No sentido inverso do que ocorre com a remunera??o do ar?bica, o crescimento da demanda pelo caf? conillon (robusta) elevou em 44,8% os pre?os desse produto nos ?ltimos tr?s anos e tem proporcionado bom rendimento aos produtores. Levantamento feito pela Safras & Mercado mostra que o valor m?dio pago ao cafeicultor do Esp?rito Santo saltou de R$ 145 a saca (60 quilos, tipo 7) em agosto de 2005 para R$ 210 neste ano.

"A vantagem do conillon ? que as ?rvores n?o precisam de tanto cuidado e o custo fica mais baixo", ressalta Gil Barabach, analista da Safras & Mercado. Ele explica que os pre?os come?aram a subir ap?s a quebra na produ??o do Vietn? em 2006, o maior produtor mundial. Al?m disso, o fluxo de vendas naquele pa?s foi mais alto do que deveria no in?cio da safra, gerando um descompasso e posteriormete a falta do produto. "Foi esse fator que aumentou as compras no Brasil e come?ou a for?ar a eleva??o dos pre?os", diz o analista.

No entanto, representantes dos produtores do Esp?rito Santo dizem que a remunera??o j? esteve melhor. "Em 2007, chegamos a vender por R$ 245 a saca. Mas o aumento dos insumos e o recuo nos pre?os do ar?bica est?o aumentando o custo e reduzindo a margem", revela Ant?nio Joaquim de Souza Neto, presidente da Coabriel, cooperativa que atua no Norte do estado, o maior produtor dessa variedade no Brasil. Ele estima que com uma produtividade de 25 sacas por hectare, o custo da saca seja de R$ 180. Afirmou ainda que os problemas com a seca no fim de 2007 causaram uma quebra de 37,5% e deve reduzir o lucro.

A CONAB estima uma produ??o de 7,85 milh?es de sacas de conillon (robusta) no Esp?rito Santo. Airton Camargo, superintendente de informa??es do agroneg?cio da estatal, afirmou que tem informa??es sobre uma queda de rendimento na regi?o. "Mas ainda n?o sabemos se ocorreu uma quebra".

Reginaldo Rezende, analista da FCStone, n?o acredita que uma poss?vel quebra influencie os pre?os do ar?bica.

Fonte: Gazeta Mercantil