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G-8 agr?cola come?a sem o primeiro escal?o do Brasil
O Brasil entra prejudicado no embate entre pa?ses exportadores e protecionistas no primeiro c?pula agr?cola do G-8, neste fim de semana, devido ? aus?ncia de seu ministro de Agricultura na reuni?o que discutir? estrat?gias para refor?ar a produ??o e evitar futuras crises alimentares.

O G-8, grupo dos sete pa?ses mais ricos do mundo (mais a R?ssia), convidou para a reuni?o agr?cola deste fim de semana na It?lia os ministros do G-5 (Brasil, China, ?ndia, ?frica do Sul e M?xico), al?m de Argentina, Austr?lia e Egito, para o que pode ser o in?cio do redesenho de pol?ticas agr?colas.

Na reuni?o do G-8 com os emergentes, a expectativa ? de defini??o de uma agenda que passa tamb?m por luta contra a especula??o no setor agr?cola, encorajamento aos investimentos nos pa?ses pobres e melhora na produtividade agr?cola e na cadeia alimentar.
A enorme alta de pre?os de alimentos no fim de 2007 e come?o de 2008 provocou protestos de rua em pa?ses como Egito, Indon?sia, Filipinas, Bangladesh e Haiti. Segundo as Na??es Unidas, apesar da queda no ano passado, a m?dia do custo dos produtos agr?colas ainda est? at? duas vezes mais alta do que h? quatro ano.
"Sabemos que, se os pre?os do petr?leo come?arem a subir de novo, quase certamente os pre?os dos alimentos v?o subir junto. A?, uma nova crise alimentar global ainda ser? uma realidade", diz David Navarro, coordenador de um Grupo da ONU sobre seguran?a alimentar.
Sobretudo a FAO alerta para o problema estrutural da agricultura. O aumento da popula??o e do n?vel de vida em pa?ses em desenvolvimento pode conduzir ? falta de alimentos e amea?ar a estabilidade mundial. Uma sa?da ? dobrar a produ??o de alimentos at? 2050, em meio a desafios envolvendo impacto sobre mudan?as clim?ticas, por exemplo. Ar?bia Saudita e Coreia do Sul j? buscam terras em outros pa?ses para garantir o abastecimento futuro.
O Brasil ? um dos l?deres mundiais na ?rea agr?cola, um dos celeiros do mundo. E uma das bandeiras do governo Lula ? incluir o pa?s em tomadas de decis?es na governan?a global. Mas o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, n?o participar? do primeiro G-8 agr?cola da hist?ria, que quer pavimentar o terreno de futuras pol?ticas agr?colas.
A aus?ncia do ministro da Agricultura limita o papel que o pa?s poderia ter na negocia??o. Por melhor que sejam os t?cnicos que representar?o o Brasil, a falta de uma personalidade pol?tica do setor d? um sinal negativo e exclui o pa?s entre os pesos pesados que negociar?o sobretudo informalmente.
Um negociador europeu nota que "sem ministro n?o d? para impulsionar uma agenda positiva do pa?s" nesse tipo de reuni?o.
A assessoria de imprensa do ministro Stephanes informou que o minist?rio avaliou que "a pr?-agenda n?o carecia da necessidade de participa??o efetiva do Minist?rio e foi sugerido ao Itamaraty que o embaixador Jos? Marcondes (represente na FAO) represente o pa?s".
De imediato, grupos agr?colas do G-8 defendem a cria??o de estoques globais de produtos agr?colas para melhorar a estabilidade da oferta e evitar choque de pre?os. O Brasil ? reticente ? ideia, desconfiando que teria de pagar parte da conta como um dos produtores mais competitivos.
O grupo da ONU sobre seguran?a alimentar, representado por Navarro, estima que o futuro da produ??o alimentar n?o pode se basear s? na agricultura em grande escala e que ? preciso intensificar pequena produ??o, cooperativa e outros m?todos, indo mais na dire??o oposta da agricultura comercial brasileira.
Tamb?m a Fran?a e a It?lia pressionam pela ideia de pol?ticas agr?colas locais como uma maneira de promover o desenvolvimento da agricultura, e normalmente com subs?dios. A China ? dada por alguns analistas como exemplo de pa?s que garante sua seguran?a alimentar com gastos crescentes na ?rea agr?cola. A quest?o, por?m, ? como os chineses gastam esse dinheiro, notam outros especialistas, evitando dar uma carta de boa conduta a Pequim.
De seu lado, o Brasil nota que os produtos agr?colas ainda s?o uma parte muito pequena do com?rcio internacional. S? 6,5% do arroz ? comercializado entre pa?ses, e 17% do trigo. Justamente a maior volatilidade de pre?os tem afetado esse tipo de produtos. Segundo a FAO, o pre?o do arroz em 2008 ainda era 80% maior do que em 2007. Como o com?rcio ? pequeno, a entrada de novo produtor provoca instabilidade no mercado. Ou seja, o que falta ? mais com?rcio.
Aparentemente, o pa?s conseguiu retirar do texto da declara??o da reuni?o a proposta de uma estrat?gia global de seguran?a alimentar que passaria pela redu??o do consumo de carnes em favor de uma "dieta mais balanceada" com produtos mais locais. Mas ningu?m garante que o tema n?o volte neste fim de semana.

Fonte: Valor Econ?mico

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