Fus?o de cooperativas de leite para beneficiar produtor rural
1 de setembro de 2020
A uni?o de cooperativas pode reduzir despesas, aumentar a competitividade do setor e valorizar o trabalho do produtor
As cooperativas concentram o bra?o comercial do produtor rural. S?o elas as respons?veis por escoar a produ??o agropecu?ria, preocupando-se na busca por compradores e por melhores pre?os para os produtos.
Os produtores plantam, criam, colhem e produzem com a finalidade de obter lucro com a sa?da de sua produ??o. Mas, por n?o terem meios eficientes para isso, vendem seus produtos ?s cooperativas, que, com a concentra??o de mercadoria, conseguem fazer neg?cios mais vantajosos.
Produtores rurais insatisfeitos
No Esp?rito Santo, muitos produtores de leite n?o est?o satisfeitos com o que recebem das cooperativas. Hoje, muitos reclamam que ganham pouco pelo litro de leite, enquanto as cooperativas lucram com a venda de produtos com valor agregado, como iogurte, doce de leite, coalhada e manteiga.
?O que o produtor recebe pelo litro de leite est? abaixo dos custos necess?rios para seu sustento. N?o d? pra viver s? dessa produ??o?, afirma o produtor de Cachoeiro de Itapemirim, Jos? Onofre Lopes, que tamb?m produz caf? e trabalha com contabilidade.
?Se eu n?o tivesse outra atividade, n?o teria como sobreviver?, diz. Ele recebe R$0,61 por litro, o que lhe resulta em receita em torno de R$2,4 mil mensais. O valor mal ? suficiente para suprir as despesas com funcion?rios, materiais e outros gastos. Os custos de sua produ??o ultrapassam os R$ 2 mil.
O que pensam as cooperativas
Quando questionado sobre a reclama??o dos cooperados em rela??o aos valores recebidos pelo litro de leite, o presidente eleito da Cooperativa Veneza, Jos? Carnieli, creditou a raz?o do valor pago ao pecuarista a uma s?rie de fatores.
?O sistema recebe o leite do cooperado, transforma em produto, deduz despesas, que sofrem impactos de fatores clim?ticos, mercado externo e c?mbio, e o que sobra paga ao produtor. N?o lucramos com isso?, diz.
O presidente da Comiss?o T?cnica de Leite da Faes, Rodrigo Monteiro, afirma que as cooperativas no Estado trabalham de maneira individual. V?rias cooperativas precisam fazer o mesmo percurso para transportar o leite, mas cada uma utiliza seu pr?prio ve?culo, ao inv?s de compartilhar o transporte. Assim, muitos caminh?es andam com sua capacidade ociosa, gerando custos desnecess?rios.
De acordo com Rodrigo Monteiro, um dos fatores que prejudica a comercializa??o de leite e acaba por afetar o bolso do produtor rural ? a falta de planejamento eficiente e do exerc?cio de racionaliza??o.
?Se as cooperativas trabalhassem integradas, o produtor poderia ser mais valorizado. Est? na hora das cooperativas capixabas se unirem na forma??o de uma central de cooperativas para capta??o do leite. Caso contr?rio, haver? o risco de uma ind?stria de fora vir para c? e dominar o mercado?, declara Monteiro.
Fus?o
Outros estados do pa?s est?o atentos ? import?ncia do trabalho integrado. As maiores centrais de cooperativas de leite do Brasil - Itamb?, Centroleite, Confepar, Cemil e Minas Leite, est?o articulando uma fus?o para fortalecer os neg?cios e reduzir custos.
A uni?o de suas opera??es pode criar a maior cooperativa de leite da Am?rica Latina, com a capta??o de sete milh?es de litros de leite por dia, e lhes render um faturamento de cerca de R$ 4 milh?es por ano.
Para o presidente da Comiss?o Nacional de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, essa fus?o ? muito importante para a competitividade do setor, mas j? vem tarde.
?O Brasil j? deteve 60% da capta??o de leite em cooperativas, mas hoje somente 40% da produ??o ? captada por ela. O valor ? muito baixo se comparado ao maior produtor de leite do mundo, os Estados Unidos, que captura 84% da produ??o em cooperativas. Essa fus?o j? deveria ter acontecido h? muito tempo para evitar despesas e proporcionar tranquilidade ao setor rural?, assegura Alvim.
Fonte: I?! Comunica??o
As cooperativas concentram o bra?o comercial do produtor rural. S?o elas as respons?veis por escoar a produ??o agropecu?ria, preocupando-se na busca por compradores e por melhores pre?os para os produtos.
Os produtores plantam, criam, colhem e produzem com a finalidade de obter lucro com a sa?da de sua produ??o. Mas, por n?o terem meios eficientes para isso, vendem seus produtos ?s cooperativas, que, com a concentra??o de mercadoria, conseguem fazer neg?cios mais vantajosos.
Produtores rurais insatisfeitos
No Esp?rito Santo, muitos produtores de leite n?o est?o satisfeitos com o que recebem das cooperativas. Hoje, muitos reclamam que ganham pouco pelo litro de leite, enquanto as cooperativas lucram com a venda de produtos com valor agregado, como iogurte, doce de leite, coalhada e manteiga.
?O que o produtor recebe pelo litro de leite est? abaixo dos custos necess?rios para seu sustento. N?o d? pra viver s? dessa produ??o?, afirma o produtor de Cachoeiro de Itapemirim, Jos? Onofre Lopes, que tamb?m produz caf? e trabalha com contabilidade.
?Se eu n?o tivesse outra atividade, n?o teria como sobreviver?, diz. Ele recebe R$0,61 por litro, o que lhe resulta em receita em torno de R$2,4 mil mensais. O valor mal ? suficiente para suprir as despesas com funcion?rios, materiais e outros gastos. Os custos de sua produ??o ultrapassam os R$ 2 mil.
O que pensam as cooperativas
Quando questionado sobre a reclama??o dos cooperados em rela??o aos valores recebidos pelo litro de leite, o presidente eleito da Cooperativa Veneza, Jos? Carnieli, creditou a raz?o do valor pago ao pecuarista a uma s?rie de fatores.
?O sistema recebe o leite do cooperado, transforma em produto, deduz despesas, que sofrem impactos de fatores clim?ticos, mercado externo e c?mbio, e o que sobra paga ao produtor. N?o lucramos com isso?, diz.
O presidente da Comiss?o T?cnica de Leite da Faes, Rodrigo Monteiro, afirma que as cooperativas no Estado trabalham de maneira individual. V?rias cooperativas precisam fazer o mesmo percurso para transportar o leite, mas cada uma utiliza seu pr?prio ve?culo, ao inv?s de compartilhar o transporte. Assim, muitos caminh?es andam com sua capacidade ociosa, gerando custos desnecess?rios.
De acordo com Rodrigo Monteiro, um dos fatores que prejudica a comercializa??o de leite e acaba por afetar o bolso do produtor rural ? a falta de planejamento eficiente e do exerc?cio de racionaliza??o.
?Se as cooperativas trabalhassem integradas, o produtor poderia ser mais valorizado. Est? na hora das cooperativas capixabas se unirem na forma??o de uma central de cooperativas para capta??o do leite. Caso contr?rio, haver? o risco de uma ind?stria de fora vir para c? e dominar o mercado?, declara Monteiro.
Fus?o
Outros estados do pa?s est?o atentos ? import?ncia do trabalho integrado. As maiores centrais de cooperativas de leite do Brasil - Itamb?, Centroleite, Confepar, Cemil e Minas Leite, est?o articulando uma fus?o para fortalecer os neg?cios e reduzir custos.
A uni?o de suas opera??es pode criar a maior cooperativa de leite da Am?rica Latina, com a capta??o de sete milh?es de litros de leite por dia, e lhes render um faturamento de cerca de R$ 4 milh?es por ano.
Para o presidente da Comiss?o Nacional de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, essa fus?o ? muito importante para a competitividade do setor, mas j? vem tarde.
?O Brasil j? deteve 60% da capta??o de leite em cooperativas, mas hoje somente 40% da produ??o ? captada por ela. O valor ? muito baixo se comparado ao maior produtor de leite do mundo, os Estados Unidos, que captura 84% da produ??o em cooperativas. Essa fus?o j? deveria ter acontecido h? muito tempo para evitar despesas e proporcionar tranquilidade ao setor rural?, assegura Alvim.
Fonte: I?! Comunica??o