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Estudo indica que Brasil tem dificuldade para exportar caf? com valor agregado
1 de setembro de 2020

O Brasil ? o maior produtor e exportador mundial de caf?. No entanto, tem dificuldades em agregar valor ao produto. Esse ? o diagn?stico de pesquisa divulgada pelo Minist?rio do Desenvolvimento, Ind?stria e Com?rcio Exterior (Mdic), indicando as principais dificuldades do pa?s nas vendas externas de caf? industrializado.

Segundo o minist?rio, no ano passado o Brasil exportou US$ 6,6 bilh?es em caf?. Desse montante, US$ 6,041 bilh?es, ou 90,6%, representaram vendas de caf? verde. O caf? verde ? o gr?o cru, negociado com pre?os inferiores aos do caf? beneficiado.

Do restante das exporta??es brasileiras de caf? em 2014, US$ 563,3 milh?es, ou 8,45% do total, foram de caf? sol?vel. Outros extratos concentrados de caf? somaram US$ 45,83 milh?es, ou 0,68% do valor em exporta??es.

J? o caf? torrado, vendido por mais que o dobro do caf? verde no mercado externo, respondeu por apenas US$ 11,6 milh?es das exporta??es brasileiras em 2014, equivalente a apenas 0,17%. Al?m disso, no subsetor do caf? sol?vel, que supera em valor agregado o caf? verde, as exporta??es est?o estagnadas.

De acordo com t?cnicos do minist?rio, o subsetor do caf? sol?vel apresenta problemas de competitividade, que se manifestam na diminui??o da participa??o relativa do Brasil nas exporta??es desse tipo de produto, "a despeito do aumento constante de consumo em quase todo o mundo?.

Na safra 2007/2008, o Brasil exportou 3,53 milh?es de sacas de caf? sol?vel e os demais pa?ses exportadores venderam 3,55 milh?es de sacas. Cinco anos depois, na safra 2012/2013, o pa?s exportou apenas 3,44 milh?es de sacas de caf? sol?vel, enquanto as vendas dos outros pa?ses exportadores subiram para 7,76 milh?es de sacas.

Segundo o minist?rio, os gargalos para aumento das exporta??es de caf? beneficiado s?o, al?m das limita??es de gest?o na maioria das empresas de micro, pequeno e m?dio porte de torrefa??o de caf?, falta de interesse das empresas brasileiras de caf? torrado e mo?do em competir no mercado externo, falta de interesse de empresas estrangeiras em usar o Brasil como plataforma de exporta??o para o caf? torrado e mo?do, tributa??o excessiva da Uni?o Europeia e do Jap?o sobre o caf? industrializado brasileiro, dificuldade de importar caf? verde para usar na fabrica??o de misturas de maior valor agregado e falta de governan?a que concentre os esfor?os dos produtores e dificuldade dos exportadores para acesso a cr?ditos do Imposto sobre Circula??o de Mercadorias e Servi?os (ICMS).

Para o diretor-executivo da Associa??o Brasileira da Ind?stria da Caf? (Abic), Nathan Hersvkowicz, o diagn?stico do governo ? um primeiro passo na dire??o de pol?ticas para estimular exporta??es de maior valor agregado no setor.

?? o primeiro trabalho. O minist?rio contratou o estudo para ter um diagn?stico bastante agudo?, disse Nathan, acrescentando que os dados servir?o de subs?dio para futuras pol?ticas. Segundo ele, atualmente o suporte existente para interessados na exporta??o de caf? ? um programa da Ag?ncia Brasileira Promotora de Exporta??es e Investimentos (Apex), vinculada ao Minist?rio do Desenvolvimento, Ind?stria e Com?rcio Exterior.

?H? um programa exportador da Apex para in?meros produtos e o caf? ? um deles. O programa fornece apoio para intelig?ncia comercial, participa??o em feiras, a??es de degusta??o e concursos de qualidade.?

Para o diretor, um dos entrevistados para o estudo do Mdic, a falta de cultura exportadora e a baixa tecnologia est?o entre os principais entraves para que o Brasil aumente as exporta??es de caf? industrializado. ?Cerca de 80% do nosso setor ? composto por micro e pequenas empresas, que n?o t?m cultura exportadora, nem estrutura para exportar. N?o conhecem o tr?mite m?nimo burocr?tico e t?m dificuldades tecnol?gicas.

Nathan Hersvkowicz destacou que o mercado externo de caf? ? ?extremamente concorrido?, da? a dificuldade das empresas menores em se tornarem exportadoras do produto beneficiado.

Segundo Hersvkowicz, os avan?os mais imediatos ocorrer?o a partir de dois movimentos. ?Um, que j? est? ocorrendo, ? o investimento de grandes empresas que produzem caf? diferenciado, como as c?psulas [caf? para preparo r?pido, acondicionado em c?psulas de pl?stico]. Outra solu??o, indicada no estudo, ? que os investidores brasileiros se interessem por comprar empresas ou marcas fora do Brasil. ? muito mais eficiente e menos custoso do que construir a partir do zero.?

Fonte: Ag?ncia Brasil

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