouras para os fins de combate a pragas, doen?as e plantas daninhas, tamb?m ? utilizado nas resid?ncias para combater mosquitos e baratas. Como demonstra o banco de dados da FAO, o agricultor brasileiro utiliza os pesticidas em menor quantidade por hectare do que grande parte dos agricultores do mundo. O agricultor brasileiro n?o ? irrespons?vel. Al?m disso, quanto mais o agricultor gastar dinheiro com esse insumo, mas a margem de renda dele diminui. Logo, o interesse do produtor ? utilizar em menor quantidade quanto for poss?vel.
Ademais, o Brasil ? grande exportador de produtos do agro, o que j? derruba o c?lculo por habitante ano. Soma-se isso, o fato do uso de pesticidas em produtos que n?o s?o comest?veis como algod?o, madeira e cana-de-a??car quando destinada a produ??o de etanol.

4 ? Comparativamente qual ? o rendimento obtido por cada litro de defensivo no Brasil e nos demais produtores mundiais?
RESPOSTA: O Brasil produz 3.281kg de alimentos por cada litro de defensivo utilizado. O Brasil ? muito mais eficiente quando comparado aos demais pa?ses que constantemente questionam a utiliza??o de agroqu?micos, conforme pode-se observar na Figura 02, em anexo.

5 - Por que, o Brasil ainda autoriza o uso de produtos que j? foram banidos em outros pa?ses, como o carbofurano, o glifosato e a cihexatina, entre outros?
RESPOSTA: A Cihexatina e o Carbofurano j? foram proibidos pela Anvisa, logo o produtor rural n?o os utiliza por nem serem comercializados no Pa?s. O Glifosato foi reavaliado pela Anvisa onde foi aprovado a manuten??o de uso do mesmo. Vale ressaltar que esse mesmo produto foi recentemente avaliado pela autoridade Europeia e continua com autoriza??o de uso no Bloco Europeu.
O Brasil n?o ? um para?so para produtos proibidos. Tem muita gente que fala sem conhecer esse mercado mundial. O Brasil ? um grande exportador de alimentos. N?o ? interessante para a agricultura brasileira utilizar produtos proibidos em outros pa?ses, ou produtos que n?o tenha Limite M?ximo de Res?duo ? LMR estabelecido e vigente nos pa?ses importadores.
Pode ocorrer que um produto n?o seja comercializado em um determinado pa?s, especialmente no Hemisf?rio Norte, por quest?es que nada tem a ver com a falta de seguran?a do produto, mas sim porque n?o ? necess?rio naquele pa?s.
Os produtos que j? foram proibidos ou tiveram o uso restringido no Brasil podem ser verificados no link: http://portal.anvisa.gov.br/registros-e-autorizacoes/agrotoxicos/produtos/reavaliacao-de-agrotoxicos

6 - O uso desmedido de defensivos traz muitos malef?cios? Qual a posi??o da CNA quanto a isso?
RESPOSTA: O primeiro maleficio do uso desmedido de defensivos ocorre no bolso do agricultor. Quanto mais ele gastar dinheiro utilizando esse insumo al?m do necess?rio, menor ser? a sua renda.
A CNA defende o uso adequado de qualquer insumo agr?cola, na medida das recomenda??es t?cnicas e, no caso dos defensivos, somente quando for necess?rio para proteger as lavouras das pragas e das ervas daninhas. Inclusive, o Servi?o Nacional de Aprendizagem Rural oferece capacita??o para produtores e trabalhadores rurais em aplica??o de defensivos, com o objetivo de tornar a pr?tica cada vez mais respons?vel.

7 - Quais s?o as principais preocupa??es no que diz respeito a forma de utilizar os defensivos?
RESPOSTA: Respeitar as recomenda??es t?cnicas para uso, armazenamento e transporte ? fundamental.
Defensivos Agr?colas s?o produtos aprovados para uso, mas exigem uma aplica??o t?cnica adequada. O agricultor precisa cuidar de sua prote??o e de seus funcion?rios, do meio ambiente em sua propriedade e dos consumidores. No caso da prote??o aos consumidores, o agricultor precisa respeitar o prazo de car?ncia ap?s a aplica??o para s? assim vender sua produ??o. Fazendo isso o agricultor assim como os trabalhadores rurais estar?o com a seguran?a garantida.

8 - De que forma o uso de defensivos de maneira respons?vel foi e ? importante para a agricultura?
RESPOSTA: Os defensivos constituem ferramenta importante para proteger as lavouras das pragas e das ervas daninhas, e s?o fundamentais para garantir e melhorar a produ??o agr?cola.
O uso de pesticidas como insumo garantidor da produ??o constitui uma pr?tica mundial. Pa?ses como Estados Unidos, Alemanha, Jap?o, Fran?a e Holanda, que est?o na vanguarda da inova??o tecnol?gica, ainda utilizam esses produtos. L?, igual aqui, a ci?ncia ainda n?o apresentou uma alternativa disruptiva ao uso de defensivos na produ??o agr?cola. Trata-se de um insumo que foi e ainda ? importante para a produ??o agr?cola mundial.
No Brasil, convive de forma harm?nica a pr?tica da agricultura convencional, agricultura convencional transg?nica e org?nica. A agricultura pode ser praticada utilizando insumos qu?micos, transg?nicos ou biol?gicos, para qualquer uma ? fundamental seguir as boas pr?ticas de produ??o.

9 - Quais s?o as dez mol?culas de defensivos agr?colas mais vendidas no pa?s?
RESPOSTA: Os herbicidas em geral, inclusive o glifosato, os fungicidas para a soja e inseticidas para a cana e algod?o. O tamanho do mercado de um produto depende da quantidade de ?rea ocupada pela cultura e da frequ?ncia e intensidade do ataque de pragas e infesta??o de ervas daninhas.

10 - Quantas empresas atuam nesse mercado no Brasil? E quantos produtos est?o ? disposi??o dos agricultores brasileiros?
RESPOSTA: O mercado ? oligopolizado. Com a fus?es que ocorreram, 3 empresas dominam a maior fatia de mercado. S?o muitos os produtos disponibilizados para os agricultores, salvo para os agricultores que trabalham com frutas e hortali?as.

11 - A CNA tem o faturamento das ind?strias de defensivos agr?colas no Brasil nos ?ltimos anos?
RESPOSTA: O mercado atual ? de aproximadamente US$ 9,5 bilh?es. ? um grande mercado para as ind?strias. Os produtos no Brasil n?o s?o baratos. No Mercosul diversos produtos que s?o produzidos no Brasil e exportados para pa?ses como Uruguai e Argentina, s?o vendidos com pre?os melhores para os agricultores daqueles pa?ses. Seria interessante para o agricultor brasileiro um acordo de livre com?rcio com os pa?ses do Mercosul.

12 - Na sua opini?o, n?o se deveria buscar alternativas para reduzir o uso desses produtos, privilegiando-se, por exemplo, a agroecologia?
RESPOSTA: O uso de defensivos ? uma pr?tica real e necess?ria em todos os pa?ses que tem produ??o agr?cola. A ci?ncia e a tecnologia ainda n?o apresentaram aos agricultores do mundo uma alternativa t?cnica e economicamente vi?vel de produzir em quantidade necess?ria e custo acess?vel sem o uso de pesticidas. Caso isso ocorra no futuro, quem sentir? o impacto disruptivo ser? a ind?stria e n?o o agricultor.
Cabe observar, e isso ? importante, que o Poder P?blico Federal n?o elege um sistema de produ??o agr?cola como sistema oficial. No Brasil, convive de forma harm?nica a pr?tica da agricultura convencional e org?nica.
Importante tamb?m ressaltar que qualquer proposta destinada a eleger um modelo de produ??o agr?cola em detrimento dos demais deve ser objeto de debate exaustivo, respons?vel e transparente, com a participa??o do Poder P?blico, sociedade civil e produtores rurais, iniciando-se pela avalia??o da viabilidade da proposta.
Qualquer atua??o isolada praticada por qualquer ?rg?o do Governo no sentido de dificultar ou depreciar as pr?ticas necess?rias ? utiliza??o de um modelo de produ??o, com o objetivo de promover, de forma velada, a ado??o de modelo que considera mais adequado deve ser de pronto recha?ada, visto que tal pr?tica, quando desprovida do debate necess?rio e sem o suporte de pol?ticas p?blicas, flerta com a irresponsabilidade. A??es dessa natureza podem prejudicar a qualidade dos produtos, aumentar o pre?o dos alimentos e at? inviabilizar a produ??o em quantidades suficientes.

Acesse o documento completo da CNA

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