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Fruticultura empreendedora
1 de setembro de 2020

Fruticultura empreendedora

Cultivo de frutas cresce no Esp?rito Santo, diversificando produ??o rural e gerando renda no campo





Nos ?ltimos anos, o cultivo de frutas vem ganhando espa?o e aumentando a renda de fam?lias rurais do Esp?rito Santo. A fruticultura j? representa 17% do Valor Bruto da Produ??o Agropecu?ria, aquele valor que fica com o produtor. Depois do caf? e da pecu?ria, de carne e leite, ? a terceira atividade na forma??o de renda no setor rural. S?o aproximadamente 85 mil hectares de ?rea plantada com frutas no Estado movimentando cerca de 600 milh?es de reais. A uni?o da cadeia produtiva est? possibilitando parcerias que t?m resultado em crescimento do setor da fruticultura. Implantando novas tecnologias no cultivo, os fruticultores conseguiram aumentar a produ??o do Estado de 750 mil toneladas, em 2002, para um milh?o e trezentas mil em 2012.
Na regi?o noroeste, observamos um dos exemplos de sucesso na fruticultura capixaba. A for?a empreendedora dos produtores, com o apoio de entidades do setor, tornou a manga ub?, que sobrava no quintal das propriedades rurais, um grande neg?cio para os agricultores familiares. O potencial da fruta cresceu ap?s o in?cio do processamento na ind?stria de polpa de frutas Trop Brasil, sediada em Linhares. De acordo com o t?cnico do Instituto Capixaba de pesquisa, Assist?ncia T?cnica e Extens?o Rural (Incaper), Cesar Teixeira, um dos coordenadores comit? do Polo de Manga do Estado, o trabalho integrado da cadeia produtiva resultou em uma nova oportunidade para as fam?lias rurais. ?S?o 17 munic?pios envolvidos no Polo, todos com seus representantes de entidades rurais no comit?. Esse ? o diferencial, a organiza??o baseada na coopera??o entre os diversos atores do processo?, destaca Teixeira.


Nesta safra de 2012, que come?ou a ser colhida em novembro a tend?ncia ? que a colheita siga at? final de janeiro e in?cio de fevereiro. Segundo o t?cnico do Incaper, o grande desafio do setor da manga ? aumentar a produtividade. ?Das variedades de manga que conhecemos, a ub? ? a menos estudada. Junto com os produtores, precisamos utilizar tecnologias para diminuir a altern?ncia fisiol?gica da planta e evitar a varia??o de safras em cada ano?, diz Teixeira. E a demanda pela fruta ? crescente no Estado. A Trop Brasil, ind?stria de polpa de frutas sediada em Linhares, tem um potencial para processamento da fruta que ainda n?o ? atendido pelos produtores capixabas. Em geral, a empresa, adquirida pela SABB Coca Cola recentemente, possui capacidade para processar at? 25 mil toneladas de frutas por ano, o que representa a produ??o m?dia de 11 mil toneladas de polpa no mesmo per?odo e mant?m 140 postos de trabalho.

Um dos grandes incentivadores deste projeto da manga ? o Servi?o Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Com a metodologia de gest?o e acompanhamento das a??es implantadas no Polo, a entidade se tornou um aliado essencial para os agricultores locais. De acordo com o analista e gestor de fruticultura do Sebrae no Esp?rito Santo, M?rcio Rosalem, o ?rg?o atua nas capacita??es dos envolvidos no Polo. ?Todas as atividade voltadas a gest?o da atividade rural n?s estamos trabalhando com o produtor e participando ativamente das reuni?es do comit? gestor para acompanhar a aplica??o das metodologias implantadas?, diz.

Na regi?o norte do Estado, o munic?pio de Jaguar? se destaca pelo cultivo do caf?, sendo um dos maiores produtores do Brasil. Por?m, a diversifica??o agr?cola cresce nas propriedades e os produtores investem na cultura do maracuj?. A organiza??o dos produtores na Cooperativa dos Produtores Rurais de Jaguar? (Coopruj) possibilita melhores resultados no campo, como na hora de negociar a venda da fruta. ?Hoje a produ??o no campo ? muito dif?cil, devido a clima, doen?as, m?o de obra. Ent?o, estamos trabalhando dessa forma planejada e organizada para levar uma fruta com seguran?a para o consumidor?, diz F?bio Fiorot, presidente da Coopruj.



Para manter o ritmo de crescimento com planejamento de ?rea plantada e diminuir as oscila??es do mercado, a cooperativa est? realizando um estudo com apoio do Sebrae, com diz F?bio Fiorot. ?A gente trabalha em cima de um erro que foi cometido l? atr?s. Hoje n?s temos o controle de toda ?rea plantada e a gente orienta o produtor a plantar baseado em um planejamento de safra?, destaca Fiorot.

Para o gestor de fruticultura do Sebrae, o diagn?stico iniciado na cadeia produtiva do maracuj? em 2011 possibilitou projetar melhores resultados para os produtores. ?Nesse trabalho foi poss?vel levantar os pontos da cadeia produtiva de dentro e fora da porteira. Todo setor foi mapeado e divulgado entre os produtores para fortalecer o Polo do Maracuj??, afirma Rosalem. Outro aliado no processo ? a ind?stria que, nesse caso, tem contrato com a cooperativa e garante a comercializa??o da fruta cultivada. Com organiza??o e planejamento, os produtores rurais conseguem mais seguran?a e melhores negocia??es com fornecedores e compradores. ?A forma de trabalhar ? simples. A gente canaliza toda comunica??o com os produtores, como negocia??o e discuss?o de pre?os, atrav?s da diretoria das cooperativas?, explica Marcos Leonardo Miranda, gerente da Trop Brasil.



Os resultados alcan?ados at? agora parecem estar apenas come?ando. O consumo de frutas est? em ascens?o em todo mundo, como no Brasil e nos Estados Unidos. Em territ?rio brasileiro, o consumo m?dio ? de 57 quilos por ano, enquanto a recomenda??o da Organiza??o Mundial da Sa?de ? de 100 quilos por ano por cada habitante. ?Vemos no Esp?rito Santo um importante centro produtivo, com enorme potencial e oportunidades e com um p?blico s?rio, batalhador e que deseja ver o desenvolvimento ocorrer. Encontramos no produtor capixaba uma integra??o muito grande com a ind?stria e uma maturidade muito grande nas tratativas e negocia??es do mercado. S?o v?rias as oportunidades e todas elas convergem para uma produ??o cada vez maior e de melhor qualidade?, afirma Mauro Ribeiro, Diretor de Rela??es Institucionais da SABB.

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