Falta de cr?dito frustra plano de safra
A escassez de cr?dito deve frustrar as expectativas do governo de bater mais um recorde de produ??o de alimentos no ano que vem. A safra 2008/2009 de arroz, feij?o, soja, milho, algod?o e outros gr?os, que come?a a ser plantada no Centro-Sul do Pa?s, est? projetada em 144,55 milh?es de toneladas, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) feita no in?cio deste m?s.
Nas ?ltimas semanas, com o freio nos financiamentos para a compra de insumos essenciais para o plantio, como fertilizantes e defensivos, a Confedera??o da Agricultura e Pecu?ria do Brasil (CNA) j? v? risco de queda de, no m?nimo, 5% nos volumes em rela??o ao que projetado. Isso significa 7,2 milh?es de toneladas de gr?os a menos na oferta dom?stica e nas exporta??es e um recuo de 4,5% em rela??o ? safra 2007/2008, que atingiu o recorde de 143,8 milh?es de toneladas. Se a safra 2008/2009 for menor que a anterior, ser? a primeira queda em volume em tr?s anos.
"A estimativa de redu??o ? conservadora", diz o presidente da Comiss?o Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Jos? Mario Schreiner. Ele observa que, se a falta de cr?dito persistir nos pr?ximos 30 dias, per?odo crucial para o plantio da safra de ver?o, o risco de afetar a produ??o cresce.
Como a agricultura ? uma atividade sazonal, os insumos t?m ?poca certa para serem aplicados na lavoura. N?o adianta o dinheiro chegar para a compra do adubo ou do defensivo quando passou essa fase. O reflexo da falta de cr?dito ? a queda na produtividade, pois j? h? agricultores dispostos a plantar sem adubo.
Na semana passada, o governo tomou medidas emergenciais para irrigar o cr?dito para a agricultura. Diminuiu a al?quota dos dep?sitos compuls?rios dos bancos comerciais no Banco Central (BC). Com isso, as institui??es t?m agora R$ 5,5 bilh?es a mais para financiar o plantio. "Se esse dinheiro chegasse ?s m?os do agricultor, seria suficiente", diz Antonio Chavaglia, presidente da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), importante p?lo de produ??o de soja. O problema ? que os recursos ainda n?o foram liberados ao produtor.
"O governo est? colocando mais dinheiro nas m?os dos bancos, ajudando os gordos a ficarem mais gordos ", critica o conselheiro da Associa??o dos Produtores de Soja (Aprosoja) do Estado do Mato Grosso e vice-presidente da Associa??o Matogrossense dos Produtores de Algod?o, Carlos Augustin. Ele diz que a situa??o ? cr?tica no Mato Grosso porque a crise de cr?dito coincidiu com o vencimento dos empr?stimos da safra passada. O Estado responde por 30% da produ??o de soja e pela metade da safra de algod?o.
No caso do algod?o,? praxe o agricultor quitar o financiamento para venda externa da safra passada (ACC) nesta ?poca do ano e renov?-lo imediatamente. "Hoje o banco est? exigindo a quita??o do empr?stimo antigo sem a renova??o da linha de cr?dito", relata Augustin.
O quadro se agrava porque a outra fonte de cr?dito - as grandes processadoras de gr?os e as ind?strias de fertilizantes costumam negociar os gr?os fornecendo insumos - tamb?m secou. Levantamento da Aprosoja revela que, em 2007, 70% dos produtores de Mato Grosso tinham obtido recursos com fornecedores de insumos e companhias tradings para o plantio da safra de soja. Neste ano, foram 24%. "As tradings se recolheram e as processadoras de adubos em Rondon?polis (MT) est?o estocadas", diz Augustin.
N?o bastasse a falta de cr?dito, h? o temor de financiar o agricultor por causa do recuo do pre?o dos gr?os no mercado externo e da eleva??o de custos, puxados especialmente pelos fertilizantes, que subiram 50% em d?lar em rela??o a 2007.
Em Mato Grosso, exemplifica Augustin, o custo do hectare para plantar soja nesta safra ? de US$ 800. Em mar?o, quando o gr?o valia US$ 14 por bushel na Bolsa de Chicago, a receita esperada era de US$ 700 por hectare. De l? para c?, o pre?o da soja caiu para US$ 9 por bushel. "Quem vai querer financiar o produtor nessa situa??o de preju?zo garantido?"
Impacto da crise
144,55 milh?es
de toneladas de gr?os ? a previs?o da Conab para safra 2008-2009
7,2 milh?es
? o quanto deve ser ofertado a menos de gr?os no mercado interno e nas exporta??es, segundo proje??o da CNA 4,5% ? o recuo em rela??o ? ?ltima safra
143,8 milh?es de toneladas foi a safra de gr?os no per?odo 2007-2008.
Na semana passada, o governo tomou medidas emergenciais para irrigar o cr?dito para a agricultura. Diminuiu a al?quota dos dep?sitos compuls?rios dos bancos comerciais no Banco Central (BC). Com isso, as institui??es t?m agora R$ 5,5 bilh?es a mais para financiar o plantio. "Se esse dinheiro chegasse ?s m?os do agricultor, seria suficiente", diz Antonio Chavaglia, presidente da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), importante p?lo de produ??o de soja. O problema ? que os recursos ainda n?o foram liberados ao produtor.
"O governo est? colocando mais dinheiro nas m?os dos bancos, ajudando os gordos a ficarem mais gordos ", critica o conselheiro da Associa??o dos Produtores de Soja (Aprosoja) do Estado do Mato Grosso e vice-presidente da Associa??o Matogrossense dos Produtores de Algod?o, Carlos Augustin. Ele diz que a situa??o ? cr?tica no Mato Grosso porque a crise de cr?dito coincidiu com o vencimento dos empr?stimos da safra passada. O Estado responde por 30% da produ??o de soja e pela metade da safra de algod?o.
No caso do algod?o,? praxe o agricultor quitar o financiamento para venda externa da safra passada (ACC) nesta ?poca do ano e renov?-lo imediatamente. "Hoje o banco est? exigindo a quita??o do empr?stimo antigo sem a renova??o da linha de cr?dito", relata Augustin.
O quadro se agrava porque a outra fonte de cr?dito - as grandes processadoras de gr?os e as ind?strias de fertilizantes costumam negociar os gr?os fornecendo insumos - tamb?m secou. Levantamento da Aprosoja revela que, em 2007, 70% dos produtores de Mato Grosso tinham obtido recursos com fornecedores de insumos e companhias tradings para o plantio da safra de soja. Neste ano, foram 24%. "As tradings se recolheram e as processadoras de adubos em Rondon?polis (MT) est?o estocadas", diz Augustin.
N?o bastasse a falta de cr?dito, h? o temor de financiar o agricultor por causa do recuo do pre?o dos gr?os no mercado externo e da eleva??o de custos, puxados especialmente pelos fertilizantes, que subiram 50% em d?lar em rela??o a 2007.
Em Mato Grosso, exemplifica Augustin, o custo do hectare para plantar soja nesta safra ? de US$ 800. Em mar?o, quando o gr?o valia US$ 14 por bushel na Bolsa de Chicago, a receita esperada era de US$ 700 por hectare. De l? para c?, o pre?o da soja caiu para US$ 9 por bushel. "Quem vai querer financiar o produtor nessa situa??o de preju?zo garantido?"
Impacto da crise
144,55 milh?es
de toneladas de gr?os ? a previs?o da Conab para safra 2008-2009
7,2 milh?es
? o quanto deve ser ofertado a menos de gr?os no mercado interno e nas exporta??es, segundo proje??o da CNA
4,5% ? o recuo
em rela??o ? ?ltima safra
143,8 milh?es
de toneladas foi a safra de gr?os no per?odo 2007-2008
Fonte: Ag?ncia Estado
Nas ?ltimas semanas, com o freio nos financiamentos para a compra de insumos essenciais para o plantio, como fertilizantes e defensivos, a Confedera??o da Agricultura e Pecu?ria do Brasil (CNA) j? v? risco de queda de, no m?nimo, 5% nos volumes em rela??o ao que projetado. Isso significa 7,2 milh?es de toneladas de gr?os a menos na oferta dom?stica e nas exporta??es e um recuo de 4,5% em rela??o ? safra 2007/2008, que atingiu o recorde de 143,8 milh?es de toneladas. Se a safra 2008/2009 for menor que a anterior, ser? a primeira queda em volume em tr?s anos.
"A estimativa de redu??o ? conservadora", diz o presidente da Comiss?o Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Jos? Mario Schreiner. Ele observa que, se a falta de cr?dito persistir nos pr?ximos 30 dias, per?odo crucial para o plantio da safra de ver?o, o risco de afetar a produ??o cresce.
Como a agricultura ? uma atividade sazonal, os insumos t?m ?poca certa para serem aplicados na lavoura. N?o adianta o dinheiro chegar para a compra do adubo ou do defensivo quando passou essa fase. O reflexo da falta de cr?dito ? a queda na produtividade, pois j? h? agricultores dispostos a plantar sem adubo.
Na semana passada, o governo tomou medidas emergenciais para irrigar o cr?dito para a agricultura. Diminuiu a al?quota dos dep?sitos compuls?rios dos bancos comerciais no Banco Central (BC). Com isso, as institui??es t?m agora R$ 5,5 bilh?es a mais para financiar o plantio. "Se esse dinheiro chegasse ?s m?os do agricultor, seria suficiente", diz Antonio Chavaglia, presidente da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), importante p?lo de produ??o de soja. O problema ? que os recursos ainda n?o foram liberados ao produtor.
"O governo est? colocando mais dinheiro nas m?os dos bancos, ajudando os gordos a ficarem mais gordos ", critica o conselheiro da Associa??o dos Produtores de Soja (Aprosoja) do Estado do Mato Grosso e vice-presidente da Associa??o Matogrossense dos Produtores de Algod?o, Carlos Augustin. Ele diz que a situa??o ? cr?tica no Mato Grosso porque a crise de cr?dito coincidiu com o vencimento dos empr?stimos da safra passada. O Estado responde por 30% da produ??o de soja e pela metade da safra de algod?o.
No caso do algod?o,? praxe o agricultor quitar o financiamento para venda externa da safra passada (ACC) nesta ?poca do ano e renov?-lo imediatamente. "Hoje o banco est? exigindo a quita??o do empr?stimo antigo sem a renova??o da linha de cr?dito", relata Augustin.
O quadro se agrava porque a outra fonte de cr?dito - as grandes processadoras de gr?os e as ind?strias de fertilizantes costumam negociar os gr?os fornecendo insumos - tamb?m secou. Levantamento da Aprosoja revela que, em 2007, 70% dos produtores de Mato Grosso tinham obtido recursos com fornecedores de insumos e companhias tradings para o plantio da safra de soja. Neste ano, foram 24%. "As tradings se recolheram e as processadoras de adubos em Rondon?polis (MT) est?o estocadas", diz Augustin.
N?o bastasse a falta de cr?dito, h? o temor de financiar o agricultor por causa do recuo do pre?o dos gr?os no mercado externo e da eleva??o de custos, puxados especialmente pelos fertilizantes, que subiram 50% em d?lar em rela??o a 2007.
Em Mato Grosso, exemplifica Augustin, o custo do hectare para plantar soja nesta safra ? de US$ 800. Em mar?o, quando o gr?o valia US$ 14 por bushel na Bolsa de Chicago, a receita esperada era de US$ 700 por hectare. De l? para c?, o pre?o da soja caiu para US$ 9 por bushel. "Quem vai querer financiar o produtor nessa situa??o de preju?zo garantido?"
Impacto da crise
144,55 milh?es
de toneladas de gr?os ? a previs?o da Conab para safra 2008-2009
7,2 milh?es
? o quanto deve ser ofertado a menos de gr?os no mercado interno e nas exporta??es, segundo proje??o da CNA 4,5% ? o recuo em rela??o ? ?ltima safra
143,8 milh?es de toneladas foi a safra de gr?os no per?odo 2007-2008.
Na semana passada, o governo tomou medidas emergenciais para irrigar o cr?dito para a agricultura. Diminuiu a al?quota dos dep?sitos compuls?rios dos bancos comerciais no Banco Central (BC). Com isso, as institui??es t?m agora R$ 5,5 bilh?es a mais para financiar o plantio. "Se esse dinheiro chegasse ?s m?os do agricultor, seria suficiente", diz Antonio Chavaglia, presidente da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), importante p?lo de produ??o de soja. O problema ? que os recursos ainda n?o foram liberados ao produtor.
"O governo est? colocando mais dinheiro nas m?os dos bancos, ajudando os gordos a ficarem mais gordos ", critica o conselheiro da Associa??o dos Produtores de Soja (Aprosoja) do Estado do Mato Grosso e vice-presidente da Associa??o Matogrossense dos Produtores de Algod?o, Carlos Augustin. Ele diz que a situa??o ? cr?tica no Mato Grosso porque a crise de cr?dito coincidiu com o vencimento dos empr?stimos da safra passada. O Estado responde por 30% da produ??o de soja e pela metade da safra de algod?o.
No caso do algod?o,? praxe o agricultor quitar o financiamento para venda externa da safra passada (ACC) nesta ?poca do ano e renov?-lo imediatamente. "Hoje o banco est? exigindo a quita??o do empr?stimo antigo sem a renova??o da linha de cr?dito", relata Augustin.
O quadro se agrava porque a outra fonte de cr?dito - as grandes processadoras de gr?os e as ind?strias de fertilizantes costumam negociar os gr?os fornecendo insumos - tamb?m secou. Levantamento da Aprosoja revela que, em 2007, 70% dos produtores de Mato Grosso tinham obtido recursos com fornecedores de insumos e companhias tradings para o plantio da safra de soja. Neste ano, foram 24%. "As tradings se recolheram e as processadoras de adubos em Rondon?polis (MT) est?o estocadas", diz Augustin.
N?o bastasse a falta de cr?dito, h? o temor de financiar o agricultor por causa do recuo do pre?o dos gr?os no mercado externo e da eleva??o de custos, puxados especialmente pelos fertilizantes, que subiram 50% em d?lar em rela??o a 2007.
Em Mato Grosso, exemplifica Augustin, o custo do hectare para plantar soja nesta safra ? de US$ 800. Em mar?o, quando o gr?o valia US$ 14 por bushel na Bolsa de Chicago, a receita esperada era de US$ 700 por hectare. De l? para c?, o pre?o da soja caiu para US$ 9 por bushel. "Quem vai querer financiar o produtor nessa situa??o de preju?zo garantido?"
Impacto da crise
144,55 milh?es
de toneladas de gr?os ? a previs?o da Conab para safra 2008-2009
7,2 milh?es
? o quanto deve ser ofertado a menos de gr?os no mercado interno e nas exporta??es, segundo proje??o da CNA
4,5% ? o recuo
em rela??o ? ?ltima safra
143,8 milh?es
de toneladas foi a safra de gr?os no per?odo 2007-2008
Fonte: Ag?ncia Estado