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Governo do ES envia carta para Dilma contra importa??o de caf? peruano
1 de setembro de 2020

O governador Paulo Hartung enviar? uma carta ? presidente Dilma Rousseff, na pr?xima segunda-feira (18), em que solicitar? a suspens?o da Instru??o Normativa do Minist?rio da Agricultura, Pecu?ria e Abastecimento N? 6, de 29 de abril de 2015, que autoriza a importa??o de gr?os de caf? ar?bica produzidos no Peru.

O documento reflete a apreens?o de toda a cadeia produtiva capixaba com a medida unilateral do governo federal, que poder? gerar graves impactos sociais, ambientais e econ?micos para o Setor Cafeicultor nacional.

?Uma medida como essa, sem precedentes em nossa hist?ria republicana, deveria, no m?nimo, ser discutida coletivamente com as representa??es componentes da cadeia produtiva em todos os n?veis e setores da economia, sob pena de beneficiar apenas alguns interessados, em detrimento e sacrif?cio de muitos?, afirma o secret?rio de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Octaciano Neto, que est? auxiliando o governador na elabora??o do documento.

A importa??o do caf? peruano representa uma amea?a real ?s planta??es locais, devido ao risco de trazer doen?as patog?nicas e pragas quarenten?rias de outras culturas para as lavouras brasileiras e capixabas. Com a importa??o de caf? verde pode-se estar facilitando a entrada de materiais infectados.

Um gr?o verde de caf? pode ser o ve?culo de pragas e doen?as para a lavoura cafeeira e at? mesmo para outras culturas. No Peru, h? uma praga letal para o cacau, um fungo chamado mon?lia, que pode trazer consequ?ncias desastrosas para os cultivos nacionais.

?N?o ? justo colocar em risco a agricultura brasileira, liberando importa??es sem a devida seguran?a. Al?m disso, estamos iniciando nossa colheita e sabemos que em momento de safra h? oferta de caf? novo no mercado, culminando com expectativas de pre?os baixos. Essa not?cia tamb?m afeta mercados e cria uma enorme tens?o no meio rural?, destaca o secret?rio Octaciano Neto.

Competi??o desleal

Na carta a ser encaminhada ? presidente Dilma, o governador Paulo Hartung vai destacar, ainda, que as leis brasileiras relativas ?s quest?es sociais, trabalhistas e ambientais est?o entre as mais rigorosas do mundo e que o C?digo Florestal brasileiro imp?e aos agricultores a preserva??o e a recupera??o dos recursos naturais, o que aumenta significativamente os custos de produ??o. Por?m, outros pa?ses, como ? o caso do Peru, n?o t?m esse mesmo rigor e, por isso, seus custos de produ??o s?o bem menores. A importa??o dos gr?os peruanos caracteriza, portanto, uma competi??o desleal com os produtores capixabas e brasileiros.

?Essa decis?o ? um desrespeito a tudo e a todos que est?o envolvidos numa cafeicultura sustent?vel. No caso do Esp?rito Santo, uma cafeicultura constru?da com muito investimento, pesquisa e sacrif?cio dos cafeicultores, que este ano j? est?o sofrendo com a grave estiagem que prejudicou a qualidade e a produtividade da safra?, ressalta o secret?rio de Agricultura.

Import?ncia socioecon?mica da cafeicultura

A cafeicultura ? o maior patrim?nio nacional e uma das atividades de maior import?ncia socioecon?mica. O Brasil ? o maior produtor e exportador mundial de caf? e tamb?m o segundo maior consumidor do produto. O Esp?rito Santo ? o segundo maior produtor nacional e primeiro produtor de conilon. A cafeicultura ? a atividade mais importante para a grande maioria dos munic?pios capixabas, representando entre 40 e 45% da renda rural do Estado.

Em 2014, o Esp?rito Santo produziu 12,8 milh?es de sacas, sendo 9,9 milh?es de sacas de conilon, com produtividade m?dia de 35 sacas por hectare; e 2,9 milh?es de sacas de caf? ar?bica, com produtividade m?dia de 19 sacas por hectare. Vale lembrar, que o Esp?rito Santo ? o ?nico Estado a produzir em quantidade e em qualidade os dois tipos de caf?s consumidos no mund o.

?A cafeicultura tamb?m gera emprego e renda direta para mais de 400 mil pessoas envolvidas nos diversos elos dessa cadeia produtiva no Estado. Produzimos uma diversidade de tipos e sabores de caf?s que est?o dispon?veis no Brasil e jamais vistas em outros pa?ses produtores. A importa??o de caf? ? completamente desnecess?ria e abre precedentes para outras importa??es indesejadas e sem regulamenta??o adequada, trazendo consequ?ncias catastr?ficas para a cafeicultura nacional?, finaliza o secret?rio.

Fonte: Campo Vivo

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