Energia aumenta pre?os de produtos agropecu?rios
1 de setembro de 2020
Al?m da falta de chuvas, uma soma de fatores onerou a energia el?trica - um dos principais insumos agropecu?rios - neste ano. Com um forte impacto nos custos de produ??o, alimentos b?sicos, como o arroz, j? ficaram mais caros.
"A energia aumentou nossos gastos de forma muito grande, principalmente, pela irriga??o, mas n?o para por a?. Ainda a utilizamos para secagem do arroz. De um ano para o outro, temos um impacto de 100% nas tarifas, que nos reverteu em menos renda no campo", conta o presidente da Federa??o das Associa??es de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles. O estado ? o maior produtor do gr?o no Pa?s.
O executivo explica que os custos vari?veis, em geral, passaram de R$ 26 a R$ 29 por saca de 50 quilos, para R$ 33 a R$ 36, na varia??o anual. Em contrapartida, o valor de venda teve um acr?scimo m?dio de R$ 1 por saca, para R$ 33,60, ou seja, abaixo do desembolso do produtor.
"Estamos at? renegociando nossas d?vidas, porque n?o conseguimos repassar aumentos maiores [para o produto final]", diz Dornelles.
No norte do Esp?rito Santo, o Sindicato Rural de Linhares informa que as tarifas da eletricidade foram de R$ 0,179 para R$ 0,337 por quilowatt/hora no per?odo de um ano, um salto de 88,2%. O presidente da entidade, Antonio Roberte Bourguignon, destaca que a irriga??o e os equipamentos para controle de temperatura s?o os que trazem os maiores preju?zos ao produtor capixaba, pela alta depend?ncia da energia.
Conforme publicado pelo DCI, os moinhos de trigo tamb?m devem repassar acr?scimo no gastos para a farinha. O presidente do Moinho Pac?fico, Lawrence Pih, estimou uma alta em torno de 25% para o produto final, em fun??o de todos os fatores que oneram todo o processo (eletricidade, transporte, insumos, etc.).
Em os avicultores do Paran? s?o exploradas alternativas para aquecimento como g?s, cavaco de madeira e geradores a diesel, entre outros.
De acordo com o Sindicato das Ind?strias de Produtos Av?colas do Estado do Paran? (Sindiavipar), em alguns casos, os custos de energia chegam a ser 35% do total da folha de pagamento ap?s reajustes de at? 70% nas tarifas, que variam de acordo com a produtividade da av?cola.
Entenda
Na ?ltima semana, a ata do Comit? de Pol?tica Monet?ria (Copom) divulgada pelo Banco Central apontou um acr?scimo de 41% para as taxas de eletricidade neste ano. O analista da Tend?ncias Consultoria, Walter de Vitto, acredita que a eleva??o pode chegar a 45,5%.
Ele explica que uma conjuntura de fatores gerou a alta, dentre eles a falta de chuvas no volume ideal entre 2013 e 2015 no Sudeste e Centro-Oeste; a necessidade de energia termel?trica para suprir a lacuna deixada pelas hidrel?tricas e o fim de um subs?dio que vinha sendo pago pelo governo federal nos ?ltimos dois anos. "A energia de Itaipu tamb?m teve um forte reajuste por causa do d?lar", completa.
Fonte: Canal do Produtor
"A energia aumentou nossos gastos de forma muito grande, principalmente, pela irriga??o, mas n?o para por a?. Ainda a utilizamos para secagem do arroz. De um ano para o outro, temos um impacto de 100% nas tarifas, que nos reverteu em menos renda no campo", conta o presidente da Federa??o das Associa??es de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles. O estado ? o maior produtor do gr?o no Pa?s.
O executivo explica que os custos vari?veis, em geral, passaram de R$ 26 a R$ 29 por saca de 50 quilos, para R$ 33 a R$ 36, na varia??o anual. Em contrapartida, o valor de venda teve um acr?scimo m?dio de R$ 1 por saca, para R$ 33,60, ou seja, abaixo do desembolso do produtor.
"Estamos at? renegociando nossas d?vidas, porque n?o conseguimos repassar aumentos maiores [para o produto final]", diz Dornelles.
No norte do Esp?rito Santo, o Sindicato Rural de Linhares informa que as tarifas da eletricidade foram de R$ 0,179 para R$ 0,337 por quilowatt/hora no per?odo de um ano, um salto de 88,2%. O presidente da entidade, Antonio Roberte Bourguignon, destaca que a irriga??o e os equipamentos para controle de temperatura s?o os que trazem os maiores preju?zos ao produtor capixaba, pela alta depend?ncia da energia.
Conforme publicado pelo DCI, os moinhos de trigo tamb?m devem repassar acr?scimo no gastos para a farinha. O presidente do Moinho Pac?fico, Lawrence Pih, estimou uma alta em torno de 25% para o produto final, em fun??o de todos os fatores que oneram todo o processo (eletricidade, transporte, insumos, etc.).
Em os avicultores do Paran? s?o exploradas alternativas para aquecimento como g?s, cavaco de madeira e geradores a diesel, entre outros.
De acordo com o Sindicato das Ind?strias de Produtos Av?colas do Estado do Paran? (Sindiavipar), em alguns casos, os custos de energia chegam a ser 35% do total da folha de pagamento ap?s reajustes de at? 70% nas tarifas, que variam de acordo com a produtividade da av?cola.
Entenda
Na ?ltima semana, a ata do Comit? de Pol?tica Monet?ria (Copom) divulgada pelo Banco Central apontou um acr?scimo de 41% para as taxas de eletricidade neste ano. O analista da Tend?ncias Consultoria, Walter de Vitto, acredita que a eleva??o pode chegar a 45,5%.
Ele explica que uma conjuntura de fatores gerou a alta, dentre eles a falta de chuvas no volume ideal entre 2013 e 2015 no Sudeste e Centro-Oeste; a necessidade de energia termel?trica para suprir a lacuna deixada pelas hidrel?tricas e o fim de um subs?dio que vinha sendo pago pelo governo federal nos ?ltimos dois anos. "A energia de Itaipu tamb?m teve um forte reajuste por causa do d?lar", completa.
Fonte: Canal do Produtor