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Faes prev? que 2016 ser? dif?cil para o agro
1 de setembro de 2020

O ano de 2016 deve ser dif?cil para os produtores rurais do Estado de Esp?rito Santo, que tem no caf? seu carro chefe da economia prim?ria. ?J? se prev? o comprometimento da safra por causa do prolongamento de fatores adversos ocorridos neste ano, que comprometeram a florada do caf?, al?m do significativo atraso na recupera??o das pastagens, provocada pela seca, que ainda se faz notar na maior parte do Estado, em plena ?poca da esta??o chuvosa?, comenta J?lio da Silva Rocha Junior, presidente da Federa??o de Agricultura e Pecu?ria do Esp?rito Santo (Faes).

Ele ressalta que s? o cultivo de caf? gera mais empregos que todas as principais empresas juntas, chegando a 400 mil postos de trabalho. ?A colheita foi muito prejudicada pelas inconformidades clim?ticas, chuvas torrenciais no final de 2013 e seca rigorosa no final deste ano. Das 12,5 milh?es de sacas produzidas, o caf? Conilon alcan?ou 9 milh?es de sacas, e o Ar?bica, 3,5 milh?es, sendo registradas as perdas de 50% na colheita do primeiro, e de 30 %, em m?dia, no segundo?, aponta Rocha Junior.

De acordo com ele, o Estado tamb?m enfrenta problemas nos pre?os do leite que, ?premido pelas pol?ticas p?blicas de importa??o e pela alta cota??o do d?lar, n?o remunera os custos de produ??o?.



AVALIA??O

Dentre as lavouras que tiveram destaque, o presidente da Faes cita o arroz, ?que n?o produzimos, mas foi favorecido pelo retorno dos antigos h?bitos alimentares, em fun??o da queda da capacidade de consumo de alimentos elaborados?. Ele tamb?m destaca a cana-de-a??car, cuja produ??o no ES ? pequena, mas houve um aquecimento em 2015, ?decorrente da eleva??o da cota??o do a??car, que provocou o crescimento dos pre?os do ?lcool?.

Segundo Rocha J?nior, a pecu?ria de corte vem mantendo pre?os bons, apesar de ?n?o termos autossufici?ncia na produ??o?. ?As frutas e legumes tiveram forte crescimento de pre?os, em raz?o da crise h?drica, que reduziu drasticamente a pr?tica da irriga??o.?

?A queda nos pre?os do leite decorre da queda de cota??o no mercado internacional e do crescimento da produ??o de 10% no Brasil. Em raz?o da seca, no Esp?rito Santo a produ??o de leite diminuiu em mais de 30%.?

No caf?, ?as lavouras tecnificadas, com n?veis satisfat?rios de produtividade, e os pre?os recebidos dever?o sobrepujar aos custos de produ??o?, acredita o presidente da Faes.



PIB DO AGRO

O PIB do agroneg?cio capixaba projetado para o ano de 2015 deve ser inferior (com queda de 31,11%) em compara??o ao do ano passado. ?Deve ser de 1,15% neste ano, sendo que em 2014 foi de 1,68% do PIB nacional, que dever? crescer 1,06%. Em ?mbito nacional, a expectativa ? de crescimento de 1,06% do PIB. O d?ficit h?drico que se registra em todo o Estado de Esp?rito Santo ? o fator determinante para esta queda?, diz Rocha J?nior.

Na vis?o do presidente da Faes, para melhorar este cen?rio em 2016, ? necess?rio que o agro brasileiro ?desatrele do bloco comercial do Mercosul, que vende menos de 3% do com?rcio mundial, migrando para os majorit?rios, que comercializam 63% de todo o com?rcio do planeta?.

Ele ainda aponta para a necessidade de reserva??o de ?gua e renegocia??o de d?vidas, consideradas vitais para o agroneg?cio do ES e do Pa?s. ?Precisamos incrementar o valor da produ??o, com qualidade de credibilidade pela seguran?a alimentar dos produtos e sua consequente compensa??o nos pre?os, observada a sustentabilidade.?

Rocha J?nior tamb?m aponta os avan?os em produtividade com qualidade, a menores custos. ?Isto tem de ser meta permanente, ainda que reconhecendo a majora??o da energia, dos combust?veis, dos insumos e da m?o de obra.?

?Nosso papel principal tem sido o de vender commodities. Temos de avaliar a conveni?ncia pela busca de outras oportunidades ainda n?o exploradas. Investir em portos e na extin??o da cobran?a do Adicional de Frete para Renova??o da Marinha Mercante (AFRMM), como em ferrovias e rodovias demandadas para aumentar nossa competitividade, sendo indispens?vel o aporte de recursos do governo federal.?



OUTROS PONTOS

O presidente da Fies ainda salienta que a desburocratiza??o e a baixa dos custos dos financiamentos e das concess?es de licenciamentos e de outorgas ?s?o essenciais e inadi?veis?.

?Perdermos 20% de nosso potencial, referente ? exig?ncia da Reserva Legal, (?nico pa?s do mundo com tal exig?ncia), somos o ?nico segmento do qual se ? exigida produtividade, sob a pena de sermos desapropriados.?

Por isto, Rocha J?nior acredita na necessidade de ?ajustar nossa legisla??o, pela a??o do Poder Legislativo, para cumprimos, com nossas reconhecidas potencialidades e compet?ncias de realizarmos 50% das metas da FAO (Organiza??o das Na??es Unidas para Alimenta??o e Agricultura), na produ??o de alimentos no mundo, que ser? acrescido de 2,5 bilh?es de pessoas, at? 2050.?

?Registramos, que quase um bilh?o de pessoas ainda passa fome no mundo. Compete-nos integrar um processo irrevers?vel, de comprometimento e responsabilidade, que somente juntos podemos realizar?, comenta Rocha J?nior.



DADOS DO ESTADO

Conforme dados do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assist?ncia T?cnica e Extens?o Rural (Incaper), ligado ao governo do Estado, o agroneg?cio capixaba responde por cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual, absorvendo aproximadamente 40% da popula??o economicamente ativa, sendo que 28% dela est?o diretamente ligadas ? produ??o. ?? a mais din?mica atividade econ?mica para cerca 80% dos munic?pios capixabas?, destaca a entidade.
O agroneg?cio do ES chegou a produzir, no ano 2000, cerca de R$ 6,5 bilh?es em termos de valor agregado, envolvendo cerca de 570 mil pessoas. O agroneg?cio foi ainda o grande respons?vel pelo saldo positivo da balan?a comercial do Esp?rito Santo, no ano de 2002. Do saldo global de U$ 569,4 milh?es, em torno de 88%, ou seja, U$ 498,7 milh?es, foram devidos ao agroneg?cio capixaba com predom?nio de caf? e pasta de celulose.



AGRICULTURA FAMILIAR

Estudo do Instituto Nacional de Coloniza??o e Reforma Agr?ria (INCRA) mostra que 77 % dos estabelecimentos rurais do ES s?o familiares. Este enorme contingente de trabalhadores ?com terra? det?m 40% da ?rea e gera 36% do valor da produ??o rural. ?A agricultura familiar ? uma vari?vel chave a ser levada em considera??o na formula??o do planejamento estrat?gico da agricultura capixaba?, diz o Incaper.

Os n?meros abaixo sintetizam a dimens?o e a import?ncia deste modo de produ??o no territ?rio capixaba: abrange 77% do total dos produtores; ocupa 220 mil agricultores; engloba 40% da ?rea rural; gera 36% do Valor da Produ??o Agropecu?ria (VPB); responde por 61% da produ??o de ole?colas; produz 56% da produ??o de cereais; ? respons?vel por 43% da produ??o de frutas, e por 62% quando n?o se considera a produ??o de mam?o; produz 42% da produ??o de leite; e, por fim, ? respons?vel por 41% da produ??o cafeeira.



Fonte: Sociedade Nacional da Agricultura /RJ

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