Estudo do ISA aponta que acesso a financiamentos para linha verde ? irris?rio
1 de setembro de 2020
Apesar do volume de empr?stimos desembolsados para pr?ticas sustent?veis no campo ter dobrado na safra agr?cola 2011/2012, os n?veis de acesso ?s chamadas linhas verdes ainda s?o irris?rios. A conclus?o ? do estudo Financiamento Agroambiental no Brasil, lan?ado pelo Instituto Socioambiental (ISA), que aponta gargalos na operacionaliza??o desse incentivo econ?mico, a partir de entrevistas com 87 produtores e tr?s agentes financeiros, desde 2010.
De acordo com a engenheira agr?noma L?a Vaz Cardoso, assessora do ISA, o financiamento imp?e desafios tecnol?gicos ao produtor brasileiro. O carro-chefe dessas linhas de cr?dito ? o Programa para a Redu??o de Emiss?o de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (ABC), lan?ado em 2010, que prop?e modelos mistos de produ??o.
"As linhas financiam tecnologias um pouco mais complexas que as tradicionais, s?o sistemas diversificados. Quando voc? compara uma lavoura de soja em monocultivo, o pacote tecnol?gico ? completamente conhecido. Quando coloca um sistema integrado como lavoura-pecu?ria-floresta, voc? passa a ter tr?s produtos numa mesma ?rea, com diferentes prazos e ciclos", disse.
Um outro ponto, segundo a agr?noma, ? que os agricultores n?o conhecem essas linhas diferenciadas. "O produtor at? pode ter inten??o de, por exemplo, recuperar ?reas de prote??o permanente (APP), mas ainda n?o faz por quest?es financeiras. E ainda tem a indefini??o de decis?es sobre o novo C?digo Florestal e a burocracia ambiental, que assustam esse produtor", disse a assessora.
A solu??o, na opini?o de L?a Vaz Cardoso, est? em investimentos em capacita??o e na divulga??o e promo??o de tecnologias. A agr?noma ainda defende que os benef?cios "verdes" sejam ampliados dentro de linhas de cr?dito tradicionais, incluindo uma esp?cie de "reconhecimento e premia??o" aos agricultores que conservam ou recuperam APPs, por exemplo.
"O agricultor incorre em um custo ao preservar essas ?reas. A gente est? com uma legisla??o que est? preste a mudar, mas o comando-controle sozinho n?o ? suficiente. O instrumento econ?mico ? complementar ? legisla??o. E n?o h? mal algum, na nossa vis?o, ajudar o agente econ?mico a cumprir a lei", disse L?a Cardoso.
Ainda faltam tr?s meses para o fim do ano agr?cola (2011/2012), mas o Banco do Brasil (BB) j? contabiliza R$ 430 milh?es desembolsados. Em toda a safra anterior, o banco desembolsou pouco mais de R$ 230 milh?es. A agr?noma do ISA considera que o incremento ? resultado de uma a??o maior do agente financeiro e do governo, mas alerta que o valor "ainda ? marginal em rela??o aos outros cr?ditos. Estamos falando em quase R$ 500 milh?es para linhas sustent?veis, sendo que j? foram emprestados mais de R$ 70 bilh?es para outras pr?ticas, ou seja, menos de 1% na conta".
O diretor de Agroneg?cios do Banco do Brasil, Cl?nio Severio Teribele, n?o acredita na inseguran?a dos produtores brasileiros. "Basta verificar o crescimento da produtividade no Brasil, que a gente atribui a compet?ncia dos nossos agropecuaristas", disse. Mas o executivo do banco admite o desconhecimento do cr?dito e a falta de capacita??o para a tomada do financiamento.
"O que a gente percebe ? que o mercado ainda n?o conhece essas linhas. Temos dificuldade na obten??o de bons projetos. A assist?ncia t?cnica n?o chega a todos os locais e precisamos que chegue", disse Teribele, acresentando que o banco est? investindo em uma rede de parcerias com cooperativas, agr?nomos e t?cnicos, para o treinamento para elabora??o de projetos. "Temos todos os motivos para acreditar no bom desempenho dessas linhas", disse.
Fonte: CNA
De acordo com a engenheira agr?noma L?a Vaz Cardoso, assessora do ISA, o financiamento imp?e desafios tecnol?gicos ao produtor brasileiro. O carro-chefe dessas linhas de cr?dito ? o Programa para a Redu??o de Emiss?o de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (ABC), lan?ado em 2010, que prop?e modelos mistos de produ??o.
"As linhas financiam tecnologias um pouco mais complexas que as tradicionais, s?o sistemas diversificados. Quando voc? compara uma lavoura de soja em monocultivo, o pacote tecnol?gico ? completamente conhecido. Quando coloca um sistema integrado como lavoura-pecu?ria-floresta, voc? passa a ter tr?s produtos numa mesma ?rea, com diferentes prazos e ciclos", disse.
Um outro ponto, segundo a agr?noma, ? que os agricultores n?o conhecem essas linhas diferenciadas. "O produtor at? pode ter inten??o de, por exemplo, recuperar ?reas de prote??o permanente (APP), mas ainda n?o faz por quest?es financeiras. E ainda tem a indefini??o de decis?es sobre o novo C?digo Florestal e a burocracia ambiental, que assustam esse produtor", disse a assessora.
A solu??o, na opini?o de L?a Vaz Cardoso, est? em investimentos em capacita??o e na divulga??o e promo??o de tecnologias. A agr?noma ainda defende que os benef?cios "verdes" sejam ampliados dentro de linhas de cr?dito tradicionais, incluindo uma esp?cie de "reconhecimento e premia??o" aos agricultores que conservam ou recuperam APPs, por exemplo.
"O agricultor incorre em um custo ao preservar essas ?reas. A gente est? com uma legisla??o que est? preste a mudar, mas o comando-controle sozinho n?o ? suficiente. O instrumento econ?mico ? complementar ? legisla??o. E n?o h? mal algum, na nossa vis?o, ajudar o agente econ?mico a cumprir a lei", disse L?a Cardoso.
Ainda faltam tr?s meses para o fim do ano agr?cola (2011/2012), mas o Banco do Brasil (BB) j? contabiliza R$ 430 milh?es desembolsados. Em toda a safra anterior, o banco desembolsou pouco mais de R$ 230 milh?es. A agr?noma do ISA considera que o incremento ? resultado de uma a??o maior do agente financeiro e do governo, mas alerta que o valor "ainda ? marginal em rela??o aos outros cr?ditos. Estamos falando em quase R$ 500 milh?es para linhas sustent?veis, sendo que j? foram emprestados mais de R$ 70 bilh?es para outras pr?ticas, ou seja, menos de 1% na conta".
O diretor de Agroneg?cios do Banco do Brasil, Cl?nio Severio Teribele, n?o acredita na inseguran?a dos produtores brasileiros. "Basta verificar o crescimento da produtividade no Brasil, que a gente atribui a compet?ncia dos nossos agropecuaristas", disse. Mas o executivo do banco admite o desconhecimento do cr?dito e a falta de capacita??o para a tomada do financiamento.
"O que a gente percebe ? que o mercado ainda n?o conhece essas linhas. Temos dificuldade na obten??o de bons projetos. A assist?ncia t?cnica n?o chega a todos os locais e precisamos que chegue", disse Teribele, acresentando que o banco est? investindo em uma rede de parcerias com cooperativas, agr?nomos e t?cnicos, para o treinamento para elabora??o de projetos. "Temos todos os motivos para acreditar no bom desempenho dessas linhas", disse.
Fonte: CNA