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Exporta??es de caf? podem fechar ano sem recorde
1 de setembro de 2020

As exporta??es de caf? bateram recorde em 2014, atingindo a marca de 36,2 milh?es de sacas e acumulando US$ 6,6 bilh?es em receita, segundo o Conselho de Exportadores de Caf?, que avalia o volume do que ? vendido ao exterior. O cen?rio anterior pode n?o se repetir agora, segundo previs?o do Cecaf?, que aponta queda para quase 34,5 milh?es de sacas de 60 quilos, diante da proje??o inicial de quase 35 milh?es de sacas. Isto pode resultar em uma desacelera??o de 5% neste ano sobre 2014.

No final de setembro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que repassa os dados referentes ? lavoura, tamb?m reduziu a previs?o para a safra de caf? do Brasil, para 42,15 milh?es de sacas em 2015, ante as 44,28 milh?es de sacas da proje??o de junho, citando menores rendimentos na colheita e no beneficiamento.

?As safras de caf? s?o bianuais, por isto, sempre vai haver um ano bom e outro ruim, em volume. Faz parte da natureza da cultura. Estas quedas de volume s?o normais e em nada afetam o mercado internacional quando elas s?o moderadas?, analisa o diretor da Sociedade Nacional de Agricultura Ruy Barreto Filho.

O caf? ? o quinto produto de maior volume de exporta??o do setor agropecu?rio brasileiro e o Pa?s ? o primeiro do mundo em vendas externas, o equivalente a 1/3 de toda a produ??o do planeta. Entre os meses de janeiro e agosto deste ano, foram US$ 4,1 bilh?es em receita e 23,5 bilh?es em volume, de acordo com dados do Minist?rio da Agricultura, Pecu?ria e Abastecimento (Mapa).

PRODUTOR RURAL

Neste cen?rio, o produtor rural tem a tarefa de produzir mais e com qualidade, se quiser atender aos interesses de seus importadores. No entanto, o que se observa ? que eles t?m pouca participa??o nas tomadas de decis?es.

?O Brasil, como o maior produtor do mundo, tem um grande market share (participa??o de mercado, em portugu?s) nas ligas blends de caf?, mas os produtores t?m pouca influ?ncia na pol?tica de exporta??o. Os traders ? que definem este jogo?, afirma o diretor da SNA.

POL?TICA

Do total embarcado em 2014, 90,5% do volume correspondeu ao caf? verde, restando apenas 9,5% ao industrializado (torrado e mo?do e sol?vel). Este n?vel de participa??o nas vendas externas ? considerado normal, segundo Barreto, ?at? porque o volume de mat?ria-prima sempre ser? maior, devido aos mercados consumidores terem suas ind?strias locais?.

O grande problema nacional, na opini?o do diretor da SNA, ? a falta de pol?tica exportadora do setor industrializado. ?As exporta??es de sol?vel est?o estagnadas h? anos e n?o h? perspectiva de aumento da oferta, j? que no Brasil ? proibido o drawback. Isto faz com que, muitas vezes, n?o tenhamos pre?os para competir com a Alemanha, por exemplo, que compra e vende caf?s industrializados de diversas origens. N?s nos comportamos como ?pa?s-col?nia?, sem interesse no setor de valor agregado, tipo um complexo de ?vira lata?.?

O drawback, citado por Barreto, refere-se ? restitui??o ao exportador dos impostos alfandeg?rios, cobrados pela importa??o da mat?ria-prima utilizada na fabrica??o do produto exportado.

FUTURO

Para os pr?ximos anos, a Organiza??o Internacional do Caf? (OIC) prev? que a demanda do planeta por caf? aumente em 20 milh?es de sacas ao ano, saltando de 150 milh?es para 170 milh?es. O crescimento do consumo interno no Brasil est? previsto em 2,62% ao ano na pr?xima d?cada, segundo estimativa da Confedera??o Nacional de Agricultura (CNA).

Na vis?o de Barreto, o Pa?s n?o vai acompanhar este ritmo. ?O Brasil parou no tempo, n?o abre novos mercados h? cem anos. Neste mesmo per?odo, o Vietn? colocou 22 milh?es de sacas ao ano a mais no mercado e o Brasil continua com a mesma clientela, ou seja, perdeu mercado se comparado a outras na??es.?

Fonte: Agro Link

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