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Exporta??o de produtos florestais cresce e segmento j? ? o segundo da pauta do agro
1 de setembro de 2020

Compromisso brasileiro no Acordo de Paris defende a atividade como ben?fica para a fixa??o de carbono e reten??o de ?gua no solo

Os produtos florestais t?m se destacado na pauta de exporta??es do agroneg?cio, atingindo a segunda posi??o entre os principais segmentos da balan?a comercial do setor no per?odo de janeiro a maio deste ano. O volume exportado alcan?ou US$ 5,75 bilh?es nesses primeiros cinco meses, em alta de 30,5% em rela??o ao mesmo per?odo do ano passado, sendo superado apenas pelas vendas do complexo soja e a frente da exporta??o de carnes.

As exporta??es de madeiras e suas obras aumentaram 16,3%, atingindo US$ 1,44 bilh?o. As vendas externas de papel chegaram a US$ 803,34 milh?es.

O principal produto florestal ? a celulose com valor recorde de US$ 3,51 bilh?es. A quantidade exportada tamb?m foi recorde com 6,5 milh?es de toneladas (+14,0%) e o pre?o m?dio de exporta??o subiu (+28,5%).

O Brasil hoje ? o 3? maior exportador de celulose, participando com 13,2% do mercado mundial de US$ 47,98 bi. Do total da produ??o brasileira 69% destina-se ? exporta??o.

Segundo dados do IBGE, as florestas plantadas ocupam atualmente 10 milh?es de hectares, o que corresponde a 1% da ?rea agricult?vel do pa?s.

?O clima, o solo e a tecnologia que dispomos no Pa?s permitiram que ating?ssemos as maiores produtividades m?dias por ano do mundo?, explica o engenheiro agr?nomo Jo?o Salom?o, coordenador geral de Florestas e Assuntos da Pecu?ria do Minist?rio da Agricultura, Pecu?ria e Abastecimento (MAPA).

Em 2016, o Brasil liderou o ranking global de produtividade florestal, com m?dia de 35,7 m? ha/ano no plantio de eucalipto e 30,5 m? ha/ano no plantio de pinus, de acordo com os dados da Ind?stria Brasileira de ?rvores (IB?). A China est? em segundo lugar com 29 m? ha/ano (eucalipto) e 20 m? ha/ano (pinus). Mo?ambique ? o terceiro com 25 m?/ha ao ano (eucalipto) e 12 m?/ha (pinus).

?A produtividade brasileira ? maior que a de nossos concorrentes e ainda oferecemos produtos a pre?os mais competitivos no mercado mundial. Estamos aliados, naturalmente, ao desempenho das empresas brasileiras com ?mbito internacional de atua??o, bem relacionadas no mercado exterior, o que nos garantiu que alcan??ssemos n?meros de produ??o e exporta??o bastante expressivos?.

A velocidade de crescimento da ?rea de plantio ? de 100 a 200 mil hectares/ano, varia??o que depende da demanda dos consumidores internacionais e das condi??es econ?micas. O Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas prev? incremento de 2 milh?es de hectares de florestas plantadas at? 2030.

O aumento de 20% da ?rea plantada nesse prazo ? uma estimativa ?bastante conservadora?, segundo Salom?o. ?A meta ? bem poss?vel de ser alcan?ada.?

Sustentabilidade

Salom?o acredita que apesar de grande potencial de crescimento, em raz?o dos n?veis de produtividade, das pesquisas e de novas tecnologias, o setor ainda enfrenta ?rea??es com vi?s ideol?gico?, de cr?ticas ?s culturas de pinus e de eucalipto que seriam causadoras de danos ao meio ambiente.

O efeito ? inverso na opini?o do engenheiro agr?nomo.

?Na verdade, todos os compromissos brasileiros relacionados ?s mudan?as do clima ?
como o Acordo de Paris, por exemplo - sugerem que devemos aumentar as ?reas de florestas plantadas. As pesquisas e os dados hoje comprovam que as florestas plantadas s?o importantes para a conserva??o do meio ambiente, ben?ficas para a fixa??o de carbono e a reten??o de ?gua no solo.?

Salom?o indica que h? outro efeito indireto, essencialmente ben?fico para o meio ambiente. Somente a ?rea agricult?vel de 1% com florestas plantadas atende a 90% da demanda de produtos florestais para a ind?stria brasileiras.

?Se estamos consumindo florestas plantadas?, conclui Salom?o, ?contribu?mos para preservar as florestas prim?rias?.

No entanto, em diverg?ncia com a pol?tica nacional, algumas legisla??es estaduais, a exemplo do Rio Grande do Sul, exigem licenciamento ambiental que trata floresta plantada como atividade de alto potencial poluidor.

?Se plantar florestas ? bom, no m?nimo devemos questionar a necessidade desse licenciamento. Plantio de floresta n?o pode ter exig?ncia de licenciamento semelhante ao de uma mineradora?.

Duas outras barreiras que bloqueiam o aumento da produ??o de florestas plantadas est?o relacionadas ao cr?dito e ? log?stica.

?? preciso dispor de cr?dito adequado ? caracter?stica de longo prazo do setor, que demanda de 12 a 15 anos para a colheita, como ? o caso de pinus. As nossas linhas de financiamento precisam estar ajustadas a esses prazos. A log?stica ? tamb?m importante. A floresta n?o se transporta por longas dist?ncias. Precisamos de log?stica adequada, acess?vel para escoamento da produ??o?.

No Plano Agr?cola e Pecu?rio (PAP 2018/2019) h? linha de cr?dito de at? R$ 5 milh?es por projeto.

Pol?tica vem de 1970

A pol?tica de Florestas Plantadas come?ou a ser implementada nas d?cadas de 1970/1980, baseada em incentivo fiscal para planta??es de maci?os florestais, sob administra??o do IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal.

Em agosto de 2008, foi criada no Minist?rio da Agricultura a C?mara Setorial da Cadeia Produtiva da Silvicultura.

A partir de 2011, novos debates resultaram no decreto 8,375, de 11 de dezembro de 2014, que transferiu o setor para o Minist?rio da Agricultura. Antes de 2014, algumas fun??es importantes, com exce??o da pol?tica e do planejamento estrat?gico, j? eram desempenhadas pelo MAPA, tais como o registro de mudas e o cr?dito florestal.
O decreto de 2014 transferiu integralmente para o Minist?rio da Agricultura o setor de florestas plantadas, incluindo a pol?tica e seus instrumentos.

A C?mara Setorial de Silvicultura, com o nome atualizado para Florestas Plantadas, ? presidida por Walter Vieira Rezende, representante da Confedera??o Nacional da Agricultura e Pecu?ria (CNA).

Foto: Divulga??o/Mapa
Fonte: Mapa

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