Falta de certifica??o prejudica venda brasileira de org?nicos
maior feira mundial de alimenta??o, a Anuga, que acontece na Alemanha, em outubro, foi lan?ada ontem no Brasil. Umas das tend?ncias apresentadas no lan?amento foi que o consumo de produtos org?nicos em mercados europeus ? cada vez mais forte. Contudo, a falta de certifica??o dos produtores brasileiros ? um empecilho ao aproveitamento desse mercado promissor.
Lauri M?ller, representante da feira no Brasil, reconhece que "ainda engatinhamos neste mercado, apesar de ser tend?ncia mundial. O Brasil exporta pouco para o mundo. O problema para exportar ? a quest?o da certifica??o dos produtos". Ele refor?a seu argumento dizendo que na Am?rica Latina n?o existem ?rg?os fortes que certifiquem os produtos, o solo e o manuseio dos produtos. "No Brasil ningu?m prova que nosso vinho ? vinho. N?o existe ?rg?o que d? credibilidade, por isto ? dif?cil exportar."
Dados da Federa??o Alem? da Ind?stria de Alimentos e Bebidas apontam de que no ano passado a exporta??o de produtos wellfood (frutas e legumes org?nicos ou frescos) oriundos do Brasil movimentou R$ 7,7 bilh?es. A Federa??o mostra que o destaque foi para suco de frutas e legumes - vendeu R$ 624 milh?es, assim como frutas frescas e tropicais, que somaram R$ 207 milh?es.
A pesquisa alem? d? conta de que o interesse dos alem?es em consumir esses alimentos gira em em torno de 13,2 milh?es de domic?lios, mas apenas 4,2 milh?es os consomem.
Falta volume
Renata Tozaki, coordenadora de inspe??o da Organizaci?n Internacional Agropecuaria (OIA), empresa que que est? presente no Brasil, na Argentina e nos Estados Unidos, diz que a produ??o brasileira ? forte, mas a comercializa??o ? muito fraca.
Do ponto de vista de Tozaki, "muita gente se diz natural e org?nico, mas n?o faz a certifica??o, e para o mercado isto ? extremamente necess?rio".
"A grande dificuldade do produtor certificado ? repassar os produtos ao consumidor. No caso de exporta??o, ? preciso volume. No Brasil, os produtores s?o pequenos, n?o t?m grandes volumes, apesar da demanda interna e externa ser muito grande". Ela destaca que o pre?o final ? caro e a sazonalidade dos produtos ? outra barreira que atrapalha os neg?cios.
Renata destaque que, somente no Brasil, a IOA tem 130 produtores certificados e a maioria dos produtos ? de hortali?as e frutas. "O escoamento destes produtos vai para grandes redes como P?o de A??car e Carrefour. O restante ? englobado por m?dios varejos e pelas feiras livres."
Tend?ncias
Na Europa, as redes de supermercados, de acordo com Peter Grothues, tem a tend?ncia de vender mais produtos desta natureza. "Uma boa rede de supermercados tem ao menos 150 a 500 itens org?nicos. At? mesmo redes tradicionais j? t?m espa?o para estes produtos, principalmente nos ?ltimos dois anos." revela o vice presidente.
O diretor de Marca Pr?pria do Carrefour, Claudio Irie confirma a tend?ncia tamb?m no Brasil, mas n?o revela n?meros. "Essa categoria deve ganhar cada vez mais relev?ncia em linhas de marcas pr?prias."
Segundo a organiza??o, a Anuga apresentar?, de 10 a 14 de outubro deste ano, na Alemanha, mais de 6 mil expositores de 100 pa?ses, em seus 300 mil m?. A expectativa ? ter visitantes de 170 pa?ses. "Ser?o 10 ?reas tem?ticas, com destaque para o setor de bebidas, alimenta??o para terceira idade e para a Turquia, pa?s convidado", ressalta Peter Grothues, vice-presidente da feira.
Para ele, "somente na feira de doces, que come?ou ontem na Alemanha, as 27 empresas brasileiras que participaram fizeram ao menos 1,3 mil contatos de alto n?vel e a possibilidade de neg?cios ? de US$ 60 milh?es".
Lauri M?ller, representante oficial da Anuga no Brasil, informou que 85% dos espa?os para brasileiros j? est?o ocupados. "Queremos ultrapassar os 4 mil m?. O gasto m?dio ser? de R$ 7,5 milh?es. Claro que a Ag?ncia de Promo??o de Exporta??es e Investimentos [Apex-Brasil] subsidia parte do investimento", explica. Em 2007, 150 empresas participaram da Anuga e giraram aproximadamente US$ 963 milh?es em neg?cios na ?poca.
O aumento no consumo de produtos org?nicos na Europa e a abertura ao mercado brasileiro ? uma das tend?ncias apontadas na edi??o 2009 da maior feira de alimenta??o do mundo.
Fonte: DCI
Lauri M?ller, representante da feira no Brasil, reconhece que "ainda engatinhamos neste mercado, apesar de ser tend?ncia mundial. O Brasil exporta pouco para o mundo. O problema para exportar ? a quest?o da certifica??o dos produtos". Ele refor?a seu argumento dizendo que na Am?rica Latina n?o existem ?rg?os fortes que certifiquem os produtos, o solo e o manuseio dos produtos. "No Brasil ningu?m prova que nosso vinho ? vinho. N?o existe ?rg?o que d? credibilidade, por isto ? dif?cil exportar."
Dados da Federa??o Alem? da Ind?stria de Alimentos e Bebidas apontam de que no ano passado a exporta??o de produtos wellfood (frutas e legumes org?nicos ou frescos) oriundos do Brasil movimentou R$ 7,7 bilh?es. A Federa??o mostra que o destaque foi para suco de frutas e legumes - vendeu R$ 624 milh?es, assim como frutas frescas e tropicais, que somaram R$ 207 milh?es.
A pesquisa alem? d? conta de que o interesse dos alem?es em consumir esses alimentos gira em em torno de 13,2 milh?es de domic?lios, mas apenas 4,2 milh?es os consomem.
Falta volume
Renata Tozaki, coordenadora de inspe??o da Organizaci?n Internacional Agropecuaria (OIA), empresa que que est? presente no Brasil, na Argentina e nos Estados Unidos, diz que a produ??o brasileira ? forte, mas a comercializa??o ? muito fraca.
Do ponto de vista de Tozaki, "muita gente se diz natural e org?nico, mas n?o faz a certifica??o, e para o mercado isto ? extremamente necess?rio".
"A grande dificuldade do produtor certificado ? repassar os produtos ao consumidor. No caso de exporta??o, ? preciso volume. No Brasil, os produtores s?o pequenos, n?o t?m grandes volumes, apesar da demanda interna e externa ser muito grande". Ela destaca que o pre?o final ? caro e a sazonalidade dos produtos ? outra barreira que atrapalha os neg?cios.
Renata destaque que, somente no Brasil, a IOA tem 130 produtores certificados e a maioria dos produtos ? de hortali?as e frutas. "O escoamento destes produtos vai para grandes redes como P?o de A??car e Carrefour. O restante ? englobado por m?dios varejos e pelas feiras livres."
Tend?ncias
Na Europa, as redes de supermercados, de acordo com Peter Grothues, tem a tend?ncia de vender mais produtos desta natureza. "Uma boa rede de supermercados tem ao menos 150 a 500 itens org?nicos. At? mesmo redes tradicionais j? t?m espa?o para estes produtos, principalmente nos ?ltimos dois anos." revela o vice presidente.
O diretor de Marca Pr?pria do Carrefour, Claudio Irie confirma a tend?ncia tamb?m no Brasil, mas n?o revela n?meros. "Essa categoria deve ganhar cada vez mais relev?ncia em linhas de marcas pr?prias."
Segundo a organiza??o, a Anuga apresentar?, de 10 a 14 de outubro deste ano, na Alemanha, mais de 6 mil expositores de 100 pa?ses, em seus 300 mil m?. A expectativa ? ter visitantes de 170 pa?ses. "Ser?o 10 ?reas tem?ticas, com destaque para o setor de bebidas, alimenta??o para terceira idade e para a Turquia, pa?s convidado", ressalta Peter Grothues, vice-presidente da feira.
Para ele, "somente na feira de doces, que come?ou ontem na Alemanha, as 27 empresas brasileiras que participaram fizeram ao menos 1,3 mil contatos de alto n?vel e a possibilidade de neg?cios ? de US$ 60 milh?es".
Lauri M?ller, representante oficial da Anuga no Brasil, informou que 85% dos espa?os para brasileiros j? est?o ocupados. "Queremos ultrapassar os 4 mil m?. O gasto m?dio ser? de R$ 7,5 milh?es. Claro que a Ag?ncia de Promo??o de Exporta??es e Investimentos [Apex-Brasil] subsidia parte do investimento", explica. Em 2007, 150 empresas participaram da Anuga e giraram aproximadamente US$ 963 milh?es em neg?cios na ?poca.
O aumento no consumo de produtos org?nicos na Europa e a abertura ao mercado brasileiro ? uma das tend?ncias apontadas na edi??o 2009 da maior feira de alimenta??o do mundo.
Fonte: DCI