Engorda de frangos ? a atividade mais rent?vel para o agricultor
1 de setembro de 2020
A engorda de frango, que tem peso na economia de v?rios munic?pios da regi?o de Maring?, principalmente, dos que est?o sobre o solo arenoso do Arenito Caui?, mais uma vez ? o produto que melhor remunera o produtor rural, al?m de proporcionar a garantia de mercado certo e que n?o sofrer? qualquer altera??o em virtude de mudan?as clim?ticas. O ?nico concorrente em termos de renda l?quida ? o caf?, que paga bem, por?m sofre com o sobe e desce do mercado, estiagens prolongadas, excesso de chuva e, o que ? mais temido pelos produtores, as geadas.
"Se eu tiver que aconselhar alguma cultura para um propriet?rio de terras, vou sugerir soja e milho para uma grande ?rea, mas para pouca terra o ideal ? a cria??o de frangos, mas deixarei claro que a atividade somente ser? lucrativa se houver empenho do produtor", destaca o economista Dorival Basta, do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria estadual da Agricultura, ao analisar a renda proporcionada pelas principais culturas exploradas no noroeste do Paran?.
O avicultor Francisco Carlos Munhoz Arroyo, que tem dois barrac?es produzindo 33 mil frangos, cada um, a cada dois meses, pr?ximo a Munhoz de Mello, concorda com Basta e acrescenta que produtor que quiser se dar bem nesta atividade precisa ser detalhista. "Um ponto fundamental ? ter m?o de obra especializada e pagar bem a quem vai cuidar dos barrac?es", ressalta. O casal Dalvina e Joaquim dos Santos, que s?o os olhos e os bra?os de Arroyo na granja, recebeu 12% do lucro do patr?o e no primeiro ano de trabalho trocaram a bicicleta por um carro seminovo. "D? muito trabalho sim, mas ? uma atividade boa para quem gosta", diz Dalvina.
Segundo Arroyo, as despesas s?o muitas, como a da energia el?trica, que chega a R$ 3 mil, por barrac?o, em uma granjada e lenha para aquecimentos dos pintos. No caso dele, no intervalo de 45 dias, cada barrac?o proporciona uma renda bruta entre R$ 25 mil e 28 mil e ele recebe entre R$ 5 mil e R$ 8 mil limpos. Contando seis granjadas, por ano, os dois barrac?es do agricultor rendem um lucro de cerca de R$ 80 mil.
Arroyo adverte, no entanto, que o lucro ? proporcional aos investimentos. "A granja tem que ser top. Enquanto alguns podem faturar bem, por ano, em um hectare, os que n?o forem criteriosos talvez n?o consigam nem pagar o financiamento", opina.
Na cafeicultura, apesar dos riscos, um plantio bem cuidado tamb?m ? garantia de bons lucros. O agr?nomo Roberval Sim?es Rodrigues afirma que produtores de ponta chegam a ter at? R$ 13,5 mil em despesas, por hectare, em uma safra, mas conseguem uma rentabilidade bruta acima de R$ 20 mil, o que garante uma renda l?quida pr?xima de R$ 7 mil, por hectare. A m?dia na regi?o, por?m, est? bem abaixo, porque h? produtores que mal cobrem os custos.
A mandioca, que predomina no Arenito e ? explorada tanto por pequenos quanto por m?dios e grandes propriet?rios, foi um dos produtos mais lucrativos do ?ltimo ano agr?cola, proporcionando uma renda l?quida de R$ 6,5 mil, por hectare, em m?dia, mas os produtores est?o com dificuldades para encontrar m?o de obra e, temendo n?o contar com bra?os suficientes na hora da colheita, limitam as ?reas de plantio. A falta de m?o de obra limita tamb?m a produ??o de hortali?as e de uva, que tamb?m proporcionam boa rentabilidade ao produtor.
"O produtor de ?reas mecanizadas n?o v?o deixar o milho, mesmo quando ele n?o ? lucrativo", diz o produtor Jos? Ant?nio Borghi. De acordo com ele, no ?ltimo ano agr?cola, o cereal acarretou em preju?zo para alguns e lucrativo para outros. "Quem vendeu logo depois da colheita da safrinha, vendeu mal, pois o pre?o estava em torno de R$ 17, a saca, o que mal cobria os custos de produ??o, mas problemas ocorridos na safra dos Estados Unidos elevou os pre?os no Brasil e quem vendeu entre dezembro do ano passado e fevereiro deste ano alcan?ou at? R$ 25, a saca".
Outro produto que decepcionou foi o leite. A pecu?ria leiteira geralmente proporciona bom rendimento l?quido ao pequeno propriet?rio rural, mas no ?ltimo ano rural o produtor mal conseguiu cobrir o custo de produ??o, segundo Aparecido Vieira, que h? 26 anos cria gado leiteiro em Colorado.
Fonte: Canal do Produtor
"Se eu tiver que aconselhar alguma cultura para um propriet?rio de terras, vou sugerir soja e milho para uma grande ?rea, mas para pouca terra o ideal ? a cria??o de frangos, mas deixarei claro que a atividade somente ser? lucrativa se houver empenho do produtor", destaca o economista Dorival Basta, do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria estadual da Agricultura, ao analisar a renda proporcionada pelas principais culturas exploradas no noroeste do Paran?.
O avicultor Francisco Carlos Munhoz Arroyo, que tem dois barrac?es produzindo 33 mil frangos, cada um, a cada dois meses, pr?ximo a Munhoz de Mello, concorda com Basta e acrescenta que produtor que quiser se dar bem nesta atividade precisa ser detalhista. "Um ponto fundamental ? ter m?o de obra especializada e pagar bem a quem vai cuidar dos barrac?es", ressalta. O casal Dalvina e Joaquim dos Santos, que s?o os olhos e os bra?os de Arroyo na granja, recebeu 12% do lucro do patr?o e no primeiro ano de trabalho trocaram a bicicleta por um carro seminovo. "D? muito trabalho sim, mas ? uma atividade boa para quem gosta", diz Dalvina.
Segundo Arroyo, as despesas s?o muitas, como a da energia el?trica, que chega a R$ 3 mil, por barrac?o, em uma granjada e lenha para aquecimentos dos pintos. No caso dele, no intervalo de 45 dias, cada barrac?o proporciona uma renda bruta entre R$ 25 mil e 28 mil e ele recebe entre R$ 5 mil e R$ 8 mil limpos. Contando seis granjadas, por ano, os dois barrac?es do agricultor rendem um lucro de cerca de R$ 80 mil.
Arroyo adverte, no entanto, que o lucro ? proporcional aos investimentos. "A granja tem que ser top. Enquanto alguns podem faturar bem, por ano, em um hectare, os que n?o forem criteriosos talvez n?o consigam nem pagar o financiamento", opina.
Na cafeicultura, apesar dos riscos, um plantio bem cuidado tamb?m ? garantia de bons lucros. O agr?nomo Roberval Sim?es Rodrigues afirma que produtores de ponta chegam a ter at? R$ 13,5 mil em despesas, por hectare, em uma safra, mas conseguem uma rentabilidade bruta acima de R$ 20 mil, o que garante uma renda l?quida pr?xima de R$ 7 mil, por hectare. A m?dia na regi?o, por?m, est? bem abaixo, porque h? produtores que mal cobrem os custos.
A mandioca, que predomina no Arenito e ? explorada tanto por pequenos quanto por m?dios e grandes propriet?rios, foi um dos produtos mais lucrativos do ?ltimo ano agr?cola, proporcionando uma renda l?quida de R$ 6,5 mil, por hectare, em m?dia, mas os produtores est?o com dificuldades para encontrar m?o de obra e, temendo n?o contar com bra?os suficientes na hora da colheita, limitam as ?reas de plantio. A falta de m?o de obra limita tamb?m a produ??o de hortali?as e de uva, que tamb?m proporcionam boa rentabilidade ao produtor.
"O produtor de ?reas mecanizadas n?o v?o deixar o milho, mesmo quando ele n?o ? lucrativo", diz o produtor Jos? Ant?nio Borghi. De acordo com ele, no ?ltimo ano agr?cola, o cereal acarretou em preju?zo para alguns e lucrativo para outros. "Quem vendeu logo depois da colheita da safrinha, vendeu mal, pois o pre?o estava em torno de R$ 17, a saca, o que mal cobria os custos de produ??o, mas problemas ocorridos na safra dos Estados Unidos elevou os pre?os no Brasil e quem vendeu entre dezembro do ano passado e fevereiro deste ano alcan?ou at? R$ 25, a saca".
Outro produto que decepcionou foi o leite. A pecu?ria leiteira geralmente proporciona bom rendimento l?quido ao pequeno propriet?rio rural, mas no ?ltimo ano rural o produtor mal conseguiu cobrir o custo de produ??o, segundo Aparecido Vieira, que h? 26 anos cria gado leiteiro em Colorado.
Fonte: Canal do Produtor