O engenheiro agr?nomo Carlos Dellavalle Filho destaca as pr?ticas necess?rias para conseguir aplicar o m?ximo poss?vel de quantidade de um agroqu?mico no objetivo, ou alvo, evitando assim perdas. Segundo ele, al?m do aspecto financeiro pelo desperd?cio do produto, deve-se evitar tamb?m o mau uso de ?combust?vel, m?o de obra e tempo?, al?m dos ?danos aos cultivos, pessoas e ao meio ambiente?.

?Devemos planejar as aplica??es avaliando desde situa??es clim?ticas, velocidade de aplica??o, h?bitos de seguran?a (uso de E.P.I) e sempre seguir as recomenda??es e doses corretas para determinada situa??o, com a utiliza??o de produtos registrados para as culturas com os volumes de calda (L/ha) apropriados?, explica ele.

Sobre a chamada ?deriva?, Dellavalle Filho afirma que, ?quanto maior ? a intensidade dos ventos e ou menores forem as gotas produzidas, maior ser? a quantidade de gotas desviadas do alvo. J? que a intensidade dos ventos n?o ? um fator control?vel pelo aplicador (operador), cabe a ele calibrar bem a m?quina no sentido de produzir uma pulveriza??o que tenha menor quantidade poss?vel de gotas com derivas sempre avaliando os aspectos mais importantes citados anteriormente (Temperatura, veloc. ventos, UR%, al?m da boa regulagem do equipamento)?.

Assim, durante as aplica??es de agrot?xicos, deve se cuidar para que n?o sejam produzidas gotas muito grandes, nem muito pequenas. Gotas muito finas menores que 100 μm s?o arrastadas com facilidade pelo vento e gotas maiores que 800 μm tendem a escorrer da superf?cie das folhas (Lefebvre, 1989). Por essas raz?es ? necess?rio conhecer muito bem as caracter?sticas t?cnicas dos bicos a serem empregados nos tratos culturais e com isso aplica??es eficientes e seguras.

?O ideal ? sempre verificar a efici?ncia da aplica??o com o uso de papel sens?vel, com isso podemos observar o tamanho das gotas e a cobertura no papel. Devemos tamb?m sempre observar o pH da ?gua que estamos utilizando e verificar qual o pH ideal que o produto necessita. E outra dica importante ? a quest?o de espuma no tanque?, completa o especialista.

O engenheiro da Deagro Produtos Agr?colas Ltda. explica que ?cada modelo de bico de pulveriza??o apresenta algumas caracter?sticas peculiares que os diferencia. No entanto, todos eles apresentam uma faixa ideal de press?o de trabalho e est?o dispon?veis com aberturas de diferentes tamanhos. O importante ? alinhar bem com um profissional da ?rea qual o melhor para cada situa??o?.

Ele elenca outro fator n?o menos importante que deve ser levado em conta no momento da aplica??o: ?a exposi??o do alvo: ou seja, quando a praga est? mais exposta, fica mais suscet?vel ao produto e em um grau de infesta??o que justifique o custo da aplica??o pelos danos reais e potenciais causados aos cultivos seja soja, milho, trigo ou qualquer outra cultura de interesse econ?mico?.

?Esse aspecto do momento se pode incluir tamb?m a condi??o atmosf?rica, a hora da aplica??o, porque n?o s?o raras as vezes em que essas condi??es n?o s?o ideais ou se modificam durante o tempo de trabalho, exigindo altera??es significativas no processo de pulveriza??o levando a incluir em certos casos a sua interrup??o?, acrescenta.

Em resumo, Carlos Dellavalle Filho destaca que ?a correta escolha do bico a utilizar, sua manuten??o e conserva??o, o controle do tamanho da gota, deriva, deposi??o das gotas geradas e condi??es clim?ticas s?o fatores fundamentais para que se possa obter o m?ximo de sucesso na aplica??o de qualquer produto seja agroqu?mico ou fertilizante foliar, e sempre com o uso de E.P.I e buscando a sustentabilidade, com um pensamento no meio ambiente e no pr?prio homem?.

Fonte: Agrolink