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Expans?o portu?ria vai exigir aporte de US$ 25 bi
O Brasil vai precisar de mais 105 ber?os de atraca??o e 22 milh?es de metros quadrados de ?rea para atender ? demanda de cargas por volta de 2017, quando devem ser movimentadas 1,3 bilh?o de toneladas nos portos brasileiros.

Em 2007, o movimento somou 755 milh?es de toneladas. Entre ?reas portu?rias e retroportu?rias, essa infra-estrutura ter? um custo estimado em US$ 25 bilh?es.

O pa?s conta, hoje, com 82 locais de escoamento de mercadorias aquavi?rias, entre portos e terminais privativos. Nos ?ltimos seis anos, os portos brasileiros cresceram 42,7% em volume, com o recebimento adicional de 226 milh?es de toneladas de cargas, o que representou avan?o m?dio anual de 6%. A carga geral, que inclui a conteinerizada, comandou o movimento, com acr?scimo m?dio anual de 9,9% (38,8 milh?es de toneladas). Em seguida aparecem os gran?is s?lidos, com 7,7% (155,4 milh?es de toneladas), e os gran?is l?quidos, com 3% (31,5 milh?es de toneladas).

"O movimento portu?rio brasileiro cresce todo ano cerca de 45 milh?es de toneladas, ou um porto de Santos a cada dois anos", afirma Marcos Antonio Vendramini Junior, s?cio da VKS Partex Engenheiros Consultores, h? 12 anos no ramo de consultoria portu?ria e transportes, com projetos, hoje, em seis estados.

Com base em dados hist?ricos e expectativas de mercado para os pr?ximos anos, Vendramini estima que dentro de dez anos os portos brasileiros estejam movimentando mais de 800 milh?es de toneladas de gran?is s?lidos, 260 milh?es de toneladas de gran?is l?quidos e 200 milh?es de toneladas de carga geral, inclusive conteinerizada. Esses valores representariam, no total, acr?scimo de 547 milh?es de toneladas sobre 2007.

No estudo, com proje??es at? 2033, a VKS setoriza o desempenho das cargas, conforme as tend?ncias das ?reas plantadas, demandas internacionais e facilidades log?sticas do pa?s. Para a ?rea de gr?os, por exemplo, que a Conab estimou na safra 2007/2008 em 47,2 milh?es de hectares e 142 milh?es de toneladas, h? uma previs?o de que cres?a para 56,7 milh?es de hectares e produza 196 milh?es de toneladas at? 2017. Nos pr?ximos 25 anos, com crescimento m?dio de 1,74% ao ano e produtividade de 2,95%, a produ??o saltaria para 280 milh?es de toneladas. Ao mesmo tempo, as importa??es de fertilizantes subiriam das atuais 19 milh?es de toneladas para 43 milh?es de toneladas, em 2033.

A elevada demanda internacional por mat?rias-primas da cadeia mineral/sider?rgica e de commodities agr?colas passam a definir o ranking dos portos. Pelo hist?rico apurado pela consultoria, entre 2002 e 2007 os portos de Tubar?o (ES), Itaqui (MA) e Itagua? (RJ) responderam por 60% do movimento brasileiro de gran?is s?lidos. "A tend?ncia de escoamento por esse tipo de carga se dar? pelos portos do Norte e Nordeste ou portos bem servidos por liga??o ferrovi?ria de alta performance, dada a elevada sensibilidade destes produtos ao custo do frete", diz Vendramini.

Para os cont?ineres, cuja media anual de crescimento nos ?ltimos 15 anos foi de 10,5%, chegando a picos de 14% e desempenho m?nimo de 3%, foi verificada uma concentra??o nos portos de S?o Paulo, Paran?, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Eles movimentam sete em cada 10 Teus (unidades de 20 p?s) no Brasil, reflexo do desenvolvimento industrial desses estados. A tend?ncia de expans?o levaria ao crescimento da movimenta??o de cont?ineres no pa?s. Dos 6,5 milh?es de Teus em 2007, a expectativa ? atingir 15,5 milh?es de Teus em 2017, per?odo em que o setor, inclu?da a carga geral n?o-conteinerizada, precisaria de 35 ber?os adicionais.

A distribui??o dos 105 novos ber?os - "mantidas as condi??es institucionais e par?metros legais vigentes" - seria dividida em 50% para portos do Norte e Nordeste, 35% para o Sudeste e 15% para o Sul. Vendramini adverte que se houver investimento adicional para o aumento de produtividade e reformula??es legais e institucionais, por exemplo no processo alfandeg?rio, que possibilitem reduzir o tempo de perman?ncia de cargas nos terminais, a necessidade de refor?o na infra-estrutura f?sica ser? abrandada, com impacto menor nos investimentos.

Hermes Anghinoni, diretor de portos da Cargill, com terminais em Santos, Paranagu? (PR) e Itaqui (MA), concorda que para o setor de cont?ineres "as perspectivas s?o otimistas, porque h? novas cargas e navios maiores impulsionando essa ind?stria". Mas para os gran?is "os n?meros n?o s?o t?o agressivos; acho-os um pouco otimistas; o c?rculo virtuoso da economia mundial saiu de cena e se desdobra nos portos". O diretor defende um crescimento "com cautela" e aponta o mercado interno como novo fator que mexeu com a log?stica do pa?s. "O mercado interno est? consumindo mais mat?ria-prima; muitas f?bricas est?o moendo (soja) para atender ? produ??o de carne e frango e isso n?o vai para o exterior", diz. A Cargill deve inaugurar uma f?brica de esmagamento de soja, em Primavera (MT), por volta de mar?o, com investimentos entre US$ 120 milh?es e US$ 130 milh?es.

Para o a??car, entre os gran?is s?lidos, Anghinoni aceita os n?meros da VKS como compat?veis e afirma que "a disputa desse setor ? com o ?lcool e ambos est?o com as exporta??es em crescimento". A Cargill planeja resolver alguns impasses burocr?ticos em pontos de embarque para ampliar investimentos e aumentar exporta??es.

Mas o futuro do setor passa ainda pela defini??o da nova legisla??o. O governo estuda adotar o sistema de pagamento da maior outorga para determinar os vencedores das futuras licita??es para constru??o e opera??o de portos pela iniciativa privada. A mudan?a ? pol?mica e j? gerou critica entre os empres?rios que tinham planos de construir portos em ?reas privadas.


Fonte: Valor Econ?mico

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