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Faltam recursos para financiar a economia verde
1 de setembro de 2020

A falta de recursos para financiar a economia verde e de metas para o desenvolvimento sustent?vel poder?o prejudicar a oferta global de alimentos e comprometer a competitividade do agroneg?cio brasileiro. O alerta ? da presidente da Confedera??o da Agricultura e Pecu?ria do Brasil (CNA), diante da aus?ncia de regras relacionadas a estes dois pontos no documento final da Confer?ncia das Na??es Unidas sobre Desenvolvimento Sustent?vel (Rio+20). ?Terminamos a Rio+20 com muito verbo e pouca verba?, avalia a senadora.

Na sua avalia??o, as discuss?es pouco avan?aram nesta Confer?ncia devido ? crise dos pa?ses desenvolvidos, ?que resistem em compensar as na??es em desenvolvimento que praticam a??es sustent?veis e mant?m seus biomas preservados, como o Brasil?. Ela ressalta que o Pa?s pratica uma das melhores e mais sustent?veis agriculturas do planeta, produzindo comida em apenas 27,75% do territ?rio e conservando 61% da sua vegeta??o nativa.

?Infelizmente, a quest?o da crise, que ? uma realidade, dificultou as negocia??es. Mas os pa?ses desenvolvidos, que est?o com suas ?reas totalmente desmatadas e emitem grandes quantidades de gases, contribuindo para o aquecimento global com suas ind?strias, precisam compensar os pa?ses em desenvolvimento que deixam de emitir, protegendo seus biomas?, afirma a presidente da CNA. Uma das iniciativas que defendeu na Rio+20 foi a cria??o de um fundo internacional para financiamento e difus?o de tecnologia que contribua para o desenvolvimento agr?cola e pecu?rio, com respeito ao meio ambiente.

A senadora lamentou que o texto final da Rio+20 tenha eliminado a possibilidade de cria??o de um fundo de US$ 30 bilh?es para financiar a??es de desenvolvimento sustent?vel nos pa?ses mais pobres. Esta fonte de recursos, disse a senadora, poderia ajudar na recupera??o de terras degradadas no mundo, com o objetivo de ampliar a produ??o de alimentos para atender ? demanda da popula??o mundial, estimada em nove bilh?es de habitantes, em 2050, pela Organiza??o das Na??es Unidas para Agricultura e Alimenta??o (FAO). Na sua avalia??o, o fundo de US$ 30 bilh?es, proposto nos debates da Confer?ncia, se n?o traz volume suficiente de recursos, ajudaria a resolver ?os problemas mais urgentes?. ?Precisamos deste fundo e da defini??o dos recursos?, completa a senadora.

?No Brasil, temos programas para financiar as a??es sustent?veis como a recupera??o de ?reas degradadas, que financiam os produtores a longo prazo, com juros baixos. Mas temos terras no mundo inteiro e, se n?o fizermos essa recupera??o, n?o conseguiremos atender ? demanda mundial por alimentos?, pondera a presidente da CNA. Ela acrescenta que, no Brasil, h? 40 milh?es de hectares de terras degradas, o equivalente a 15% da ?rea de produ??o agropecu?ria do Pa?s, e o custo para a recupera??o destes locais ? de aproximadamente R$ 80 bilh?es.

Outro problema apontado pela senadora nos debates foi a aus?ncia de metas de desenvolvimento sustent?vel, que devem ser definidas apenas em 2015. Para a presidente da CNA, esta era uma medida necess?ria para come?a a reduzir as assimetrias entre os pa?ses e n?o comprometer a competitividade do agroneg?cio brasileiro. Sobre este ponto, ela explica que o Brasil, que tem uma das leis ambientais mais rigorosas do mundo, compete com pa?ses que n?o possuem as exig?ncias ambientais impostas aos produtores brasileiros.

?O Brasil tem leis demais, enquanto outros pa?ses praticamente n?o t?m leis. Isso tira a nossa competitividade porque as boas pr?ticas de sustentabilidade custam dinheiro e n?s temos ?nus para produzir alimentos no Brasil. Isso n?o ? justo com os nossos produtores e empres?rios, pois os que mais defendem a sustentabilidade s?o os que ficar?o mais prejudicados se n?o reduzirmos essas assimetrias?, afirma.

Fonte: Canal do Produtor

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